sábado, 24 de setembro de 2011

As reabilitações do Papa Bento XVI

They tried to make me go to rehab
But I said 'no, no, no'
Yes, I've been black, but when I come back
You'll know-know-know
I ain't got the time
And if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab
But I won't go-go-go


Um texto de Giacomo Galeazzi, traduzido pelo site Golias IHUnisinos, apresenta o título sinistro "Um herege reabilitado?". Na sua viagem à Alemanha, o Papa Bento XVI fez alguns discursos dentro dos muros do luteranismo, sendo recebido com pompa e circunstância pelos filhos da reforma de Lutero.

A Reforma de Lutero, embora carregue o seu nome, não foi obra exclusiva do monge agostiniano. Ele, revoltado com a teologia cristã resolve se revoltar também contra a ordem estabelecida e contra o papado, símbolo dessa ordem.

Pessoalmente eu me sinto ofendido com o uso da palavra Reforma da Igreja. A Santa Igreja, naturalmente perfeita, não necessita de reformas humanas. Podemos sim reformar ordens, congregações, a Santa Sé, a Cúria, etc, mas a "Igreja" enquanto Corpo de Cristo é impassível de reformas.  A Igreja é sempre renovada, pois em si sopra o Espírito Santo que não permite que essa bimilenar comunidade apostólica perca a sua jovialidade e atualidade.

O que Lutero conseguiu foi uma revolta e uma apostasia. Revoltou-se contra a Igreja e espalhou seus erros por todo o mundo, corrompendo nações inteiras e tirando ovelhas do aprisco. Por séculos a Igreja se esforçou em combater os erros do protestantismo, especialmente as doutrinas luteranas e não se cansou de chamar a atenção dos seus filhos para o perigo de tais doutrinas.

Entretanto, na última viagem do Papa à Alemanha vemos, além dos protestos e críticas estúpidas, palavras que, se não soam exatamente como elogios, são algo próximo. Bento XVI tem uma ligação natural com o Luteranismo e com a teologia luterana, pois nascido na Alemanha, sempre viveu numa realidade bipolar.

A relação católico-luterana nos últimos anos sofreu um sensível desgaste, especialmente depois que a teologia de gênero tomou conta do pensamento luterano, justificando a ordenação de mulheres. Evidentemente o luteranismo não possui sucessão apostólica válida.

"Para Lutero, Deus não era uma questão acadêmica, mas sim uma luta consigo mesmo, enquanto hoje muitos fiéis se esquecem do pecado", afirma Bento XVI.

A concepção da Graça e a própria ideia de Deus de luteranos e católicos, embora guarde traços de um parentesco comum, é muito diferente. A graça e a justificação na teologia luterana são uma corrupção da doutrina católica.

Há tempos se fala da reabilitação de Lutero, especialmente após a eleição de Bento XVI. Embora o Vaticano não tenha (e nem poderia) dar sinais claros sobre uma possível reabilitação do herege alemão, as palavras do Papa certamente não colaboram para deixar o sim, sim e o não, não.

Lutero é um herege e sua teologia é heresia. O ecumenismo com Luteranos não deveria deixar de lado as reservas e licenças que temos sobre isso para que, dotados de uma linguagem educada e politicamente correta, possamos dialogar com nossos irmãos separados.

A música da finada Amy Whinehouse é emblemática. Há alguns hereges perseverantes que não podem ser reabilitados, mesmo com a nossa cega boa vontade. Lutero poderia cantar...


And if the Papa thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab
But I won't go-go-go

2 comentários:

Anônimo disse...

BentoXVI já demostrou pra que veio: Dar continuidade a essa aberração que é o Vaticano II.

E para mostrar como ele é um seguidor desse concílio dos infernos, afinal: não é o Vaticano II que "democratizou" a Madre Igreja? Bento XVI parece que está seguindo à risca essa democratização.

http://oblatvs.blogspot.com/2011/09/ira-bento-xvi-renunciar-em-2012-deus.html

Imagine: O tal papa Bento XVI dando inicio a uma renuncia para que no futuro a Madre Igreja se torne mais "democratica"!

Renato Lima

Swytz Tavares disse...

Sua Santidade Papa Benedictus XVI não foi responsável pelo CVII. Ele foi tão vítima, assim como a própria Igreja o foi pelos (ir)responsáveis. O CVII não tirou o latim, o canto gregoriano e nem aboliu a Missa Gregoriana. O atual Papa é tão vitima como qualquer fiel hoje existente na igreja. Os desobedientes, nós sabemos muito bem quem os foram e quem os são hoje. Eis um dos grandes teólogos que vivenciamos em nosso tempo, Cardeal Joseph Ratinzger, que junto com o corajoso Papa João Paulo II, lutam a tempos pela formentação da Sancta Missa Gregoriana e condenaram a Teologia da Libertação, que é a basa da Igreja Católica, latino-americana. Acaso foi pouco o assaninato de João Paulo I e os tiros em João Paulo II??? Atualmente, a maçonaria eclesiástica ataca o papa (85 anos) desesperadamente por todos os lados, e perigiosamente utiliza o próprio povo-fiel. Ou nós damos apoio a PEDRO ou esperamos outro para criticar novamente e nunca irmos até o fim do martírio e conquistarmos a vitória (martírio). Já basta os esclesiásticos desfazerem o que o Papa pede, falta só povo contribuir com a corja de víboras que se instalou em Roma a mando de Lucifer, pra martirizar o Santo Papa. Só porque ele não faz as correções a nosso modo, criando a Terceira Grande Guerra Mundial, não mnerece descrédito, pois Ele é guiado pelo santo Espírito de Deus!!!

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