terça-feira, 1 de abril de 2014

Gayzismo na TV Aparecida. Ou "Quem sou eu para julgar?" e seus efeitos práticos



Peço aos amigos leitores que assistam a este vídeo. O programa "Em Frente" da TV Aparecida - até onde se sabe é um canal católico - se propõe a responder questões enviadas pelos telespectadores. Questões de fé, moral, sentimental, etc., tudo isso passa pelas mãos dos três apresentadores, um padre em manga de camisa e dois leigos.

Nunca gostei do programa e confesso que não o assistia há algum tempo, para não dizer anos. Não sei em que horário é transmitido, mas isso não vem ao caso porque vários vídeos estão disponíveis no Youtube.

Nunca pensei no que pastoral significava até a eleição de Francisco. Neste vídeo, como vocês podem ver, a "pastoral" toma forma. Aquela palavra amórfica e com pouco significado prático vem com força assumindo feições que nos assustam.  Seria essa a intenção do Papa? Pouco importa na prática, porque os katólicos estão interessados em dar a esse novo bezerro de ouro - a Pastoral - as suas próprias feições e dançam em torno dele.

Focando no assunto da pergunta, certamente que um homossexual não pode ser privado da comunhão se - e somente SE - vive uma vida de castidade de acordo com a doutrina católica. Sem dúvida que, na vivência pastoral, verificar tal condição de observância é praticamente impossível e o sacerdote deve confiar, na medida do possível, no comungante. Para isso as admoestações pré-comunhão são muito bem-vindas, uma vez que, ecoando ao apóstolo São Paulo, alertam para o perigo do sacrilégio daqueles que comungam em pecado mortal ou sem a reta intenção.

É possível que o sacerdote tenha se expressado de forma incompleta ou, pela simplicidade da pergunta, não tenhamos alcançado todo o contexto. Interpretarei as ações do pároco da consulente da melhor maneira possível, como pede a caridade.

Algo bem distinto fazem os apresentadores do programa que, numa tentativa repleta de incorreções pastorais, vilipendiam a doutrina, chegando ao cúmulo de se afirmar (transcrevo) "se você quer ensinar para as pessoas o que a Igreja pensa sobre a prática da vivência da homossexualidade, você como padre pode responder, se ninguém perguntar você nem deveria falar porque senão é desnecessário".
Do ponto de vista meramente didático isso provocaria risos em qualquer estudante mediano de pedagogia. "Se ninguém perguntar você nem deveria falar"? Que magistério é esse que não ensina, que se cala frente à ignorância? Que prática pastoral é essa que não pastoreia?

E o teólogo continua:

(...) na hora da comunhão é um erro gravíssimo [referindo-se as admoestações do sacerdote] porque a própria liturgia da Igreja diz: felizes os convidados para a Ceia do Senhor [tradução brasileira do Ecce Agnus Dei, com fidelidade absoluta ao latim], não é para dizer outra coisa além do que a própria Igreja na liturgia diz. E ofender a consciência das pessoas é um pecado mais grave do qualquer outro.

Ora! Eu mesmo subscreveria a zelosa observação do "teólogo" Rodolfo! Sim, não devemos acrescentar uma vírgula ao rito romano. O estranho é que o próprio "felizes os convidados para a Ceia do Senhor" é um acréscimo criminoso ao missal romano.

O vídeo não requer maiores comentários. É todo ele uma obra nojenta - usemos sim essa palavra - de falsa piedade, falso amor ao próximo, falsa doutrina e falsa pastoral.
Aos 10 minutos o padre "apresentador" já chegar a ameaçar, em consonância com a pastoral política gayzista, o padre em questão de crime civil! E a apresentadora leiga incita indiretamente aos telespectadores a processarem seus padres! Num canal católico!

Peço apenas aos leitores, se possível, que comentem e negativem o vídeo. É preciso dar mostras, ainda que pequenas, de desaprovação. Aos amigos blogueiros, peço que comentem com mais profundidade sobre o assunto em seus respectivos blogs (podem me mandar o link que publico aqui), porque me falta ânimo para tal. A desolação dos padres pastorais é tamanha que me falta estômago para encarar uma postagem mais longa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quer dizer que a consciência das pessoas é uma doutrina acima de tudo? Se uma pessoa tem consciência que está pecando e está contra Cristo, mas se sente bem, está no bom caminho porque está se sentindo bem?

A verdade não depende da consciência das pessoas. Se as pessoas rejeitarem a verdade conscientemente, a verdade continuará sendo verdade. A Igreja diz a verdade e tem como dever dar testemunho dela ao mundo. Se o mundo não aceitar a verdade, o mundo prestará suas contas no Juízo. Ou não é assim?

Eu nem vi o vídeo até o fim, porque é tanta bobagem e mentira que não vale a pena perder tempo!

Mas que povo é esse para derrubar a Doutrina da Igreja, que na parte sobre a Eucaristia proíbe os indignos de receberem o Corpo do Senhor?

Até onde vi só falaram do papa Francisco, como se a Igreja se resumisse no papa Francisco e como se o papa Francisco tivesse mudado a Doutrina. Mas o papa não mudou nada e mesmo se quiser mudar, não pode mudar, logo vale aquilo que São Paulo, falando pela Igreja, diz:

“Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Esta é a razão por que entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos.” (I Coríntios 11, 27-30)

São Paulo é claro e todos os que comungarem indignamente é culpado. Que todos examinem a consciência e vendo pecado mortal, se confesse, para não receber a condenação por desprezar o Corpo do Senhor.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...