sábado, 27 de agosto de 2011

Maçons e Bispos: Algo de podre no reino do Brasil



A santa missa do 3º domingo de dezembro foi celebrada na Catedral da cidade de Caruaru por sua Excia Revdma DOM BERNARDINO MARCHIÓ, com a presença de maçons, todos paramentados, e cerca de 800 fiéis. Dom Dino é um santo sacerdote que vem dirigindo a Diocese de Caruaru, como Bispo Titular, admirado e querido por todos, em face da obra evangelizadora e humanista que tem desenvolvidoA Maçonaria tem muita estima por este Bispo desde que ele dirigiu a Diocese de Pesqueira/PE, onde o conheceu. Próximo a essa cidade, nasceu Dom Arcoverde, o 1º Cardeal do Brasil. (...). Terminada a celebração da Santa Missa, o Ir. Antônio do Carmo Ferreira, na qualidade de Grão-Mestre do Grande Oriente Independente de Pernambuco, foi ao púlpito, de onde saudou Dom DINO Marchió e lhe concedeu a Comenda do Mérito Maçônico Pernambucano, perante cerca de 800 fiéis que lotaram a CatedralSua Excelência Reverendíssima (foto acima), com um pronunciamento de lindas palavras, agradeceu a distinção e denominou o evento de festa da alegria. Pois que as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo nos mantenham sempre assim: alegres, unidos e felizes: como ensinou o Padroeiro: Ut omnes unum sint.

Fonte: ARBLS DEUS E CAMOCIM – Grande loja maçônica do Estado do Ceará – Os negritos são nossos.

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"Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçónicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido (...)" Cf. Congregação para Doutrina da Fé, 1983.

"A seita da Maçonaria mostra-se insolente e orgulhosa de seu sucesso, e parece que ela não colocará limites à sua pertinácia. Seus seguidores, ajuntados por perversos acordos e por conselhos secretos, ajudam-se uns aos outros, e excitam-se uns aos outros a uma audácia nas coisas malignas." Cf. Humanum Genus, nº37. Leão XIII, papa.
A condenação da maçonaria não é algo novo e por isso nenhum bispo pode alegar ignorância e deve ter em conta, sempre, o mais que centenário ensinamento.
O que acontece, ou melhor, por que isso acontece? Bom, vivemos em tempos de fraternidade e os bispos da CNBB são exemplos de fraternidade, exceto, é claro, quado se trata de acolher fraternalmente aqueles católicos que ousam ser católicos.
Tudo aquilo que remete à condenação ou proibição anterior ao Concílio Vaticano II deve ser solenemente ignorado. Por isso que a própria Congregação para Doutrina da fé precisou, em 1983, emitir uma nota instrutiva aos desorientados prelados afirmando que sim, o ensinamento anterior ao Vaticano II -- nesse caso de Leão XIII - ainda é válido. Qualquer bispo verdadeiramente católico deveria se envergonhar de levantar esse questionamento à CDF.
Entretanto, Dom Dino não foi o único agraciado pela Maçonaria recentemente.

Bispo Emérito e Consultor Jurídico da CNBB proferiu palestra para platéia de 200 pessoas, no Templo da Loja Maçônica União de Ipatinga
Dom José Alberto Moura, arcebispo de Montes Claros firmando parceria
com a loja maçônica do norte de Minas



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Primado de Pedro na visão protestante moderna

Bento XVI em visita aos Luteranos alemães. Pelo menos eles possuem um altar
Versus Deum.

Teólogo protestante deseja que papa lidere os cristãos

O teólogo protestante Reinhard Frieling defende que o papa Bento XVI seja nomeado líder honorário de todos os cristãos. A proposta surge poucas semanas antes da visita do líder católico a Alemanha.
"O sonho da comunhão de todos os cristãos pode se tornar realidade se os protestantes oferecerem ao papa o papel de chefe honorário da cristandade", disse o ex-líder do Institute Kundlichen, de Bensheim.

Para o professor emérito da Universidade de Marburg, o papa poderia “falar em nome da cristandade em situações extraordinárias”. Ele argumentou que uma liderança comum daria crédito ao cristianismo como mensagem.

Se a proposta se viabilizar, o aniversário da Reforma em 2017, com seus 500 anos, poderá ser a ocasião certa para concretizar a visão, baseada em sua opinião do papa já ser "porta-voz para todos os cristãos."

O teólogo protestante sugere que as igrejas da Reforma abandonem sua "auto-suficiência" e assumam as "corajosas consequências ecumênicas".

Essa proposta lembra a que foi feita pelo bispo Johannes Friedrich, da Igreja Luterana da Baviera, há dez anos. Friedrich argumentava que o papa poderia ser aceito como porta-voz do cristianismo mundial como serviço ecumênico de unidade..

A visita do papa a Alemanha está prevista para os dias 22 a 25 de setembro, e inclui as cidades de Freiburg e Berlim, com um discurso diante do Bundestag (Parlamento) alemão, e uma reunião com representantes da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) no mosteiro agostiniano em Erfurt.

AAgência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 23-08-2011.

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Bom, a notícia parece, num primeiro olhar, algo positivo, um passo importante rumo ao "Ctrl+Z" da reforma protestante. Reconhecer o Papa como representante autêntico da cristandade global é algo importante e certamente querido por qualquer católico. O fim do cisma protestante e da heresia, como consequência, é desejo de todos os católicos verdadeiramente católicos.
Mas a visão sobre o papado de católicos e protestantes guarda uma substancial diferença que só pode ser percebida quando lemos as sentenças principais da notícia acima:

"O teólogo protestante Reinhard Frieling defende que o papa Bento XVI seja nomeado líder honorário de todos os cristãos."
" o papa poderia “falar em nome da cristandade em situações extraordinárias”"

O Papa não goza apenas de uma posição honorífica, mas goza de uma primazia de fato, jurisdicional e canônica que permite ao bispo da diocese de Roma criar bispos em todo o orbe, bem como removê-los quando necessário, por exemplo. O Papa é cabeça visível da Igreja e não uma cabeça "honorária", por isso mesmo ele fala sempre em nome da cristandade em situações ordinárias.

A proposta protestante esboçada acima não é compatível com a doutrina católica, especialmente aquela explicitada pelo Vaticano I e, pasmem, até pelo Vaticano II (através da bendita 'nota previa'). Embora quem me lê possa nutrir "sinceras reservas" sobre o Vaticano II, precisamos ser honestos e pelo menos admitir que o texto (da nota prévia) está lá, embora ninguém o leve em consideração...
Voltando...

O que os protestantes querem, embora tenha cá comigo que essa não é a opinião DOS protestantes, mas apenas de algum pequeno círculo luterano, é esvaziar o papado da sua autoridade, substituindo por uma liderança sem sentido. É mais ou menos o caso dos reis nórdicos de hoje que, mesmo sendo chefes de Estado, gozam de nenhum poder prático.

A primado de honra dos luteranos, com suas situações extraordinárias não é o Papado católico e é tão ruim quanto a negação do próprio papado. Não nos iludamos! O ecumenismo com protestantes está morto e até mesmo o Vaticano tem isso bem claro. O foco é o oriente, onde há ainda uma chance de esperança para a unidade num futuro ainda incerto.

Algumas pessoas, talvez até bem intencionadas, tentam reascender essa chama de diálogo com os protestantes, mas a brasa já não aquece, restam apenas cinzas. Aos protestantes só resta o caminho da conversão individual. E rezemos para que ela aconteça!

Quando Protestantes são mais católicos que os Cardeais

Presbiterianos rejeitam ordenação de mulheres

Com uma votação acachapante de 158 votos contra 14, a Assembleia Geral da Igreja Nacional Presbiteriana do México (INPM), reunida nos dias 17 a 19 de agosto em Xonacatlán, no Estado do México, rejeitou a ordenação de mulheres ao sacerdócio.

A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 25-08-2011.

"Teologicamente, não há nenhum obstáculo fundamental".
Cardeal de Lisboa sobre Ordenação de Mulheres
Argumentando a favor da ordenação feminina, o sociólogo Leopoldo Cevantes Ortiz disse que a Igreja deve recuperar o seu rosto inclusivo e propôs que a Assembleia desse liberdade aos presbitérios para ordená-las ou não. O delegado ao encontro Emmanuel Flores fundamentou seu argumento a favor do ministério feminino na doutrina da imagem de Deus, que criou homens e mulheres.

Otoniel López alegou que as ordens bíblicas não incluem a possibilidade das mulheres serem ordenadas e José Luis Zepeda, mesmo admitindo que Deus possa chamar mulheres para o seu serviço, enfatizou a inexistência de textos bíblicos que justifiquem o ministério feminino.

Dom William Morris. Defendeu a ordenação
feminina e foi deposto por Bento XVI
Amparo Lerín mostrou a necessidade de superar as posturas patriarcais e machistas, e pediu que os pastores se informassem sobre antecedentes históricos da ordenação feminina na história da Igreja.

O representante do presbitério Filadelfia, Nehemias Morales Macario, leu a proposta redigida por Ernesto García, secretário de atas do Ministério. O texto reflete a absoluta rejeição aos avanços democráticos e sociais dos princípios expressados pela Revolução Francesa, que ele qualificou como “movimento apóstata” que introduziu perniciosamente o conceito e a prática da emancipação das mulheres.

A Assembleia mostrou-se predisposta ao “não” desde o princípio. Muitos delegados expressaram descontentamento aos conferencistas que se manifestaram a favor da ordenação feminina.


"Como se justifica esse descompasso entre a Igreja e a sociedade,
em relação à mulher, que conquistou mai espaços no último século?"
Dom Clemente Isnard, falecido este mês
Dois delegados, Moisés Zapata e Héctor Bautista, exigiram “mão de ferro” para os que não cumprirem as diretrizes aprovadas na Assembleia. Eles lembraram a realização de dois concílios, em 1980 e 2006, quando o tema foi discutido. Agora, disseram, é tempo de tomar medidas disciplinares sem concessões.

Com 102 votos a favor da medida, a Assembleia determinou que presbitérios e igrejas que ordenaram mulheres anulem, de imediato, tais medidas.

Estava preparado, assim, o caminho para o rompimento de relações com a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), uma vez que esta ordena aos ministérios pessoas com orientações sexuais diversas, o que foi destacado várias vezes na Assembleia da igreja mexicana.

***

Façamos ecumenismo urgente! Chamemos os membros dessa comunidade Presbiteriana a Roma para que aconselhem a Congregação para os Bispos e para a Doutrina da Fé sobre como lidar, "com mão de ferro", com bispos e teólogos que, em pleno século XXI, ainda advogam a ordenação de mulheres.

Dom Valentini lembra Dom Isnard

Dom Clemente Isnard. Depoimento de D. Demétrio Valentini

Fonte: Adital
[Comentários meus]

A notícia chegou rápida. Dom Clemente Isnard tinha falecido. Pelas seis da tarde do dia 24 de agosto de 2011, de repente, em consequência de parada respiratória, D. Clemente José Carlos Isnard concluía sua fecunda caminhada de 94 anos de vida, 74 de religioso beneditino, 68 de padre, e 51 de bispo. Como pedira a Deus, morria sem incomodar ninguém.

Com a serenidade de sempre, concluía sua vida como quem encerrava uma Eucaristia bem celebrada. Ele que tinha dedicado à liturgia sua competência de perito e sua vivência de beneditino, terminava a vida como quem encerrava uma celebração tranquila e harmoniosa. Morria transmitindo paz e garantindo bênção.

O simbolismo da liturgia, que contagiou tanto a vida de Dom Clemente, envolve sua partida, como última lição deixada por ele. O cair da tarde evoca o declínio da vida. Às seis horas os monges acendem a lâmpada, que esconjura as trevas e ilumina as mentes. Da liturgia terrena, ele passou tranquilo para a liturgia perene.

Mas o simbolismo de sua morte não pára aí. Nestes dias finais de agosto, estávamos nos preparando para recordar Dom Helder e Dom Luciano, outros dois grandes bispos brasileiros, falecidos no mesmo dia, 27 de agosto, véspera da festa de Santo Agostinho.

A estes dois bispos que desenharam com suas vidas a grandeza da CNBB, se junta neste final de agosto Dom Clemente, outro gigante que engrandeceu o episcopado brasileiro com sua competência [Et cum Spiritu tuo = Ele está no meio de nós. Oh competência!] e seu testemunho. Parece a subida ao Tabor, acompanhada dos três testemunhas escolhidos por Jesus: Helder, Luciano e Clemente!

Dom Clemente foi um grande esteio da renovação litúrgica de toda a Igreja, promovida pelo [espírito do] Concílio Vaticano II. Foi ele que transmitiu segurança e firmeza à caminhada [de ruptura] litúrgica promovida no Brasil pela CNBB.

Sua nomeação para bispo de Nova Friburgo em 1961, foi de todo providencial. Iniciado o Concílio, ele foi logo identificado na CNBB como bispo de referência para assuntos litúrgicos. O primeiro tema abordado pelo Concílio foi justamente a liturgia. Dom Clemente se sentiu logo à vontade, como bom atleta que cai na piscina e nada de braçadas. Os bispos brasileiros sentiam firmeza nas orientações transmitidas por Dom Clemente.

Terminado o Concílio, foi logo eleito para presidir o Secretariado Nacional de Liturgia, a quem estava afeita a ingente tarefa de implementar a reforma litúrgica preconizada pelo Concílio. E ele desempenhou esta missão com muita segurança e sabedoria.

Exerceu diversos cargos, tanto em Roma como no CELAM e na CNBB. Permaneceu trinta anos na mesma diocese, até se tornar bispo emérito, quando generosamente aceitou a incumbência de ser o Vigário Geral na Diocese de Duque de Caxias. O que o guiava não era a busca de status eclesial, mas o serviço à Igreja.

Como bispo emérito, teve a coragem de expor suas reflexões sobre questões eclesiais muito complexas [citando: ordenação de mulheres, fim do celibato, escolha de bispos pela "comunidade", etc], manifestando seus sonhos de uma Igreja reformada à luz do Vaticano Segundo. Publicou o livro "Reflexões de um Bispo Emérito sobre as Instituições Eclesiásticas atuais”, que permanecerá certamente como expressão madura de sua coerência de pastor e de seu testemunho de profeta. [Infelizmente a obra de Dom Clemente, citada pelo bispo de Jales, é um triste sinal que nos aponta a incapacidade de alguns bispos em acomodar a doutrina católica sobre a ordenação de mulheres que, como definiu João Paulo II, foi decidida de uma vez por todas. Dom Clemente só foi mais um de uma longa lista de dissidentes dogmáticos.]

Tive a honra de gozar de sua amizade e estima, que sempre me comoveram pela nobreza de suas manifestações. Em carta que me escreveu de próprio punho, em julho do ano passado, manifestou de maneira singela sua disposição de trabalhar, apesar de sua avançada idade. Escreveu ele textualmente: "Ainda gostaria de viver mais alguns anos para concluir certos trabalhos...” [Deus não permitiu!] E lembrou o livro do seu grande amigo [!!!], Padre Bugnini, secretário da Comissão de Liturgia durante o Concílio.

Dom Clemente concluiu a grande liturgia de sua vida aqui na terra [será que teve dança, atabaques, bandeirolas ou qualquer outra manifestação mundana como se vê hoje, infelizmente, nas liturgias renovadas por Dom Clemente?]. Que ele continue lá no céu intercedendo por nós. Precisamos de seu exemplo para sermos coerentes com a caminhada de renovação eclesial, proposta pelo Concílio [ainda há esperança, em alguns prelados, que a hermenêutica de ruptura continue em ação, mesmo hoje quando esse projeto já demonstrou sua falência e seus frutos torpes], e assumida de maneira tão generosa por Dom Clemente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Faleceu criador do Novus Ordo Tupiniquim

Morre Dom Clemente Isnard, ex-vice-presidente da CNBB

Morreu hoje, por volta das 18h, em Recife (PE), o bispo emérito de Nova Friburgo (RJ), e ex-vice-presidente da CNBB, dom Clemente José Carlos Isnard, de 94 anos, uma das grandes referências de liturgia da Igreja no Brasil. Dom Clemente teve uma parada respiratória, enquanto fazia fisioterapia. O sepultamente de seu corpo será amanhã, 25, no Mosteiro de São Bento de Olinda. O horário ainda não foi divulgado.

Dom Clemente nasceu no Rio de Janeiro em 8 de julho de 1917 e pertencia à Ordem de São Bento (beneditino). Recebeu a ordenação presbiteral em dezembro de 1942. Em 25 de julho de 1960, foi ordenado bispo para a diocese de Nova Friburgo, onde esteve até ficar emérito em 1992. A partir desta data, tornou-se vigário geral da diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro até o ano de 2004.

Dom Clemente tinha como lema episcopal “Seguindo a Ti como pastor”. Exerceu inúmeras atividades, tendo destacada atuação no Concílio Ecumênico Vaticano II em relação à liturgia. Foi membro do Conselho Federal de Cultura (1961), do Conselho Estadual de Educação (1961-1964) e do Conselho para Execução da Constituição de Liturgia (1964-1969).

Foi, ainda, Secretário Nacional de Liturgia (1964); Membro da Comissão Episcopal Pastoral da CNBB; Vice-presidente da CNBB (1979-1982); presidente do Departamento de Liturgia do CELAM (1979-1982); 2º Vice-presidente do CELAM (1983-1987); membro da Congregação para o Culto Divino; membro do 1º Sínodo dos Bispos em 1967.

Dom Clemente participou também das Conferências do Episcopado Latino-americano de Puebla (1979) e Santo Domingo (1992).

Fonte: CNBB

OBS: recomendo a leitura de um interessante artigo, abaixo, sobre Dom Clemente para quem ainda não sabe sobre as "relevantes" contribuições do bispo a liturgia "made in Brazil".
http://oblatvs.blogspot.com/2009/01/dom-clemente-isnard.html

Catedral proíbe AcólitAs


O pároco da catedral da diocese de Phoenix (EUA), Pe. John Lankeit (foto), veio a público recentemente para justificar a sua medida em relação aos jovens que servem como acólitos na igreja principal da diocese. Pe. Lankeit resolveu que todos os acólitos deverão ser do sexo masculino.

"Se você olhar ao redor da Igreja - e eu estou falando sobre a Igreja em geral - se você olhar para dioceses, se você olhar para as ordens religiosas e para paróquias onde há um respeito sobre a distinção e a complementaridade do homem e da mulher, você verá as duas vocações florescem ", afirmou o padre ao jornal diocesano. "E quando falo em duas vocações estou falando da sacerdotal e da vida consagrada".

O padre vem enfrentando algumas dificuldades para colocar sua estratégia em prática e restaurar o antigo costume da Igreja em ter apenas acólitos do sexo masculino servindo. Muitos estão tratando o tema como uma questão de preconceito sexual, de sexismo.

"Se a questão é abordada apenas do ponto de vista emocional, posso entender por que as pessoas ficam chateadas, porque eles estão olhando para essa questão em termos de uma questão de direitos - e eles estão interpretando-a de tal forma como se os direitos de alguém estivesse sendo negado ", disse ele.

Pe. Lankeit apontou casos similares onde houve um crescimento substancial no número de vocacionados após a adoção de medidas similares. Uma paróquia em Ann Arbor, Michigan, que alcançou um número impressionante de 22 vocacionados após a reserva do serviço do altar apenas para homens. Ele também mencionou a diocese de Lincoln.

Em defesa do Pe. Lankeit surge o diretor de vocações da diocese de Phoenix, Pe. Paul Sullivan, que afirmou nunca ter ouvido uma religiosa falar que sua vocação surgiu no altar. Para Pe. Sullivan o serviço feminino no altar não aumenta o número de vocações religiosas. "A paróquia que eu sei que tem as maiores vocações femininas não tem mais acólitas ... Eu nunca conheci uma menina que afirmasse: 'eu encontrei a minha vocação ao servir o altar", afirmou Pe. Sullivan.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cardeal de Houston cria paróquia tradicional

A notícia publicada hoje no blog "Rorate" nos mostra que sim, é possível obedecer o Papa!
O cardeal arcebispo da maior cidade do Texas, Dom Daniel N. DiNardo, anunciou que irá erigir uma paróquia pessoal dedicada inteiramente ao rito "tridentino", sendo colocada aos cuidados dos padres da Fraternidade Sacerdotal São Pedro.

A paróquia contará com uma igreja própria, um salão paroquial e toda a estrutura necessária ao seu funcionamento, incluindo uma escola nos planos futuros da instalação. O terreno foi doado à diocese para este fim.

O mais importante desta notícia é ver que há nos EUA uma vigorosa e crescente comunidade que se reúne para a missa na sua forma extraordinária. Vigorosa porque aguentou anos de negligência por parte de um grupo de bispos que, graças ao bom Deus, vem sendo substituído. Crescente porque não haveria sentido começar uma paróquia pessoal se os fiéis dessa paróquia fossem estagnados ou simplesmente saudosistas; a paróquia se reúne em torno de Cristo e é jovem!

A Fraternidade Sacerdotal São Pedro está na contramão da Igreja nos EUA. Enquanto em diversas dioceses há o fechamento de paróquias, inclusive paróquias com mais de 100 anos, e os seminários são unidos uns aos outros pela impossibilidade de cada diocese manter o seu próprio, a FSSP participa na criação de novas paróquias e mantém um belíssimo e enorme seminário nos EUA.

É claro que a mudança no episcopado norte-americano, antes um filho rebelde, tem contribuído para o desenvolvimento e o alinhamento da Igreja nos EUA com a Igreja em Roma. Novos bispos são nomeados para, claramente, desconstruírem o (péssimo) trabalho dos seus predecessores. É o caso de Miami, Los Angeles e da Filadélfia.

De modo especial o cardeal Houston já se mostrou um colaborador de várias decisões de Bento XVI. Na recente assembléia da Conferência Episcopal dos EUA, Dom DiNardo deixou claro que o seu seminário diocesano está pronto para acolher e formar os clérigos anglicanos que formarão, ainda este ano, o Ordinariato americano.

Mas e o Brasil? Bom, as coisas nesta Terra de Santa Cruz andam mais lentamente. O Brasil encontra-se exatamente na mesma condição que os EUA estavam em 1980. Precisamos de um "Plano de Aceleração da Liturgia" para levar o país a um novo estágio do desenvolvimento litúrgico e teológico.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Miami - Paraíso do Clero Gay

No começo deste ano o Papa Bento XVI substituiu o arcebispo de Miami, Dom John Favarola, antes mesmo da sua idade limite para o pedido regular de aposentadoria. Favarola, que comandava a arquidiocese desde 1994, foi aposentado com quase dois anos de antecedência.

O motivo, segundo as fontes, é o escandalo que se instalou na arquidiocese após a publicação de um relatório investigativo, conduzido por um grupo de leigos conhecido por "Christifidelis".

De acordo com o relatório, que foi publicado por um periódico sensacionalista, há uma rede de sacerdotes gays instalada em Miami e estimulada pelo então-arcebispo Favarola e seus colaboradores mais próximos. Essa rede seria a responsável pela promoção da cultura gay na arquidiocese.

O relatório, enviado ao Vaticano, conta com 400 páginas, incluindo fotos, e-mails e publicações em redes sociais ou em sites de prostituição.

O relatório aponta a presença de homossexuais também no seminário que, segundo um dos testemunhos, seria uma espécie de "Hogwarts Gay", numa referência à escola de bruxaria dos livros de Harry Potter. Como num passe de mágica as denúncias começaram a surgir e Favarola caiu.

"Eu provavelmente entrei para o seminário, em parte, porque eu estava atraído pela idéia de estar em um mundo gay ", afirmou Peter Fuchs, que agora vive com um companheiro na capital dos EUA. A forma como Fuchs foi abordado no seminário foi direta, com o reitor do seminário, Pe. Bernies Kirlin, colocando a mão entre as suas pernas.

Neil Doherty, um dos maiores abusadores dos EUA, foi por 13 anos diretor de vocações do seminário arquidiocesano e foi acusado de drogar jovens com álcool e sodomiza-los. Doherty era amigo próximo de Kirlin.

O relatório dá informações sobre padres que vivem com amantes do sexo masculino, que vivem com outros padres, um padre que é proprietário de uma vila erótica numa região afastada de Miam e que gosta de usar drogas durante o sexo, outro que se encontra com jovens.

Outro fato apontado pelo documento é a propriedade de uma fábrica de Yohimbe, uma bebida afrodisíaca distribuída em bares gays da região. Segundo o relatório, Dom Favarola seria proprietário de uma parte da fábrica.

A advogada Sharon Bourassa resolveu, em 2005, conduzir uma série de investigações sobre o comportamento inapropriado do clero local. O relatório produzido foi enviado ao Vaticano e Sharon recebeu uma resposta de que o documento havia alcançado os olhos do Papa Bento XVI. Em 2006 a advogada recebeu a visita de um cardeal vaticano, mas nada foi reportado ao público.

sábado, 13 de agosto de 2011

O Fim de Uma Congregação Vaticana

Vaticano quer recuperar a confiança das religiosas dos EUA, diz arcebispo

Na fase final da visitação apostólica às comunidades religiosas femininas dos Estados Unidos, a congregação do Vaticano que supervisiona o estudo não está apenas enfrentando montanhas de papel, mas também deve tentar reconstruir uma relação de confiança com as religiosas, disse o secretário da congregação.

O arcebispo norte-americano Joseph W. Tobin, (foto) secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, disse: "Eu acredito que a visitação deva ter um aspecto dialógico, mas a forma como ela foi estruturada no início realmente não favoreceu isso" [crítica aberta ao antecessor, Cardeal Franc Rodé, que preferiu ação ao diálogo interminável e improdutivo que, agora sob nova direção, se tornou a regra da Congregação para os Religiosos].

Em uma entrevista no dia 10 de agosto com o sítio Catholic News Service, o arcebispo Tobin disse que a congregação espera que a sua revisão dos relatórios da visitação e as suas respostas às comunidades religiosas participantes sejam marcadas pelo diálogo e sejam um passo em direção à cura.

"Eu sou um otimista, mas também tento ser realista: a confiança que deveria caracterizar as filhas e os filhos de Deus e os discípulos de Jesus não é recuperado da noite para o dia. Eu acho que as religiosas têm o direito de dizer: 'Bem, vamos ver'", ele disse.

O ex-prefeito da congregação, o cardeal Franc Rode, iniciou a visitação em janeiro de 2009, dizendo que seu objetivo seria o de estudar a comunidade, a oração e a vida apostólica das ordens, para saber por que o número de religiosas nos EUA havia diminuído tão acentuadamente desde os anos 1960 [diminuiu porque, até então, o Vaticano havia adotado o diálogo e a compreensão como formas de lidar com as loucuras e o feminismo militante que por 40 anos arrasou as comunidades religiosas femininas nos EUA].

Quase um ano depois do início do estudo, o cardeal Rodé disse à Rádio do Vaticano que a investigação era uma resposta às preocupações, incluindo de "um importante representante da Igreja dos EUA", referentes a "algumas irregularidades ou omissões na vida religiosa norte-americana. Acima de tudo, se poderia dizer, isso envolve uma certa mentalidade secular que se espalhou nessas famílias religiosas e, talvez, também um certo espírito 'feminista'".

O arcebispo Tobin disse que a Madre Mary Clare Millea, superiora-geral das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus e visitadora apostólica nomeada pelo Vaticano, apresentou o seu "esboço geral do relatório", mas a congregação ainda espera outros 400 relatórios das irmãs que visitaram cada comunidade e muitos outros das próprias comunidades.

A congregação, que tem uma equipe de 40 pessoas, incluindo apenas três pessoas que falam inglês, vai precisar de ajuda para a leitura, a avaliação e a respostas aos relatórios, disse Tobin.

Uma possibilidade, disse o arcebispo Tobin, é pedir que as congregações religiosas com sede em Roma permitam que os membros norte-americanos dos seus conselhos gerais atuem como consultores da congregação e ajudem a repassar todos os relatórios.

O fato de o cardeal Rodé ter decidido que os relatórios dos visitadores não seriam compartilhados com as comunidades individuais foi apenas "uma parte do dano real feito no início", disse o arcebispo Tobin. A situação foi agravada por "rumores, e, eu diria, alguns conselheiros canônicos bastante inescrupulosos exploraram isso", semeando o medo de que o Vaticano iria substituir a liderança de algumas comunidades ou dissolvê-la totalmente [o que não seria má ideia! O que vão esperar? Um caso do tipo da Legião para tomarem alguma atitude? Outro escândalo envolvendo membros da Igreja para que possam jogar pedras no papa?].

"Certamente, do nosso lado do rio ou do nosso lado da lagoa, criamos uma atmosfera em que isso foi possível" e em que a ideia de que algumas comunidades seriam fechadas "não parecia tão estranha".

"É como a pregação: não é tanto o que você diz, mas sim o que as pessoas ouvem [...] E o que muitas dessas mulheres ouviram foi alguém que lhes dizia que a sua vida não era leal, nem cheia de fé", disse.

No fim, porém, muitas congregações acharam que o processo não foi tão ruim quanto se temia, disse Tobin, e "um importante resultado que já está acontecendo é que há um crescente número de religiosas nos EUA que dizem: 'Precisamos de reconciliação, mas ela tem que acontecer entre nós. Não pode ser imposta pelo Vaticano" [mais uma prova da anarquia que reina entre elas. Estão recusando a Igreja, recusando a obediência mais fundamental].

O arcebispo Tobin disse que a reconciliação é necessária dentro e entre as comunidades, inclusive entre aquelas representadas pela Leadership Conference of Women Religious [feministas] e pelo Council of Major Superiors of Women Religious, que, de forma estereotipada, são vistos, respectivamente, como muito progressista e muito conservador.

"Os próprios visitadores eram dos dois diferentes grupos e descobriram, ao falar uns com os outros, que essas caricaturas não estavam corretas", disse.

Fonte: IH-Unisinos

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Das duas cabeças que mandam na Congregação para os Religiosos, nenhuma está em comunhão com o Papa ou a Igreja. O prefeito e o secretário são da linha mais anti-Vaticano, anti-Bento XVI que se poderia imaginar e, por isso, farão o que estiver ao alcance para distanciar as comunidades religiosas das mãos do Vaticano, pois sabem a força que os religiosos exercem em Universidades - formando novos padres e religiosos - e nas paróquias.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Um bom texto de Dom Redovino (Milagre?)

"O bispo e os folhetos eróticos"
 Dom Redovino Rizzardo  - bispo de Dourados

Num dia desses, ao passar pela Praça Antônio João, em frente à catedral de Dourados, encontrei uma senhora que distribuía folhetos à população. Ela se aproximou de mim e me ofereceu a “mercadoria”. Como costumo fazer quando não estou por demais fechado em minhas preocupações, procurei ficar à vontade e puxei conversa com ela. Perguntei-lhe se o que me oferecia tinha serventia para mim, pois, muitas vezes, sobretudo nas paradas diante do semáforo fechado, recebo propagandas que, para a minha idade e “profissão”, têm pouco ou nenhum sentido.

Sem olhar para o meu rosto e verificando se, ao seu redor, houvesse outros possíveis “clientes”, ela respondeu: “Sem dúvida, é também para o senhor!” Aceitei o “presente” e o guardei no bolso. Pouco depois, já em minha casa, li seu conteúdo que – não posso negar – me fez mal: «Chegou a Dourados a mais completa loja de produtos sensuais e eróticos para apimentar ainda mais a sua relação. Entrega rápida e com total sigilo! Atendemos de segunda a sábado, das 9 às 23 horas»

De fato, poucos dias depois, num jornal local, encontrei a seguinte publicidade (provavelmente da mesma empresa): «Saia da rotina! Dê mais emoção e fantasia à sua vida com acessórios eróticos”».

Escrevi acima que a mensagem me fez mal. Primeiramente, porque pensei na pessoa que me abordou: uma senhora de meia idade, de aparência humilde e preocupada, certamente envolta em graves dificuldades financeiras para se submeter a uma atividade que macula e prejudica o que constitui a grandeza da mulher. Em segundo lugar, porque pensei na empresa que, levada pela ambição dos bens materiais, comercializa e banaliza a união sexual, como se o amor e a unidade entre homem e mulher dependessem de aparelhos sofisticados. Por fim, porque pensei que tudo isso em nada ajuda a humanidade a ser mais correta e mais oxigenada.

Pois é fato comprovado que a corrupção que hoje atinge praticamente todos os segmentos da sociedade tem a sua origem na depravação do coração – depravação que é alimentada pela libertinagem sexual e pela ganância do dinheiro, as quais, por sua vez, desembocam na violência que avança em toda a parte.

Na manhã seguinte, mais um fato veio demonstrar a inversão de valores que ameaça a sociedade: os católicos que procuraram a catedral diocesana para fazer as suas preces encontraram os bancos recheados de folhetos pulicitários de uma loja da cidade, interessada em vender determinada marca de jeans...

Como remédio para o tsunami de notícias alarmantes que, todos os dias, chegam aos lares brasileiros, ao invés de uma conversão interior, a grande maioria dos que se julgam “mestres em Israel”, prefere recorrer a paliativos. É o que fazem todos aqueles que pensam que seja suficiente reduzir a maioridade penal, aumentar o número de presídios, investir nas forças policiais e proporcionar a todos os brasileiros o acesso ao estudo. Ou, então, jogar a culpa na Igreja, como fez um advogado e criminalista de Dourados, que escreveu, no dia 1º de julho, num jornal local: «Acredito que as melhores formas de pôr um fim na noticiada insegurança urbana, contaminada pelas violências, só acontecerá se parte do dinheiro arrecadado nos impostos for aplicado na educação fundamental.

Porém, antes é necessário um urgente controle da natalidade, usando-se avançados preservativos, métodos infelizmente condenados em algumas igrejas de mentalidade medieval. E, obviamente, se quisermos evitar a proliferação dos milhares de menores abandonados, muitos criados nas ruas, ainda teremos de assistir calorosos enfrentamentos nos debates com religiosos celibatários. E, espero, estejamos, nessa época das querelas dogmáticas, podendo ainda argumentar a respeito da gravidez descuidada, sem nenhum planejamento».

Como se as milhares de crianças que se multiplicam nas periferias de nossas cidades nascessem porque seus pais (quando os têm!) obedecem às leis da Igreja!

A verdade é muito diferente, como lembram as “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”: «O distanciamento de Jesus Cristo e do Reino de Deus traz graves conseqüências para toda a humanidade, principalmente nas inúmeras formas de desrespeito e destruição da vida, fruto de uma cultura de morte».
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