domingo, 28 de novembro de 2010

Diversidade Litúrgica

Abaixo eu coloco algumas fotos das diversas formas litúrgicas que existem. A liturgia é uma "coisa" impressionante porque nela misturam-se elementos tão diversos e que, unidos, formam algo ímpar, harmônico e sublime.
Partindo de uma análise puramente estética, sem considerar a sua finalidade espiritual, podemos dizer sem medo que a liturgia, em suas diversas formas, constitui uma forma de arte. Sim, arte! E uma forma autêntica, ou seja, que muda nossa perspectiva ou nos faz refletir sobre algo.
Considerando seu caráter religioso, podemos dizer ainda que uma forma de "arte divina", que nos eleva e transcende o nosso próprio ser, nos conduzindo a algo superior.
Quando a liturgia não atende a essa função básica, bom... então torna-se puramente humana, artificiosa e, não raro, de gosto duvidoso. Do mesmo modo como a arte secular pode se perder quando é afastada dos sentimentos, a liturgia também perde seu prumo quando afastada da sua essência verdadeira - Deus.

Igreja Apostólica da Armênia




Igreja Ortodoxa





Igreja Católica Maronita



Igreja Copta


Católicos Ucranianos 



Católicos Latinos Tradicionais




E, é claro, a forma ordinária normalmente celebrada... Um caso de "perda de foco".


sábado, 27 de novembro de 2010

Como funciona a ONU - por The Decemberists

Achei este videoclip muito interessante. Da banda "indie"  The Decemberists, que sempre faz vídeos muito divertidos e criativos. Realmente, no assunto musical, me encanta mais esse tipo de música que os enlatados comerciais como Lady Gaga, Beyonce e os disney*like do momento.
A cultura musical atual é tão estúpida, tão sem graça que não consegue produzir absolutamente nada. Especialmente o fenômeno Gaga, que mais parece um editorial de moda bizarro e ambulante, não tem em si nada de criativo, como querem nos fazer engolir seus "criadores". Gaga se apóia exclusivamente no  tema sexo e no choque para vender e isso, meus amigos, não é arte, mas puro marketing barato.
E, para aqueles que ainda não entenderam, este blog não tem uma única temática. Sim, falarei sobre tudo e sobre qualquer coisa que direta ou indiretamente me inspira. BLOGONICVS é bem diferente do que eu fazia no passado... Só para avisar.

Com vocês, The Decemberists - Sixteen Military Wives

The Defense of Tradition - Video de Mons. Bernard Fellay

terça-feira, 23 de novembro de 2010

100% com o Santo Padre

Numa entrevista concedida ao National Catholic Register, o cardeal Raymond Burke (humm, é muito bom poder escrever assim...) expõe a sua visão sobre toda a polêmica envolvendo o novo livro de Joseph Ratzinger, editado por Peter Seewald.
Polêmicas de um lado. O que me chama atenção nas palavras do purpurado (vou usar todos os adjetivos cardinalícios possíveis!) foram aquelas sobre o ecumenismo com os ortodoxos.
Não é segredo para ninguém que o papado de Bento XVI rompeu o diálogo com os protestantes. O ecumenismo pode ser classificado de algumas formas, no tempo:

Clandestino - Ecumenismo da época dos papas Pios, que visava uma unidade quase sincretista, não importando as diferenças gritantes entre os envolvidos.
Conciliar - Iniciado por João XXIII e Paulo VI. Um ecumenismo que saia das catacumbas e tomava as universidades, paróquias e organizações católicas. Marcado exclusivamente pelo impulso e dominado pela asa progressista da Igreja. Início do caos teológico e da crise de identidade da Igreja Católica. Questão do "subsists in"
JoãoPaulino - De grandes eventos e declarações dúbias (com Luteranos e Anglicanos). Uma era de gelo para as relações com ortodoxos e uma verdadeira primavera para os protestantes. Destaca-se o papel dos cardeais Willebrands e Kasper.
Beneditino - Começa a tomar corpo agora. Prioriza as questões teológicas e, por isso, foca-se unicamente na unidade com os ortodoxos. Para esse novo ecumenismo a palavra conversão não é assustadora ou herética.

Bento XVI percebeu que o ecumenismo dialogante não poderia dar resultados. Assumindo que católicos e ortodoxos compartilham basicamente a mesma fé, com algumas diferenças (graves), ele coloca questões realmente delicadas nas discussões com os ortodoxos. É o que o Príncipe da Igreja, Dom Burke, responde:

"O papa é o principal fundamento da unidade da da Igreja. Isso não pode ser realizado por um grupo de pessoas. Essa é a função de Pedro como o chefe do colégio apostólico, o Príncipe dos Apóstolos. Para colocá-lo muito claramente, essa é a primeira tarefa. Ele é o bispo da Igreja universal, e é um ponto difícil para os Ortodoxos aceitarem, mas ninguém pode ser fiel ao ensinamento e católico dizer que o pontífice romano é simplesmente mais um patriarca. Não, ele tem um serviço de unir todos - todos os patriarcas, todas as Igrejas particulares em um. E que envolve um governo direto e universal."


"Acredito que houve um esforço constante para ajudar os ortodoxos a entenderem o ministério petrino como a Igreja católica o entende. (...) a questão do primado de Pedro é uma grande questão"

Palavras importantes, porque os ortodoxos entendem o ministério petrino de maneira muito superficial, preconceituosa e focada unicamente na questão do poder. Parece ser mais relevante para os ortodoxos o fato do Bispo de Roma poder ingerir em qualquer diocese que a unidade da Igreja em si, ou seja, é uma questão de manter o "brio" dos bispos. Essa colegialidade absoluta na ortodoxia é um verdadeiro caos, gerando grandes conflitos quando se trata do reconhecimento das novas dioceses ou dos novos patriarcados. Constantinopla reconhece essa comunidade autocéfala, mas Moscou não, e assim por diante...

Está  claro que com os protestantes a unica via possível é a da conversão absoluta. Anglicanorum Coetibus é prova disso. Os protestantes foram tão longe que já não é possível reconhecer em muitas confissões qualquer traço de cristianismo.
Com os ortodoxos, contudo, a situação é mais delicada, pois não só há uma forte convergência dogmática em vários pontos (mas não todos), como os ortodoxos são verdadeiros bispos, verdadeiros padres, seus sacramentos são válidos.
O diálogo teológico, expondo claramente as diferenças e dificuldades é saudável. É isso que a integração com a Doutrina da Fé e um presidente mais ortodoxo do Conselho para Unidade dos Cristãos visa.
É a primeira vez na história em que tradicionalistas e conservadores conseguem elogiar um presidente do dicastério ecumênico de Roma. Tudo isso só é um sinal desse novo ecumenismo, teológico, que nasce com Bento XVI, Dom Koch e alguns outros prelados da Cúria que, vez ou outra, expressam suas opiniões corretas nesse sentido.
O endurecimento do ecumenismo, minha opinião, faz parte de um imenso pacote que jamais poderia ser pensado 5 anos atrás e que inclui também: restauração litúrgica, debate público sobre o Vaticano II e nomeações episcopais e cardinalícias mais tradicionais.
Para isso, Bento XVI precisou remover uma estrutura antiga, obsoleta que se encastelava no Vaticano: Sodano, Ré, Kasper e Piero Marini. Todos representantes da velha-guarda onde poder político e heterodoxia se misturavam admiravelmente.
Para concluir, o entrevistador pergunta que tipo de cardeal Dom Burke espera ser. O eminentíssimo cardeal responde:

Simplesmente alguém que está 100% com o Santo Padre, utilizando qualquer dom que Deus me deu para ajudar o Santo Padre, para dar-lhe algum conselho que ele me pede. Também nas atividades diárias, simplesmente para apoiar e promover o que ele quer e deseja. Espero que para manter esse foco sempre diante de mim. Isso é que é ser um cardeal acima de tudo.

Rezemos para que mais cardeais como Dom Burke reafirmem claramente a doutrina católica mesmo em assuntos ecumênicos, pois esse é o primeiro passo para a unidade - a Unidade na Verdade.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Desembarcando da Barca, só de vez em quando

Quando Bento XVI resolve ressuscitar Joseph Ratzinger, as coisas ficam muito estranhas!

O que realmente me incomodou na última polêmica envolvendo o Papa não foi tanto o desvio ou mau uso das suas palavras pela mídia global - francamente, isso era bem previsível. Não foi tanto o Papa ter dito que, num caso de relacionamento entre um homem e um prostituto, a camisinha não seria uma método contraceptivo (o que não deixa de ser verdade, porque dois homens não podem conceber, não é mesmo?). E tem a polêmica da AIDS, da moral, etc...
Na verdade, o que realmente me incomodou é uma direção que o Papa toma quando o assunto são seus livros pós-2005. Em Jesus de Nazaré, Bento XVI afirma logo nas primeiras páginas que seu trabalho não pretende ser uma obra magisterial e que qualquer um é livre para discordar das opiniões contidas ali.
Ok. O Papa não é infalível, magisterial ou absoluto em cada espirro. Isso é fato. As condições da infalibilidade são, ironicamente, muito restritas. Contudo, quando se elegeu Papa, em abril de 2005, Joseph Ratzinger morreu.
Um engenheiro é um profissional que atua X horas por dia. Quando está em casa, com a família, ele assume o papel de pai, marido, filho, etc. O mesmo não se pode dizer daqueles chamados ao sacerdócio ou episcopado. Por isso eles são vocacionados, chamados, e não contratados ou admitidos. Eles o são para sempre, 24 horas por dia.
As opiniões de um Papa, magisteriais ou não, terão um peso imenso dentro do orbe católico. Na minha humilde opinião, quando Bento XVI se comporta como Joseph Ratzinger, a confusão é grande e resulta sempre num estrago para a Igreja.
Não acredito que a polêmica da camisinha vai caminhar mais do que já caminhou. O mundo rápido e ávido por notícias alarmantes tem um lado positivo: rapidamente muda seu foco. A polêmica já acabou.
No diálogo com Peter Seewald, como em Jesus de Nazaré, o foco da atenção não foi Bento XVI, mas Joseph Ratzinger. Parece confuso? E é mesmo!
Nunca, até onde sei, um Papa lançou livros teológicos fora da sua função de Papa, ou seja, afirmando que não se trata de uma obra do pontificado atual. JPII lançou vários livros, mas em todos emitiu juízos como pontífice (corrijam-me se estiver errado).
Parece que o papado torna-se uma instituição de fato, onde o Papa é um mero administrador de uma função e não o Vigário de Cristo na Terra.
Sem contar o impacto que o "podem discordar de mim a vontade" pode ter subjetivamente em várias pessoas, num mundo onde a autoridade pontifícia é questionada e contrariada cotidianamente.
Essa confusão toda me deixa... confuso!

domingo, 21 de novembro de 2010

Gente nova

Ficar um tempo sem blogar me deixou um pouco lerdo! Sim, estou beeem devagar, me acostumando novamente.
Tem muitos blogs novos, pequenos, que são muito bons e eu estou começando a descobri-los. Tem ainda o pessoal que se aventura no mundo dos 140 caracteres do Twitter, gente muito bacana que também estou (re)descobrindo.
E agora são tantas as opções de contato nesse mundo eletrônico das redes de relacionamento que fico ainda mais confuso, não querendo perder nada, nem ninguém.
Pretendo recolocar uma lista de blogs que leio na lateral do BLOGONICVS, mas isso ainda vai demorar um pouco. Mesmo nos tempos da IGREJA UNA eu sempre esquecia alguém!
Se o mundo virtual anda tão conectado e animado, o real não fica muito longe. As atribuições que assumi também me consomem.
Mas vamos seguindo!

sábado, 20 de novembro de 2010

Dom Williamson recebe um ultimato


O Superior Geral, Mons. Bernard Fellay, tomou conhecimento pela imprensa da decisão de Mons. Richard Williamson de revogar, dez dias antes de seu julgamento, o advogado encarregado de seus interesses para se deixar defender por um advogado abertamente ligado ao movimento dito neo-nazi na Alemanha e a outros de seus grupos.
Mons. Fellay determinou formalmente a Mons. Williamson voltar atrás nesta decisão e não se deixar instrumentalizar por teses políticas totalmente alheias à sua missão de bispo católico a serviço de Fraternidade São Pio X.
A desobediência a esta ordem faria incorrer a Mons. Williamson a exclusão da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
Menzingen, 20 de novembro de 2010.
Padre Christian Thouvenot, secretário geral
Fonte: DICI

De acordo com o blog "Catholic Church Conservation", o novo advogado de Mons. Williamson é um filho e neto de nazistas convictos e influentes, e defendeu neo-nazistas contra acusação de agressão contra punks.

Infelizmente Dom Williamson parece não ter muito a noção da situação. Neste caso não há alma viva no orbe tradicional que ouse, em sã consciência, justificar sua atitude.

A ameaça de expulsão da Fraternidade só faz aumentar a pressão sobre ele e sobre o Superior Geral. Ter um dos quatro bispos numa situação tão absurda como essa é danoso para a Fraternidade e compromete o trabalho restaurador da mesma na Europa.

Estranhamente, Dom Williamson torna-se o melhor amigo daqueles que, por anos, tentaram destruir a obra de Dom Lefebvre.

Acusações de extremismos na Fraternidade e de alinhamento com grupos nacionalistas e totalitários já pipocaram num passado recente na Europa. O prejuízo que Dom Williamson está causando à FSSPX é tamanho que a sua presença lá pode não ser mais uma questão de escolha, mas de decisão.

Yes, he can! CARDEAL Burke!!!


De longe o agora Cardeal Raymond Leo Burke é o meu (e de muitos) mais estimado prelado da Cúria Romana.
Sua firmeza, dedicação e seu bom humor (basta olhar as fotos) transparecem uma alma grande e que está a serviço da Igreja.
Há muito tempo eu esperava vê-lo como cardeal. Há muito tempo mesmo. Agora, esse desejo se converte em alegria e em gratidão a Deus e ao Papa Bento XVI.
Agora (uhhh!) Sua Eminência não precisa mais de "convites" para aparecer nas dioceses. É um príncipe da Igreja e, como tal, goza de uma série de "gentilezas" não escritas, mas que constam no código de conduta dos bispos. Dom Burke está livre para chegar e, quem sabe literalmente, botar pra quebrar!
Isso é sem dúvida um tapa na cara de alguns bispos brasileiros que classificam Dom Burke e outros na mesma linha como "carreiristas". Para esses bispos orgulhosos, cuidado! A conversa agora é em vermelho.

Arcebispo da Cantuária em Pânico?

Um chazinho para os nervos do Arcebispo Anglicano

É visível a degradação moral que abateu a Igreja Anglicana da Inglaterra. Diria que não apenas ela, mas praticamente qualquer denominação protestante antiga da ilha da Rainha Elizabeth II.
A publicação da Anglicanorum Coetibus foi uma reação do Santo Padre na salvação não apenas dos anglicanos tradicionais, mas um verdadeiro recado aos demais cristãos.

Mas toda ação implica uma reação. E a reação a qualquer guinada para a direita, relembrando o homem dos seus valores fundamentais, é vista sempre com desconfiança, no melhor dos casos, e fúria.

Alguns bispos anglicanos, especialmente o "influente" e, minha opinião, bizarro, arcebispo de York viram da constituição do Santo Padre algo totalmente anômalo, incrível e anti-eclesial. Outros, atacando diretamente o bispo dos bispos, afirmaram ser uma armadilha aos tolos "anglo-católicos" que os levará à submissão petrina (algo que qualquer anglicano sempre aprendeu a odiar) e à idolatria.

Contudo, suas opiniões parecem não exercer a menor influência nos 5 bispos anglicanos que deixaram essa comunidade e pretendem, nos primeiros dias de 2011, cruzar o Tibre (expressão que já se popularizou ultimamente). E seguindo as pegadas desses "pioneiros", vemos vários pastores (50, exatamente) e milhares de fiéis. Lembram os "puritanos" que também fugiram da Inglaterra rumo aos EUA em busca de liberdade, só que neste caso, os "puritanos" de agora não são persistentes no erro, mas decidiram acertar.

A estrutura do Ordinariato, uma novidade canônica, já foi amplamente comentada. A possibilidade de preservação litúrgica é a grande chave da questão. Contudo, é preciso reforçar que a fé será a católica. Creio que os anglicanos convertidos, ou melhor, os novos católicos não têm qualquer problema com isso, mas sempre há a tentação, especialmente em tempos ecumênicos, de se manipular essa nova estrutura para que se torne ecumenicamente correta, agradável.

Deve ser em busca de um Ordinariato mais anglicano que católico que o Arcebispo da Cantuária, Dr. Rowan Williams, visitou mais uma vez o Papa Bento XVI.

Essas visitas, não cobertas ou anunciadas pela mídia, nos dão a impressão, talvez falsa (quem sabe?), de um líder em pânico. Quando do lançamento da Anglicanorum Coetibus, o mesmo Arcebispo realizou uma visita rápida e urgente ao Bispo de Roma. Agora, a conversão rápida de 5 bispos para a fé católica através de uma estrutura que, convenhamos, ainda não se sabe se irá funcionar corretamente (ajustes podem e devem ser feitos ao longo dos primeiros 5 anos de experiência) é surpreendente.

O caos anglicano é consequência direta do esquecimento da fé que, um dia, esteve presente nas ilhas britânicas que, bem ou mal, preservou-se por tempo mesmo durante o cisma protestante.

E agora vemos um líder puxado para todos os lados. Os progressistas anglicanos, desejosos da ordenação de mulheres bispas e das mais estranhas liberdades, o acusam de ser demasiado fraco. Os anglo-católicos, representando a direita anglicana, simplesmente desistiram de implorar e já pensam com mais carinho no Ordinariato. No meio da confusão temos os anglicanos "históricos", aqueles que afirmam perseguir a fé anglicana como sempre; esses estão mais confusos que cegos em tiroteio, não sabem, ou melhor, não têm para onde correr. Criam estruturas novas na tentativa de manter o vínculo de comunhão entre todos.

Some-se a isso a remodelação da liderança católica inglesa. Sempre solícitos aos anglicanos, os novos bispos católicos ingleses, especialmente os criados por este Papa, estão mais focados em preservar a fé católica que em conversar com anglicanos. Em Roma, a mudança do presidente do Conselho para Unidade dos Cristãos também foi um duro golpe. Sai o dialogável Cardeal Kasper e entra o duro e teologicamente conservador Cardeal Kurt Koch.

Um momento de turbulência, sem dúvida, para os protestantes e para os católicos. Transformações importantes acontecendo, novas prioridades. Tudo isso nós observamos com os olhos bem abertos e os joelhos dobrados.
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