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Rorate Caeli Maior blog católico do mundo destaca profanação em Pelotas |
A questão toda, evidentemente, não fica restrita apenas ao território arquidiocesano de Pelotas, mas é uma pergunta que nos leva a um questionamento: o que se tornou a Igreja nestas terras?
O catolicismo latino-americano e, de modo ainda mais acentuado, o brasileiro, se tornou tão distante do catolicismo universal (perdão do trocadilho...) que já não podemos reconhecê-lo como tal. Isso explica a admiração de muitos quando assistem às missas do Papa Bento XVI, por exemplo, vendo lá uma forma não só mais reverente, mas verdadeiramente diferente do que estão acostumados. O sentido de universal se esfacelou ao longo dos anos, na doutrina e na liturgia.
Vocação Jovens "discernindo" a vocação em Pelotas |
Muitos outros abusos se verificam na região, a foto ao lado mostra jovens num encontro de discernimento vocacional. Que tipo de padres, religiosos e religiosas a Igreja brasileira procura? Certamente mais animadores, mestres nas dinâmicas do entretenimento, verdadeiros "balões de gás": coloridos por fora, cheios de "nada" por dentro. Não é a toa que o povo se perde, que o vício se torna virtude e que a fé católica, quando raramente proclamada na sua integridade, é vista como algo a ser combatido principalmente pelos católicos.
Se há abusos é porque permitem. O silêncio predomina no sul do país, mesmo entre os conservadores.
Talvez o sangue e a cultura germânica, mais fria e não muito inclinada a conflitos, favoreça este tipo de ambiente, coisa que no sudeste luso-italiano seria intolerável.
Esperamos que a projeção internacional dos fatos nacionais sirva para que a Santa Sé perceba que no continente da esperança há muito mais sombras que luzes.
Não é a cultura germânica, de vez que ela não é a formadora do ethos riograndense, e sim a espanhola, belicosa. O espírito gaúcho é, sim, belicoso. O caso é que as coisas são tão ruins aqui que qualquer protesto que fizermos - e os fazemos, sim -, redundam em um ostracismo pior do que se estivéssemos em SP e isso prejudica ações de apostolado para favorecer as coisas desde dentro.
ResponderExcluirCombatemos, sim, mas com prudência e calma. Garanto: as coisas já foram até piores. Só quem viveu aqui sabe.
Dom Keller tem feito um excelente trabalho dando o exemplo em Frederico Westphalen. Padres ortodoxos presentes nas demais dioceses são um núcleo pequeno, mas que está influenciando, e os leigos começam a ser melhor formados.
Mas neste tempo em que o apostolado "desde dentro" ainda não é tão visível, quantas almas não se perdem pelo nosso silêncio ao longo do caminho?
ResponderExcluirTalvez tentando proteger um pouco de bem acabamos contribuindo de alguma forma para que a situação permaneça como está.
Vejo que as vezes é preciso tomar a mão mais firme. Veja o caso - e você certamente se lembra - da Catedral de Santa Maria que seria emprestada para anglicanos. Foi o protesto firme e contundente lançado pelo Fratres in Unum e por vários outros dos seus leitores e amigos que contribuiu para que a ideia fosse abandonada.
Ninguém gosta de bancar o desagradável, o estraga festa, mas as vezes é preciso...
Aplaudir os bons, sim, mas também reprovar os maus. Sobretudo nesta situação específica em Pelotas onde o SS Sacramento estava envolvido. Qualquer silêncio nesta matéria nos tornaria coniventes.
Que vergonha! Mas não adianta jogar a culpa em nós, pobres leigos desvalidos e achiqualhados em Pelotas e Rio Grande. De Fato, estamos num Palácio Real, pela nossa formação, mas o Clero- Oh Clero!- a este dirijo aquela homilia do Padre Paulo Ricardo sobre os sacerdotes traidores, coroados de estola e casula... Esta homilia está escandalizando muitos padres aqui, mas tem que escandalizar mesmo! Enfim, um Feliz 2012 a todos, e em especial a ti Danilo! Abaixo, coloco um link sobre a sucessão da cátedra em Porto Alegre: http://sacramentumcaritatis.blogspot.com/2011/12/o-novo-arcebispo-de-porto-alegre-devera.html
ResponderExcluirObrigado Felipe. Um feliz 2012 para você também!
ResponderExcluirO exemplo do Pe. Paulo Ricardo é emblemático. O apostolado que ele desenvolve neste país está realmente mudando mentalidades, colocando os pingos nos "is" através de um claro sim, sim, não, não.
O Pe. Paulo Ricardo faz muita crítica, mas é prudente e coerente. Confesso que mudei a opinião que tinha sobre ele quando ele mesmo explicou a história da sua conversão pessoal como sacerdote.