segunda-feira, 23 de abril de 2012

Foto do Dia - Exército Russo

Na Rússia algumas capelas e igrejas foram profanadas, especialmente os santos ícones da Igreja Ortodoxa Russa foram objeto de profanação.
Bem, no Brasil e em diversas partes do mundo estamos "nos acostumando" com essas profanações. Não poucas igrejas são vandalizadas, tendo suas imagens quebradas, sacrários violados e bens roubados.
Contudo, no Brasil a reação parece ser a típica reação morna, tosca e carente de todo amor pela Igreja. Uma notinha de repúdio da diocese em questão, uma nota no jornal e pronto, a vida pode seguir seu curso. A cada dia nos conformamos mais com atitudes de intolerância, prejuízo e afronta.
Não por acaso a CNBB recebeu estarrecida as estatísticas sobre o catolicismo no Brasil, que dão conta do estrago - este sim, vigoroso, constante e intenso - na fé de milhares.
Mas na Rússia a coisa parece ser um pouco diferente. Após o último domingo, liturgia de São Tomé no calendário eslavo, o Patriarca Cirilo (Kirill) reuniu-se para uma vigília em desagravo, improvisada de última hora. E com ele estava um verdadeiro exército vermelho, mas não aquele soviético... um exército de bispos e padres!




A Vigília contra as profanações mobilizou Moscou. E nós, parte ou não dos 7 milhões de católicos brasileiros, o que fazemos diante das nossas profanações?

Algumas manifestações, embora dignas de todo o louvor e incentivo, me deixam preocupado. Cito como exemplo as manifestações pró-vida, sobretudo. Vinte pessoas se reúnem, rezam e protestam, entoam palavras de ordem pela defesa da vida do nascer ao declínio natural. Não estou, obviamente, criticando estas pessoas! Não! Devem sim continuar a fazer o que estão fazendo, batalhando pela vida, defendendo a doutrina da Igreja que é, acima de tudo, uma defesa irrecusável da vida.

O que me deixa estarrecido é que são tão poucos. Poucos é até um eufemismo quando comparamos com o tamanho do Brasil. São poucos até mesmo dentro do universo dito tradicionalista que, longe de ser exemplo de defesa intransigente da doutrina, tornou-se apenas reduto para malucos cibernéticos, que não desejam levantar um dedo na prática, pela defesa da Igreja, da fé e da vida (há boas exceções, é claro). São teóricos, católicos de embates e duelos virtuais, avessos ao trabalho braçal, às vigílias de oração, etc.

Esse imobilismo parece ser um carisma dos brasileiros, dos fiéis ordinários ou extraordinários. Não é por acaso que um dos menores apostolados da FSSPX em toda a América (ou mesmo no mundo) é o brasileiro quando, pelo número de católicos, deveria ser o apostolado mais populoso.

Não temos um exército como o Russo, não temos soldados em número suficiente. Verrà il Guerrone

2 comentários:

Bruno Luís Santana disse...

Sou muito venturoso de fazer parte de um meio católico de fé pura e profunda, e que se traduz em obras.
Já divulguei isso no passado, e torno a relembrar que, quando em 2009, aqui em Salvador, malfeitores apedrejaram a imagem da Mãe, e quebraram suas mãos misericordiosas, que tanto intercederam para evitar a fúria divina contra nós, além de umas religiosas que pegaram a imagem para restaurar, ninguém fez nada contra esta afronta lamentável.

Ninguém, "vírgula": o padre Jahir e os monges da FBMV, amigos da FSSPX, ao saberem da inércia do clero daqui, saíram de seu mosteiro rural em Candeias, que é em outro município, e vieram até Salvador com uma imagem da Virgem de Fátima, e fizeram um ato de desagravo público, na companhia dos fiéis da Tradição.

E o povo que passava na rua foi parando e aderindo. Ouvi até uma senhora agradecer por termos feito isso. O vigário da região entrou no meio da multidão e assistiu a tudo sem sequer se apresentar como sacerdote, como se fosse um leigo qualquer.

Rezamos debaixo de um sol escaldante os três mistérios do rosário, e cantamos o ofício de Nossa Senhora completo, e lógico, o padre Jahir não poderia se furtar de dizer umas palavras iniciais a respeito do ato que estava sendo feito.

Pedimos perdão a Deus por nós e por todos, porque, não nos iludamos: o escândalo extraordinário não foi a profanação! O escândalo particularmente doloroso a Deus seria a omissão de quem deveria abrir a boca e se omitiu.

O clero de Salvador nada fez. Mas a Virgem não ficou desonrada. Quem sabe se no dia em que esta cidade for sepultada no abismo eterno, este desagravo não contribua para que sua desgraça seja menor?

Pode parecer um contracenso, mas os cismáticos orientais russos teriam grande prejuizo para suas almas, se aderissem a esta religião conciliar, porque as fotos acima mostram numa luminosidade solar que estes cismáticos têm mais catolicidade do que os que foram chamados por Deus para fazerem a diferença no mundo.

Se as pessoas hoje em dia não ruborizam diante de profanações contra Cristo Eucarístico ou contra seus santos, é porque estão num estágio de descristianização tão avançado, que já não vêem porque se escandalizar com coisa alguma.

No fundo, PERDERAM A FÉ. Ou nunca a tiveram...

E profanar o Santo Sacramento ou as imagens é só um detalhe; será que as pessoas, particularmente os católicos ditos praticantes e conhecedores da doutrina católica já se deram conta de gestos, como por exemplo, João Paulo II beijando o Alcorão?
Ele beijou um livro forjando no inferno, que ensina que Deus NÃO são três pessoas da Santíssima Trindade. E o papa da Igreja oscula este livro que combate Deus frontalmente?

Que escândalo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E este mesmo papa colocado por Deus no governo da Igreja jamais deu satisfação de seu gesto para os católicos. E é BEATIFICADO!!!!!!!!!!!!!

Qual escândalo foi maior? o do beijo do Alcorão, ou o da beatificação de quem beijou o alcorão?

Ninguém faz nada contra isso!!!!
Alguém precisa fazer alguma coisa, isso não pode passar em brancas nuvens!!!!

Da Igreja conciliar e suas seduções, libera nos Domine!
Para que Deus vos digneis conservar na Santa Religião o Sumo Pontífice e todas as ordens da Hierarquia eclesiástica, ouvi-nos, Senhor.

Pro Roma Mariana disse...

Bem a propósito da débâcle católica, consequente à ocupação modernista pela qual se reconhece e se quer submeter a Igreja à autoridade conciliar, vemos em que abismo está a fé no Brasil. Se há que reagir às profanações do que é sagrado, bem poucos aparecem, mesmo do mundo conservador e tradicional dos restantes 5% que constam como católicos. Porque deveriam reagir os 7 milhões que vão à missa nova se seus chefes festejam qualquer outra religião em Assis e no mundo? Haveria que esperar a conversão da Rússia, mas nem a sua consagração é pensável através desse aparato conciliar que declara não ser necessária conversão, mas só a liberdade de toda consciência. Esse imobilismo não é carisma de «fiéis ordinários ou extraordinários brasileiros», mas a marca dessa igreja conciliar, em cuja fé – que dispensa conversão – não há salvação nem neste mundo nem no outro.

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