"Assim como aconteceu nos anos 90 com os acólitos homens, vamos dizendo adeus aos Viri Selecti da quinta-feira santa", conclui o blog. SMM se refere a o uso indiscriminado e contrário, até então, às normas e à tradição da Igreja no tocante ao ingresso de meninas como acólitos(as). O Vaticano, pressionado pela difusão da prática, autorizou de forma extraordinária a função de meninas como coroinhas.
Sem dúvida o mau exemplo vem de cima. Aqui não desejo parecer um crítico inquebrantável do Papa Francisco, mas é impossível deixar de notar como o seu (mau) exemplo litúrgico influenciou de maneira muito rápida a forma como essa cerimônia em particular será conduzida a partir de agora. Noto ainda como Bento XVI, com seu exemplo ortodoxo na liturgia, teve um efeito muito discreto quando olhamos o mundo católico como um todo. O mau exemplo parece portar uma atração irresistível.
SMM nos apresenta o exemplo do bispo de Cleveland, Richard G. Lennon, que lavou os pés de várias mulheres durante a cerimônia. O sentido óbvio da cerimônia do lava-pés é apresentar o sacerdote como Cristo lavando os pés dos seus apóstolos. Qualquer criança conseguiria realizar a conexão do ato litúrgico com os evangelhos. Contudo alguns bispos e padres parecem ter perdido alguma capacidade intelectual elementar, ou seja, o modernismo lhes afetou o cérebro.
Agora nós precisamos transcender o significado original do lava-pés para atingirmos, após algum exercício mental, um êxtase teológico inclusivista e politicamente correto. Nós deixamos aquela cerimônia tão enrijecida na sua interpretação evangélica e passamos para uma cerimônia que deseja dizer alguma coisa a mais - mas ninguém sabe exatamente o quê.
Não é preciso ir muito longe, até Cleveland, por exemplo, para encontrarmos os pezinhos não tão viris assim sendo lavados pelo clero.
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[JOINVILLE] Padre Silvano beija os pés de fiel escolhida entre os membros da comunidade, que neste ano, na tradicional e simbólica cerimônia de lava-pés, lembrou as vítimas de tráfico humano |
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[MANAUS] 12 pessoas que trabalham no entorno da catedral, entre prostitutas, lavadores de carros e dependentes químicos foram escolhidas. A senhora acima é uma lavadora de carros |
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[BAURU] Dom Caetano Ferrari também realizou seu lava-pés franciscano |
[PIRACICABA] Já em 2013, Dom Fernando Mason lavando os pés de mulheres |
Certamente a prática não foi inaugurada por Francisco. A inclusão de mulheres na cerimônia é prática frequente em muitas paróquias no Brasil e fora dele. Há na América Latina, de modo especial, um ódio visceral ao Velho Mundo que se traduz na irreverência litúrgica e na inobservância intencional das normas prescritas pelo missal que, afinal de contas, é romano, não é mesmo!?
Não se trata de advogar apenas uma estrita observância das normas litúrgicas, como se isso fosse pouco. Trata da defesa de um princípio fundamental e que engloba toda a liturgia - a dependência existente entre o rito e a Igreja, um não tendo sentido sem o outro.
Quando mudamos o rito estamos mudando a Igreja; deixamos de ser parte a única Igreja Católica para nos tornarmos uma parcela isolada, no tempo e espaço, de igreja (com "i" minúsculo). Quando mudamos o rito ele deixa de ser rito, perde a sua essência e, portanto, seu sentido.
Entenda, caro leitor, que isso é grave e ultrapassa uma simples paixão inadvertida pelo formalismo litúrgico.
Essas novas cerimônias do lava-pés, mostradas acima, passaram a significar outra coisa, estão desconectadas do restante do corpo litúrgico da Igreja.
Uma pergunta me vem a mente. Como um bispo, um sucessor dos apóstolos!, consegue afirmar que a cerimônia do lava-pés é um sinal de humildade quando ele próprio, ao alterar a liturgia, demonstra nada além de orgulho puro!? Como isso é possível? Como eu - falo dos bispos - posso servir se não tenho humildade suficiente para obedecer ao rito prescrito no livro litúrgico?
São realmente perguntas que nos desafiam. A essência da humildade não reside na língua, nos bons discursos e nas frases de efeitos. Quantos de nós já não encontramos bispos - para ficamos só nesse exemplo - que aportam a uma determinada diocese com o famoso versículo "vim para servir e não para ser servido" e que se revelam verdadeiros tiranetes de mitra?
Por fim, elogio enormemente os bispos e padres que corajosa e humildemente seguiram o missal, pois a essência da humildade está na obediência. São prelados e sacerdotes anônimos nesta postagem, mas que merecem nossas orações sinceras.
Carissimo Danilo uma Santa Pascoa! Bem em relação ao lava pés feminino não sou tão Pessimista, não vejo nenhum perigo iminente para a doutrina ou teologia de Igreja. As mulheres exercem um eximio papel na Igreja como irmãs religiosas e leigas consagradas.Pior são os pederastes de batina e os corvos ladrões do Vaticano que apunhalaram Bento XVI pelas costas, Luis Augusto.
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