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Ann Ward numa das suas fotos. Precisou escrever no próprio corpo a palavra que mais a machucou na vida: Gigante |
Sabe aquela pessoa que não se encaixa, que é alta ou baixa demais, que é gordinha ou magra, que se veste diferente, que fala engraçado, etc? Então, ela é a principal vítima do bullying, mas não a única. Podemos dizer que a prática do bullying não escolhe com 100% de precisão seus alvos, podendo ser qualquer um.
Sinceramente, não acredito nas práticas pedagógicas de conscientização. Que jovem briguento vai dar ouvido a elas? Tantos livros já foram lançados, tantas palestras e a prática continua presente no cotidiano das escolas.
Acredito na força do exemplo, na superação pessoal. O universo escolar pode ser um verdadeiro purgatório e só há duas saídas para os jovem vítima de bullying: se afogar no inferno do desespero ou subir ao céu da autoconfiança. Entendo que a primeira opção é a mais fácil, porque a vítima de bullying tem pouca ou nenhuma auto-estima.
O caso que trago nesta última semana é o de superação e que pode ser exemplo para milhares de pessoas, especialmente garotas.
Ann Ward, 19 anos. Extremamente alta e naturalmente magra, Ann foi vítima de bullying durante os anos de escola. Chamada de monstro, aberração e coisas piores, Ann foi se fechando cada vez mais.
Então a garota de Dallas, Texas, resolve se inscrever num reallity-show, mas não um qualquer; Ann resolve embarcar no America's Next Top Model, um programa dedicado a transformar garotas normais em modelos.
A garota que foi a vida toda chamada de feia resolve entrar numa espécie de concurso de beleza nacional.
Em sua primeira entrevista, Ann afirma que havia tentado algumas agências de modelos e que os bookers (pessoas encarregadas de escolher as modelos para determinadas campanhas ou desfiles) "não olhavam duas vezes para mim".
Durante o programa, Ann foi adquirindo auto-confiança, aprendendo e levou para casa, na última quarta-feira, o título e os prêmios do programa. A vitória de Ann poderia ser mais um golpe publicitário do mundo "politicamente correto", mas acho que esse não foi o caso. Ann é ótima e suas fotos mostram isso; ela foi feita na "medida certa" para o mundo da Haute Couture, o mais cobiçado espaço das modelos. Ela nunca será uma angel da Victoria Secret, já que a grife de peças íntimas é muito mais erotismo que moda.
É impressionante como essa garota é excelente no ângulo da câmera. A máquina, diferente dos seus colegas de escola, a adora e sabe valorizar cada centímetro do seu longo corpo.

Que fotos horrorosas!
ResponderExcluirÉ por isso que eue tenho quase certeza que esse negócio de "mundo da moda"´foi uma criação diabólica para aos poucos fazerem as pesoas aceitarem aberrações como arte.
Olhe só as segunda, terceira e quarta foto, e mediga se isso não parece arte profana?
Renato
ResponderExcluir11 em 10 têm a mesma reação! Mas eu consigo ver sim algo a mais. É claro que essas fotos especificas precisam estar dentro do contexto de cada episódio do programa. Cada foto tem um tema e ficaria muito longo explicar todos aqui.
Lembrando que em várias catedrais as pinturas renascentistas são igualmente impressionantes e foram por muito tempo questionadas.
Sabia que muitos daqueles me liam ou me leem não iriam gostar, mas mesmo assim me aventurei na experiência.
Na 2ª foto, a do anjo, as garotas precisavam representar um "anjo que deixa seu amor na terra". Bem comercial, por sinal, é possível ver uma foto assim num anúncio de perfume, por exemplo.
A terceira, um suposto comercial de jóias. Ou seja, o foco não é a garota, mas as jóias. O fotografo foi Matthew Rolston , um provocativo.
A quarta foi no tema da luta livre mexicana.
A fotografia de moda deve causar justamente isso que você sentiu: impacto. Positivo ou negativo, você não esquece.
E quem disse que "arte profana" é necessáriamente ruim? O fato da fotografia fugir do convencional é muito melhor que um simples retrato estático.
AS fotos de Ann são tiradas num contexto de teste da própria garota.
Mas é claro que acredito que não muito vão gostar. Mas está tudo ok