terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Hã?

Papa nomeia brasileiro Prefeito da Congregação dos Religiosos

fonte: OBLATVS

O Papa Bento XVI nomeou S. Exa. Dom João Braz de Aviz Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
A nomeação de um secular contraria todos os prognósticos. Nascido em 24 de abril de 1947, o catarinense de Mafra fez seus estudos teológicos na Gregoriana e especialização em Teologia Dogmática na Lateranense. Ordenado padre em 1972 e bispo em 1994, foi auxiliar de Vitória (1994-1998), bispo de Ponta Grossa (1998-2002), arcebispo de Maringá (2002-2004) e, finalmente, arcebispo de Brasília (2004-2011).
Ele sucede ao lazarista esloveno Cardeal Franc Rodé.

***

Por essa eu não esperava. É esperar pra ver. O cardeal Rodé era muito eficiente na sua função - exceto quando se aproximada de certos movimentos pentecostais... A nomeação de um brasileiro, especialmente do arcebispo de Brasília é... prefiro digerir a notícia primeiro, depois emito algum comentário.
Me sinto desconfortável, sabe aquela sensação de usar uma camiseta um número menor que o seu. Pois é, é igualzinho. Serve, mas fica te incomodando...
Quando um bispo brasileiro vai para o Vaticano, eu tremo. Afinal, é triste constatar, mas bem diferente do que o Lula pensaria o Brasil não tem absolutamente nada a acrescentar a Igreja Universal. Tem sim muito a aprender - aprender a ouvir, aprender a obedecer, aprender a respeitar as normas litúrgicas e canônicas, aprender a teologia básica, aprender a apascentar o povo de Deus, aprender que o inferno existe de fato, aprender que o Papa é bispo universal e não só de Roma, aprender que livros de Leonardo Boff não devem ser recomendados a seminaristas, aprender, aprender, aprender...
O novo prefeito precisará lidar com algumas das comunidades tradicionais, especialmente o Instituto Cristo Rei. Huuum, nós sabemos como os bispos brasileiros, ordinariamente, são generosos com esse tipo de comunidade, tanto que nenhuma delas ousou fixar residência aqui. Espero que Dom Braz de Aviz seja diferente dos compadres nacionais.
Rezemos pelo arcebispo emérito, para que ele dê continuidade ao trabalho do cardeal Rodé, sempre fiel ao Santo Padre.

5 comentários:

Rafael Vitola Brodbeck disse...

Tenho o mesmo teu receio, só que considero injusto dizer que a Igreja do Brasil nada tenha a ensinar. Sem falar em sacerdotes do gabarito do Mons. José Aparecido e do Pe. Almir de Andrade, FSSP, que trabalham na Cúria Romana, temos grandes Bispos no Brasil: D. Osvino Both, D. Fernando Rifan, D. Fernando Guimarães, CSSR, D. Antonio Carlos Rossi Keller, D. Henrique Soares da Costa, D. Aldo de Cilio Pagotto, todos muito ortodoxos, muito piedosos, muito conhecedores, e muito promotores da adequada liturgia.

Danilo disse...

Mas pense Rafael.
Num universo de +200 bispos, podemos citar 10, no máximo. A esmagadora maioria (e bota "esmagadora" nisso) é muito... bom, acho que já sabemos.
Quanto aos padres, é a mesma coisa. Numa diocese, se você encontrar 3 ou mais sacerdotes piedosos, comprometidos com a fé ortodoxa e com a salvação das almas, você ganhou na loteria. Temos muitos padres humanistários, carismáticos (não no sentido da RCC), carismáticos (agora sim, RCC), bons administradores que fariam inveja a qualquer CEO de multinacional, etc.
Eu acho francamente que o estado vegetativo da Igreja brasileira não pode acrescentar nada ao reste do mundo católico. Que exemplo Dom Braz poderia levar para Roma? Nossos religiosos estão definhando.

Rafael Vitola Brodbeck disse...

Caríssimo, eu concordo que a esmagadora maioria seja ruim, mas simplesmente dizer que a Igreja brasileira não tenha a nada a oferecer é ignorar, na prática, a combativa minoria. Melhor seria dizer que a maioria etc...

Anônimo disse...

Bom só a título de curiosidade: os Arautos não estão em Brasília, mas a "praga jesuítica" está no lugar mais central e privilegiado de Brasília.

Bruno Luís Santana disse...

Lamento muito essa nomeação. Não gostaria de ver nenhum arcebispo brasileiro com o chapéu vermelho na cabeça, e D. Braz de Aviz agora foi colocado numa posição que tradicionalmente recebe o cardinalato.
Espero que ao menos a influência romana o torne melhor, visto que o Santo Padre é livre para dispor de quaisquer cargos que desejar, e a qualquer momento...

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