quarta-feira, 28 de maio de 2014

Paulo VI, Oscar Romero, Dom Luciano e agora Dom Helder Câmara. A Santidade inclina-se à esquerda

Arcebispo de Recife pede abertura do processo de canonização de Dom Hélder Câmara

Membro da Igreja Católica teve importante papel na prática de caridade, ajudou a combater a ditadura militar e foi indicado ao Prêmio Nobel quatro vezes

(UAI Estado de Minas) O arcebispo Metropolitano, Dom Fernando Saburido vai solicitar ao Vaticano a abertura do processo de canonização de Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999. Nesta terça ele assinou uma carta dirigida à Congregação Para Causa dos Santos, em Roma, pedindo licença para iniciar os trâmites. O anúncio foi feito esta manhã, na solenidade de leitura do relatório oficial do Caso Padre Henrique, apresentado pela Comissão da Verdade de Pernambuco na Igreja dos Manguinhos, nas Graças.

A carta expõe dados biográficos de Dom Hélder. Após a aprovação do Vaticano, o arcebispo poderá abrir o processo. Hélder Pessoa Câmara nasceu no dia 7 de fevereiro de 1909 na cidade de Fortaleza e ainda muito jovem, aos 14 anos de idade, ingressou no seminário da igreja católica. Dez anos depois, foi nomeado padre e mudou-se para o Rio de Janeiro com o desejo de aprofundar seus estudos. Destaque em seus trabalhos sociais, veio para o Recife e foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, onde permaneceu até a data de sua morte, em 1999.

A luta contra a ditadura é apenas uma parte do ativismo de Dom Helder. O bispo católico também era destaque em seu trabalho na igreja, que ele entendia como uma instituição que deve ser voltada à prática de caridade (ou seja, ajuda aos pobres). Hélder estava sempre perto dos pobres e sentia compaixão por eles. Outra ação muito presente no trabalho de Dom Helder era a divulgação da paz. Tanta dedicação rendeu a ele quatro indicações para o Prêmio Nobel.

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Em outubro será a vez de Paulo VI se tornar beato após um suposto milagre atribuído ao Papa que conduziu a Igreja a uma das maiores crises da sua história.
Oscar Romero, bispo assassinado na década de 80 e idolatrado pela esquerda marxista como "seu" santo, tem processo de canonização em andamento depois de anos de esquecimento do mesmo nas gavetas anti-marxistas de João Paulo II e Bento XVI. O Papa Francisco assegurou ao presidente de El Salvador que o processo caminhará bem...
Sobre Pio XII, entretanto, Francisco tranquiliza a esquerda:

A causa de Pio XII está aberta e fui informado [que] ainda não há nenhum milagre. Como não há milagre, ela não pode avançar, certo? Ela está parada. Devemos esperar a realidade [e ver] como realmente avança a causa e pensar depois em tomar uma decisão. Mas a verdade é que não há nenhum milagre e é preciso pelo menos um para a beatificação. Assim é como está a causa de beatificação de Pio XII. E eu não posso pensar “eu o beatificarei”, porque o processo é lento.

O Papa Francisco parece muito condicionado às regras do processo de canonização quando se trata de santos tradicionais. Para canonizar João XXIII ele subtraiu com muita facilidade algumas etapas importantes, livrando o Papa Roncalli de um segundo milagre.

terça-feira, 27 de maio de 2014

A Cruz que ofende os judeus. Papa Francisco teria ocultado a cruz peitoral?

"Você consegue identificar a diferença entre o Papa à direita e o Papa à esquerda?"

Quando Bento XVI visitou a Terra Santa surgiu uma polêmica em torno da cruz peitoral do pontífice e o seu uso em locais tradicionais para a comunidade judaica como o Muro das Lamentações. A comunidade judaica de Israel afirmou, na época, que Bento XVI precisaria remover a cruz peitoral para rezar junto ao Muro. O Papa Ratzinger não o fez e rezou com a cruz dourada pendendo ao peito.

Entretanto o Papa Francisco - aquele que dá bençãos "silenciosas" para não ofender aos não-cristãos - preferiu discretamente e de motu proprio dar uma disfarçada na sua cruz de ferro, ocultando-a na faixa da batina.

Não é nada sério! Dirão aqueles que justificam - sempre - os atos mais injustificáveis deste pontificado. Foi um acidente, viva o Papa, dirão outros. Não, não foi um acidente. Francisco é um homem de gestos milimetricamente calculados e acredito que isso está claro para todos. Diferentemente de Bento XVI, que entregava a sua mensagem através da escrita, Francisco governa por gesto, algo típico de um "peronismo clerical".

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Comunhão aos divorciados não se reduz a casuística, afirma Papa Francisco


(ACI | Tradução Blogonicus) - Roma, 26 de maio - Na coletiva de imprensa no voo de regresso da Terra Santa a Roma, o Papa Francisco se referiu ao tema da comunhão para os divorciados em segunda união e expressou que não gostou que muitos "falassem da comunhão aos divorciados como se tudo se reduzisse a uma casuística".

O Papa agradeceu ao jornalistas que perguntou sobre este tema e [sobre] as expectativas de um setor dos católicos por uma mudança nas normas da Igreja.

O Papa respondeu que o Sínodo que se celebrará em outubro "será sobre a família, seus problemas, sobre a riqueza da família, a situação atual da família" e esclareceu que "a apresentação preliminar feita pelo Cardeal Kasper tinha cinco capítulos. Quatro sobre as coisas bonitas da família desde o aspecto teológico, as problemáticas familiares, o problema pastoral das separações, a nulidade matrimonial, os divorciados e o problema da comunhão".

"Não gostei que tantas pessoas, inclusive na Igreja, sacerdotes, etc. falassem da comunhão aos divorciados como se tudo se reduzisse a uma casuística. Sabemos que há uma crise da família. Os jovens não querem se casar ou não se casam, convivem... Eu não queria que entrássemos na casuística: o que se pode fazer ou não se pode fazer... Por isso agradeço tanto a esta pergunta, pois me dá a oportunidade de esclarecer. O problema pastoral da família é muito, muito amplo e não se deve desfolhar caso a caso", indicou.

Ele lembrou que o Papa Bento XVI disse três vezes "uma vez em Alto Adige, uma em Milão e um em um consistório", que se deve "estudar os processo de anulação do casamento. Estudar a fé com que uma pessoa vai para o matrimônio, e esclarecer que os divorciados não são estranhos. Muitas vezes eles são tratados como se fossem. Tenho certeza de que foi o Espírito do Senhor que nos levou a escolher este tema para o Sínodo. A família precisa de muito cuidado pastoral ".



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Algumas perguntas ainda não foram esclarecidas por este "esclarecimento". O Papa Francisco não deu ao jornalista uma resposta clara e definitiva sobre a impossibilidade de mudança na doutrina da Igreja sobre os divorciados. Preferiu uma saída pela tangente, que não desaponta "as expectativas de um setor dos católicos por uma mudança nas normas da Igreja". O Papa também não se distanciou do Teorema Kasper, apenas divagou sobre a existência de cinco capítulos na apresentação do mesmo. Sem dúvida o Papa estava preparado para esta pergunta, porque lembrar de imediato três localidades (Alto Adige, Milão e um Consistório) onde Bento XVI teria feito referências aos divorciados é pouco provável.

Papa Francisco beija a mão de Patriarca Ortodoxo



O Papa Francisco, em visita à Terra Santa, pode realizar inúmeros gestos sem precedentes na história dessa Igreja. O mais marcante foi o beijo dado pelo Pontífice na mão do Patriarca Ortodoxo Bartolomeu I.
Beijar a mão alheia se tornou (mais uma) marca registrada deste pontificado. Será que Francisco beijou a mão do bispo Bernard Fellay quando o encontrou brevemente na Casa Santa Marta?



ATUALIZAÇÃO:
Francisco também beijou a mão de sobreviventes do holocausto.


Deputado Jean Willys um fruto da Teologia da Libertação?


Numa curta matéria da jornalista Mariana Paiva, do A Tarde, podemos ler:

Na infância pobre em Alagoinhas, onde nasceu, Jean começou a mudar quando se tornou coroinha da paróquia adepta da Teologia da Libertação. "A igreja me deu a consciência das injustiças que eu era vitima. A vida me colocou na posição de lutar contra isso. Fico muito feliz de viver esses tempos, são tempos bons, tempos ruins".

Então quando dizemos - e dizemos muito - que a Teologia da Libertação e todo aquele conjunto que esta traz consigo não dão frutos estamos nos equivocando! A TL rende frutos sim! O deputado é um deles.

O deputado, que é do PSOL e só subiu para a Câmara dos deputados graças ao infame coeficiente eleitoral e lá representa um povo que não o elegeu, "defende pautas como  os direitos humanos da comunidade LGBTT e  a descriminalização da maconha".

sábado, 24 de maio de 2014

As Ferulas de Francisco

Nunca antes na história dessa Igreja um Papa teve a sua disposição uma quantidade tão grande de Ferulas (Báculos do Papa) como Francisco.

Com a Ferula em estilo neo-bizantino de Bento XVI, inspirada na de Pio IX

A famosa e controversa Ferula de Paulo VI ressuscitada por Francisco imediatamente depois do conclave 2013

A discutida ferula de Lampedusa, feita com madeira dos navios que atracam na ilha italiana


A Ferula ecologicamente correta, feita com metais recolhidos de minas sustentáveis na América latina. Foi feita como um presente especialmente para Francisco.


Ferula usada pelo Papa durante algumas celebrações da Semana Santa

A última - por enquanto - feita para a visita do Papa à Terra Santa. Usada hoje na missa na Jordânia

sexta-feira, 23 de maio de 2014

O perfil oposto de dois prelados - Cardeal Íñiguez e Erwin Krautler

(Do blog Fratres in Unum) - Na opinião do bispo missionário austríaco de tendência esquerdista, Dom Erwin Kräutler, rezar pelas vocações ao sacerdócio é como águas passadas. Esse teria sido o “conceito” de Bento XVI.

(Da ACI digital) No domingo, 8 de junho, dia em que a Igreja celebra a Solenidade de Pentecostes, 48 diáconos do Seminário Maior de Guadalajara serão ordenados sacerdotes, um recorde para a Igreja no México e no mundo.

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Dom Erwin Krautler (tenho certeza que detesta que se use o "Dom") é prelado do Xingu, no Pará. Sua prelazia conta com um território enorme e grandes desafios estruturais e humanos, além de sofrer com a chamada violência do campo, que é a disputa sobre terras. A prelazia, que tem 80 anos de existência, conta com pouco mais de 25 sacerdotes, religiosos e diocesanos, para atender a 12 paróquias e 800 comunidades.

Dom Erwin é de esquerda, nunca escondeu isso. Ele acredita, como deixou claro em entrevista recente, que a Igreja deve tornar o celibato opcional ou, para usar um termo que ele criou, deve "desvincular a Eucaristia do celibato". Com isso, segundo Dom Erwin, poderíamos resolver o problema da "falta de Eucaristia" nas comunidades. Não é preciso rezar, pedir a Deus que manda pastores para o Seu rebanho. Não! É preciso mudar as estruturas fundamentais da Igreja latina, revolver o solo do celibato e a partir daí brotarão novas vocações - viri probat - para a uma nova Igreja. Esse é o teorema Krautler, bem parecido com o teorema Kasper, que foca na mudança estrutural e dogmática da Igreja sobre os divorciados recasados e a Eucaristia. No fundo os dois teoremas se tocam, são muito parecidos.

Com uma ideia totalmente diferente temos o Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, agora arcebispo emérito de Guadalajara, México. O cardeal, e seu sucessor imediato, o também cardeal José Francisco Robles Ortega, acreditam na força do seminário formador, na oração pelas vocações e no celibato - pasmem! - dos sacerdotes.

O teorema Krautler parece não fazer sentido em Guadalajara. A arquidiocese mexicana ordenará, só este ano, quase 50 novos padres. Jovens que entregaram sem reservas as suas vidas a Cristo através da vocação sacerdotal, servindo a Deus e aos irmãos. Em 2013 ordenou 39 sacerdotes, em 2012 foram 44.




Vários neo-sacerdotes todos os anos. A receita do sucesso é perseverar na oração.

O sucesso de Guadalajara se deve sem dúvida à generosidade do arcebispo emérito e ao seu zelo na formação sacerdotal. Dom Sandoval Íñiguez não perdeu tempo questionando a disciplina da Igreja ou tentando mudá-la para maquiar fracassos pastorais, mas procurava fomentar vocações.

Para Dom Erwin a escassez de sacerdotes não é culpa sua, enquanto bispo e pastor, mas do Direito Canônico. O constante envolvimento ideológico dos sacerdotes do Xingu, a politização da prelazia e o enfraquecimento do sacerdócio, reduzindo o papel do padre a um mero "agente social" para ajuda humanitária, tudo isso, segundo Dom Erwin, não contribuiu para o insucesso vocacional no Xingu. Não! A culpa deve ser mesmo do celibato.

Seminaristas de batina! Grupo que receberá o diaconato. 
Dom Erwin não reza por vocações. Dom Sandoval Íñiguez rezava por elas constantemente.
Dom Erwin acredita na "opção pelos pobres". Dom Sandoval Íñiguez permitiu missas tridentinas em sua catedral, encarregou a FSSP com vários apostolados na diocese, formou seus seminaristas com batina.

Dom Erwin não tem padres. Dom Sandoval Íñiguez tem vários deles, inclusive como missionários.

IBP no Brasil (de novo)

O Instituto foi erigido canonicamente, em 8 de setembro de 2006 (Festa da Natividade de Nossa Senhora), em Roma, pelo Cardeal Dario Castrillon-Hoyos, representando o Santo Padre, o Papa Bento XVI.
Os padres fundadores antes faziam parte da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por Dom Marcel Lefèbvre. São eles: Pe. Philippe Laguérie, Pe. Paul Aulagnier, Pe. Christophe Héry, Pe. Guillaume de Tanoüarn e Pe. Henri Forestier.
O rito próprio e exclusivo do Instituto do Bom Pastor é o rito romano tradicional, contido nos quatro livros litúrgicos (pontifical, missal, breviário e ritual romano) em vigor em 1962 .Essa especificidade está clara nos Estatutos do IBP.
Possui um seminário em Courtalain, França e tem já casas no Chile, Colômbia, França, Polônia e Roma. O seu fundador e Superior-Geral é o padre Philippe Laguérie.
(fonte Wikipedia)



Ao IBP foi dada a missão de fazer críticas construtivas ao Concílio Vaticano II, ajudando a toda a Igreja a melhor discernir o evento, suas implicações e olhar para o futuro. Entretanto o instituto tradicional, embora com pouco tempo de existência, não passou sem problemas sérios.

No Brasil o IBP foi recebido quase imediatamente após a sua criação oficial. Estabeleceu sua sede brasileira em São Paulo, mas depois de um período relativamente breve debandou das nossas terras deixando para trás um rastro de histórias desconexas e muita confusão. O problema do IBP no Brasil, segundo relatos da época, estava na sua relação umbilical com a Associação Montfort, algo que começou a incomodar os padres responsáveis pela casa brasileira. Como em todo orbe tradicionalista, problemas de "relacionamento" são tratados sempre com acusações mútuas, teorias da conspiração e muita desinformação. Foi assim também entre a Montfort e os então-padres de Campos, hoje Administração Apostólica S. João Maria Vianney, em tempos idos, resultando no esfacelamento do movimento tradicional no Brasil, com amargos frutos colhidos até hoje, sendo o Brasil o maior país católico do mundo e onde o movimento tradicional é praticamente inexistente quando comparado com os demais países católicos (México, Chile, Colômbia, Argentina, Espanha, França).

O IBP também teve problemas em outros locais. Seus estatutos foram questionados pela Ecclesia Dei, sobretudo na questão do rito (tradicional) exclusivo, que Roma forçava uma revisão. Muitos tradicionalistas viram na insistência do Vaticano em modificar a cidadania do rito antigo dentro do IBP como uma tentativa futura de forçar os padres e seminaristas a uma adesão cada vez mais frequente ao rito novo.

A recente eleição para superior geral do IBP também foi questionada junto ao Vaticano, dando origem a um conflito interno dentro do Instituto. A Ecclesia Dei nomeou um interventor - mas de linha tradicional - para ajudar os padres do instituto no processo de uma nova eleição da liderança. A questão toda terminou com um padre e alguns seminaristas abandonando o instituto e fundando outro.

Agora, segundo informa o blog do Pe. Laguérie, o IBP retornará a São Paulo, com as bençãos do Cardeal Odilo Scherer. Dois sacerdotes brasileiros do IBP serão responsáveis pela nova casa e celebrarão a missa tradicional na Paróquia São Paulo Apóstolo.

Muitos seminaristas brasileiros no IBP, talvez até mesmo a totalidade, continua ligada de alguma forma à Montfort. Resta saber se as antigas desavenças foram superadas ou se veremos mais do mesmo.

Secretário da CNBB diz que uniões entre pessoas do mesmo sexo precisam de amparo legal

(O Globo) RIO - Desde que assumiu a liderança da Igreja Católica, o Papa Francisco vem tocando no assunto com cautela, mas tem assinalado uma disposição da instituição em aceitar os fiéis gays. Em um movimento inédito de abertura, o Pontífice disse, logo após sua passagem pelo Brasil, em julho do ano passado, que os homossexuais não devem ser marginalizados: “Se uma pessoa é gay e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?”. Em entrevista ao GLOBO, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, reitera a afirmação do Papa: “pessoas do mesmo sexo que decidiram viver juntas necessitam de um amparo legal na sociedade”.

A declaração pode ser interpretada como uma mudança de tom da CNBB. Há cerca de um ano, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou uma resolução determinando que os cartórios brasileiros deveriam celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, a CNBB se posicionou contra a medida, que vinha a reboque de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011.

O GLOBO: Recentemente, o Papa Francisco disse: “Quem sou eu para julgar um homossexual que procura Deus?”. Hoje, a Igreja Católica está aberta a aceitar seus fiéis homossexuais?

Dom Leonardo Steiner: Pode-se dizer que o Papa faz eco ao que o Catecismo da Igreja Católica diz a respeito das pessoas homossexuais: “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta”. Entende-se que acolher com respeito, compaixão e delicadeza significa caminhar e estar junto da pessoa homossexual e ajudá-la a compreender, aprofundar e orientar a sua condição de filho, filha de Deus.

É importante que a Igreja Católica não marginalize os homossexuais?

A acolhida e o caminhar juntos são necessários, para se refletir sobre o que condiz ou não com a realidade vivida pelas pessoas homossexuais, e o que, de fato, lhes é de direito, para o seu próprio bem e o da sociedade.

O Papa também quer estudar as uniões homossexuais para entender por que alguns países optaram por sua legalização. Isso representa o início de um diálogo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo?

É importante compreender as uniões de pessoas do mesmo sexo. Não é um interesse qualquer quando se trata de pessoas. É necessário dialogar sobre os direitos da vida comum entre pessoas do mesmo sexo, que decidiram viver juntas. Elas necessitam de um amparo legal na sociedade.

A CNBB, porém, se declarou contra a resolução do Conselho Nacional de Justiça que determinou que os cartórios devem celebrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por quê?

Ao dar reconhecimento legal às uniões estáveis como casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em nosso país, a Resolução do CNJ interpreta a decisão do Supremo Tribunal Federal de 2011. Certos direitos são garantidos às pessoas comprometidas por tais uniões, como já é previsto no caso da união civil. A dificuldade está em decidir que as uniões de pessoas do mesmo sexo sejam equiparadas ao casamento ou à família. A afirmação mais forte em relação à decisão do Conselho nacional de Justiça foi de que tal decisão não diz respeito ao Poder Judiciário, mas, sim, ao conjunto da sociedade brasileira, representada democraticamente pelo Congresso Nacional, a quem compete propor e votar leis, após aprofundado debate; o que não existiu.

A Igreja deve passar por mudanças para se adaptar aos novos tempos?

A Igreja muda sempre; está em mudança. Ela não é a mesma através dos tempos. Tendo como força iluminadora de sua ação o Evangelho, a Igreja busca respostas para o tempo presente. Assim como todas as pessoas, a Igreja sempre procura ler os sinais dos tempos, para ver o que se deve ou não mudar. A verdades da fé não mudam.

Arcebispo Católico visita Coréia do Norte


Agência ANSA

O arcebispo de Seul, Andrew Yeom Soo-jung, é o primeiro cardeal católico a pisar na Coreia do Norte. Segundo a agência Fides, o religioso atravessou a fronteira e realizou uma breve visita à zona industrial de Kaesong, área onde cidadãos do país trabalham lado a lado com moradores da Coreia do Sul.  

A viagem de Yeom - que também é administrador apostólico da diocese de Pyongyang - ao local que é símbolo da cooperação entre as duas nações teve como objetivo deixar aos operários católicos uma mensagem de encorajamento e esperança.

"Esperamos que a visita do arcebispo ajude a melhorar as relações entre Norte e Sul", disse um porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

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Nota - A diocese de Pyongyang cobre todo o território da Coréia do Norte, sendo a única estrutura católica no país. Embora tenha sido criada oficialmente como diocese só em 1962, desde 1949 não conta com nenhum sacerdote e seu primeiro e único bispo, Francis Hong Yong-ho, foi dado como desaparecido até 2013, ano em que o Vaticano simbolicamente reconheceu a sua morte nas mãos do regime comunista. O local e as condições da morte do bispo não são conhecidas, mas acredita-se que tenha sido fuzilado junto com sacerdotes, religiosos e milhares de leigos que o ditador  Kim Il-sung considerava como espiões do Ocidente. A população católica da Coréia do Norte foi oficialmente extinta na década de 50.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cardeal (Baldisseri) contra Cardeal (Baldisseri)

Não muito tempo atrás, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário do Sínodo dos Bispos, concedeu uma entrevista a um periódico belga onde insinuava - para dizer o mínimo - uma tendência de mudança doutrinal a acontecer no próximo Sínodo.
Afirmava o cardeal:

[A] Familiaris Consortio, do Papa João Paulo II em 1981, é o último grande documento dos últimos 30 anos. A Igreja não é atemporal; ela vive em meio as vicissitudes da história e o Evangelho precisa ser conhecido e experimentado pelas pessoas hoje.

O jornalista americano Edward Petin, do National Catholic Register, foi o primeiro a chamar a atenção para a indicação de uma mudança doutrinal desejada pelo cardeal.

Continua o cardeal, conforme o texto de Petin:

"É no presente que a mensagem deve estar, com todo o respeito pela integridade de quem recebe a mensagem. Nós, agora, temos dois sínodos para tratar deste tema complexo da família e eu acredito que estas dinâmicas em dois movimentos permitirão uma resposta mais adequada às expectativas das pessoas"

Quais seriam as expectativas das pessoas? O resultado da enquete enviada pelo próprio Baldisseri aos bispos do mundo deixa isso muito claro - não há compreensão sobre a doutrina da Igreja e, portanto, as pessoas esperam que ela mude. Recentemente o cardeal Tagle, arcebispo de Manila e um dos presidentes do próximo Sínodo, afirmou-se chocado com os resultados da enquete de Baldisseri.

Várias estatísticas realizadas em vários países demonstram claramente que o católico mediano e, em alguns casos, até mesmo o católico dito "praticante", que vai à missa pelo menos nas grandes datas, não concordam com a proibição de divorciados receberem a comunhão. Isso sem contar apoio ao casamento gay, contracepção, etc.

Depois das declarações de Baldisseri - que na teoria deveria ser um prelado neutro no assunto - parece que as coisas mudaram um pouco. Numa recente declaração o purpurado, ainda referindo-se ao embate no sínodo, lembrou que não é possível uma mudança de doutrina.
"em relação à possibilidade do Sínodo dos Bispos mudar a doutrina da Igreja, quero reforçar a primeira constituição dogmática do Concílio Vaticano I 'Filius Dei' [sic] que afirma que há manter sempre o sentido dos dogmas sagrados uma vez declarados pela Santa Mãe Igreja e não se deve abandonar sob o pretexto ou em nome de uma compreensão mais profunda" (Fonte CNA/Infocatólica)
Uma mudança!? E ainda citando, de forma livre, o Vaticano I! O cardeal só trocou o nome do documento, que é Dei Filius.
É claro que o que foi dito pelo cardeal, agora, é correto. O importante, contudo, é notar o aparente giro de 180° dado pelo capitão do Sínodo em menos de um mês.

"Este cardeal está publicando uma correção ao que ele abertamente afirmou numa entrevista anterior. Meu palpite é que o Papa Francisco está notando toda a comoção na imprensa local sobre o Sínodo e as especulações - e pedidos - por uma mudança fundamental na doutrina da Igreja", afirmou em seu blog o famoso padre americano John Zuhlsdorf.

Talvez seja apenas uma correção de curso ou, devido às críticas cada vez mais contundentes de outros bispos e cardeais, o time daqueles que jogam pela mudança - inclua-se Baldisseri - está apenas fazendo uma retirada estratégica. Saberemos conforme o jogo avança. Rezemos pelo Sínodo!

Francesca Chaouqui - a leiga protegida de Francisco - realiza festa VIP nas canonizações de JPII e JXIII

Francesca e Marco Carrai - "braço direito do primeiro
ministro italiano". Nada de abraçar os pobres, Francesca?
Enquanto o Papa Francisco celebrava a missa de canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II, no último 27 de abril, no terraço do prédio da Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé se desenrolava um evento exclusivo para jornalistas e personalidades V.I.P .

Segundo o semanário "L' Expresso", os convidados - na sua maioria jornalistas de primeira linha e personalidades ligadas ao universo político - participaram de uma missa separada, com direito à comunhão distribuída em copos de conserva (veja as imagens). O buffet que se seguiu foi custeado por patrocinadores privados, num total de 18 mil Euros entre estrutura e a comida.

Segundo informou o cardeal Giuseppe Versaldi, prefeito dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, afirmou que em conversa com o Papa Francisco este se mostrou muito descontente com o acontecimento, sobretudo pelo custo e desperdício de comida e pela missa "privada" celebrada ao mesmo tempo. "Não posso dizer o que ele [Francisco] me disse. Eu o informei sobre o acontecido e posso dizer que ele não ficou muito contente, para usar um eufemismo", disse o cardeal Versaldi.

A organizadora do evento de luxo foi a leiga Francesca Chaouqui, nomeada por Francisco ainda no início do seu pontificado para ajudar o Papa na reforma das estruturas financeiras do Vaticano. Em casa de ferreiro o espeto é de pau, já dizia o ditado! Francesca não parece gostar muito de se misturar aos pobres de Francisco...

Resta saber se Francesca será punida, como geralmente são os bispos conservadores, com sua imediata remoção e o degredo, além de uma execração pública. Ou, o que é mais provável, será apenas advertida privadamente, com um paternal afago pontifício. Quem sou eu para julgar!?

Abaixo coloco algumas imagens:


Bruno Vespa
VIPs ficam longe da multidão que se espremia abaixo




Respeito zero pela Eucaristia na Missa VIP


Mons. Vallejo Balda, secretário da Prefeitura de Assuntos Econômicos


Ao centro Ernst von Freyberg, presidente do IOR

Com informações de Secretum Meu Mihi.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Filhas da Imaculada sob intervenção de Braz de Aviz. Destruição nos Franciscanos da Imaculada prossegue.

Franciscanas da Imaculada com seu fundador, ao centro.
A Congregação que faz o coração do Cardeal Braz de Aviz pulsar de ódio


Segundo informa os blogs Rorate Caeli e Eucharist and Mission, fazendo referência ao blog do prof. Roberto de Mattei, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada (Congregação para os Religiosos) colocou as Filhas Franciscanas da Imaculada, ramo feminino da congregação fundada pelo Frei Stefano Manelli, sob intervenção.

Num comunicado datado de 19 de maio último, o Cardeal Braz de Aviz informa à Madre Superiora da intervenção, com efeito imediato, nomeando uma comissionária.
Com certeza os leitores deste e de outros blogs católicos estão cientes da desastrosa intervenção iniciada pela congregação vaticana contra a família dos Franciscanos da Imaculada. Até então a intervenção estava restrita ao ramo masculino da ordem.

Links:
http://www.corrispondenzaromana.it/salus-animarum-suprema-lex/
http://eucharistandmission.blogspot.com.br/2014/05/francscan-friars-ask-to-be-dispensed-of.html
http://rorate-caeli.blogspot.com/2014/05/first-friars-and-now-sisters-franciscan.html

Sínodo. Acredita-se num mini-golpe?

(Marco  Tosatti - Tradução Blogonicus) Parece que o "teorema Kasper" sobre a comunhão para os [católicos] divorciados e recasados, que será discutido no Sínodo dos Bispos no próximo outono [primavera no hemisfério sul, NdT] poderia encontrar grandes dificuldades. E para superá-las - segundo algumas vozes de excelente fonte - se estaria pensando numa modificação do regulamento do mesmo Sínodo a fim de reduzir a quantidade e qualidade da oposição.

No consistório que precedeu a nomeação dos primeiros cardeais do Papa Bergoglio, o cardeal Walter Kasper pode falar muito, primeiro expondo suas considerações para permitir os divorciados recasados o acesso à Eucaristia, apesar da doutrina da Igreja sobre a situação na qual se encontram e as palavras do Evangelho sobre o divórcio. Depois que muitos outros cardeais puderam se expressar, majoritariamente contrários, teve o privilégio de replicar. Mas enquanto a relação do Cardeal Kasper foi conhecida, não o foram as considerações dos opositores. Seria oportuno que fossem publicadas; muitas delas se encontram na secretaria do Consistório.

E é precisamente depois do consistório que se pensa em modificar as regras do Sínodo. De modo a não permitir a participação de um grande número de "chefes de dicastérios" da Cúria Romana. Agora, com base no regulamento vigente, os responsáveis pelos dicastérios romanos entram por direito no Sínodo dos Bispos. Mas além de todos os grandes cardeais diocesanos de todas as partes do mundo (Filipinas, Estados Unidos, África, Europa), é da parte deles [dos curiais] que se espera as maiores e mais bem fundamentadas dificuldades de caráter teológico e doutrinal sobre o teorema Kasper.

E assim começou a surgir a ideia de resolver o problema na raiz, limitando a presença dos chefes de dicastérios. Fica ainda a incógnita dos delegados de indicação pontifícia. Veremos se o Papa Francisco manterá, como fizeram seus predecessores, a uma linha de equilibrio, convidando personalidades de posições diferentes, ou se cederá a tentação de convocar um pelotão de entusiastas "kasperistas".

terça-feira, 20 de maio de 2014

Pequena esperança para o Sínodo?

O cardeal arcebispo de Manila, Filipinas, Dom Luis Antonio Tagle foi nomeado pelo Papa Francisco como um dos presidentes do próximo Sínodo para a Família, a ser realizado em outubro próximo. Ao lado de outros dois cardeais, Andre Vingt-Trois, de Paris, e Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, Dom Tagle parece indicar uma pequena esperança para que a reunião não termine na subversão da Doutrina Católica como desejam "de joelhos" os bispos alemães, belgas, suíços e austríacos.

(Catholic Herald) O cardeal Luis Antonio Tagle se disse "chocado" pelas respostas ao questionário enviado pela Igreja [Secretaria do Sínodo] sobre o ensinamento da Igreja sobre a família, que é o assunto da próxima Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos.
Falando ao Catholic News Service, o cardeal afirmou que achou as respostas "chocantes, se me permitem usar essa palavra... porque em quase todas as partes do mundo o questionário indicou que o ensino da Igreja sobre a família não é claramente compreendido pelas pessoas".
Ele acrescentou: "A linguagem através da qual a Igreja propõe o ensino parece ser uma linguagem pouco acessível para as pessoas. Essa é a minha esperança, não por uma mudança - como você mudaria ensinamento bíblico? Mas talvez uma pastoral real e preocupação evangélica para a Igreja: como apresentamos a Boa Nova da família a esta geração, com essas limitações, com suas grandezas e experiências únicas?

O cardeal Tagle não se enquadra, de nenhuma maneira, no grupo dos cardeais tradicionalistas ou conservadores. Entretanto goza daquela honestidade intelectual que falta aos seus pares de língua alemã. Sendo um dos presidentes, realmente espero que o cardeal ajude a conduzir a discussão para esse tema "pastoral" tão importante que é assimilação e a vivência da doutrina católica na sociedade moderna. Só dessa forma poderemos colher bons frutos - realmente muito bons - do próximo Sínodo.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Uma reflexão. Os dois pesos da Misericórdia de Bergoglio

É pouco provável que alguém se lembre de Fernando María Bargalló.
O bispo dos pobres e sua "amiga"
Em 1997 a diocese argentina de Morón é desmembrada e 35 paróquias são reagrupadas na nova Diocese de Merlo-Moreno. A nova diocese é sufragânea da arquidiocese de Buenos Aires. Mons. Bargalló, então bispo auxiliar de Morón é apontado como primeiro bispo diocesano de Merlo-Moreno, cargo que ocupou até 2012.

Bargalló foi considerado um dos bispos mais envolvidos em questões sociais da Argentina e ainda como sacerdote em Buenos Aires, Mons. Bargalló foi responsável pelo setor regional da Cáritas. Em 2005, sucedendo ao Mons. Casaretto (bispo de San Isidro), torna-se presidente da Cáritas Argentina, em 2007 é eleito presidente da Cáritas Latino-América.

Bargalló e Casaretto são bispos arraigados em questões sociais e, por isso mesmo, foram na época importantes aliados do cardeal Bergoglio dentro da Conferência Episcopal. Mons. Bargalló foi um dos bispos que mais acompanhou as ações e tarefas das organizações católicas identificadas com a "opção pelos pobres".

Casaretto e Bergoglio
na missa por Bargalló
Em 2012, entretanto, Mons. Bargalló tem sua carreira interrompida. Fotos e vídeos do bispo, acompanhado por uma misteriosa mulher, são divulgados na imprensa argentina e internacional. O bispo presidente da Cáritas hospedava-se num hotel de luxo no México, com diárias que podem chegar à R$ 1300,00. A origem do dinheiro para as diárias, possivelmente oriundo da própria Cáritas, nunca foi investigada.

As vésperas da comemoração de 15 anos da diocese de Merlo-Moreno, Mons. Bargalló é afastado das funções de bispo e colocado "em silêncio". O desaparecimento de Mons. Bargalló da vida pública resultou no efeito desejado, as notícias nos jornais e TV cessaram e a vida na Conferência Episcopal pode continuar como antes. Nenhuma investigação sobre a origem do dinheiro foi feita e Mons. Casaretto foi nomeado administrador diocesano de Merlo-Moreno.

A missa de aniversário da diocese foi celebrada pelo cardeal arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, e pelo administrador Mons. Casaretto. Os dois bispos fizeram questão de elogiar o trabalho de Bargalló e de insinuar perseguição política contra o bispo. "Trabalhou para os pobres e isso lhe valeu a perseguição. Trabalhou também pelos anciãos e para escutar às crianças. Hoje temos uma Igreja unida, humanitária e missionária e viemos dar graças por esses 15 anos de caminhada comum" afirmou Bergoglio na missa comemorativa. Abaixo um trecho da missa com as palavras "carinhosas" do bispo Casaretto sobre seu protegido. Coloquem o vídeo na posição 6:00.


A predileção de Bergoglio por Bargalló era tamanha que o bispo de Merlo-Moreno figurava entre os candidatos a sucedê-lo como Arcebispo de Buenos Aires. Em junho de 2012, entretanto, Bargalló admite o envolvimento amoroso com a mulher das fotos, sendo ela uma mulher divorciada e mãe de dois meninos. Mons. Bargalló casou esta senhora, batizou seus filhos e foi padrinho de um deles, do que se deduz que o relacionamento adúltero de ambos era antigo. É finalmente afastado permanentemente pela Santa Sé.

***
Hoje trouxemos a notícia que o Papa Francisco removeu o arcebispo de Rosário através de uma nomeação para o Vaticano. Mons. Mollaghan se tornará chefe de um departamento interno da Congregação para Doutrina da Fé para análise dos crimes graves dos sacerdotes (pedofilia). O novo departamento não tem nome, não tem endereço nem funcionários, nem mesmo foi criado oficialmente, mas já tem um presidente!
A promoção foi claramente uma punição de Francisco à Mollaghan.

Como noticiamos antes, Mollaghan fazia parte do trio que pretendia remover Bergoglio da Arquidiocese de Buenos Aires. Os motivos são compreensíveis, sobretudo pela heterodoxia do então arcebispo. A situação em Buenos Aires é lamentável em todos os sentidos, sobretudo no campo vocacional. Clique e releia um texto que publicamos em 2012 sobre o desgosto do cardeal Bergoglio com o seminário ortodoxo de Mons. Rogelio Livieris, bispo de Ciudad del Este no Paraguai.

Mas por que Mollaghan foi removido? Em 2013 é elevado ao trono de Pedro o então cardeal arcebispo de Buenos Aires e muitos blogs que acompanham a vida religiosa nos países de língua espanhola, sobretudo do Secretum Meu Mihi, antecipavam o ataque de Bergoglio a todos aqueles que não rezavam de acordo com a sua cartilha. Mollaghan foi um deles. A arquidiocese de Rosário foi colocada sob vigilância da Congregação para os Bispos desde 2013. Que coincidência cabalística...

Em novembro e dezembro de 2013 a Congregação despacha Mons. José María Arancibia, arcebispo emérito de Mendoza, para uma "visita fraterna".

"O arcebispo emérito de Mendoza veio à Rosário enviado pela Nunciatura depois que algumas pessoas enviaram por algum motivo uma série de queixas. E a Santa Sé prefere ver as coisas como são de fato", afirmou Mons. Mollaghan.
Estão acusando o arcebispo de Rosário de má gestão financeira e de, pasmem, grosseria!

Antes de entrarmos em detalhes sobre as acusações, é importante destacarmos uma coisa. Surpreende a rapidez da Congregação dos Bispos para apurar uma denúncia feita por "algumas pessoas". Me pergunto quantas reclamações não chegaram a Roma contra o então arcebispo de Buenos Aires, mas nenhuma delas se converteu ou ameaçou se converter numa visita fraterna.

Teria o arcebispo de Rosário usado dinheiro diocesano para, talvez, prevaricar no México com uma mulher casada? Não. Usou os fundos de caridade para construir um novo palácio episcopal exuberante? Não.

Segundo informa o La Nacion:

"Na visita fraterna que realizou o arcebispo de Mendoza, que invetigou em 1994 a Edgardo Storni, ex-arcebispo de Santa Fé processado por abuso sexual de seminaristas, a auditoria se centra em certa desordem das contas da arquidiocese.
O ponto de conflito é protagonizado pelo ex-titular da Cáritas Osvaldo Bufarini. Este sacerdote estava a frente da Radio Asunción, que está localizada em Arroyo Seco e pertence ao arcebispado de Rosário. Bufarini foi removido pelo próprio Mollaghan quando começaram a surgir algumas acusações - que logo provocaram processos dentro da justiça provincial - sobre supostas irregularidades no trato com os fundos.
'Foi uma época muito difícil porque a radio ficou a deriva até que fosse nomeado como diretor o padre Pedro Pergañeda. Tinhámos salários atrasados e nunca nos pagavam o que era devido' contou ao LA NACION um ex-empregado da emissora.
O Padre Pergañeda, que agora está a frente desse meio de comunicação, explicou que a 'ideia é começar a acomodar algumas questões, sobretudo às finanças da rádio. Um dos principais objetivos é solucionar os problemas mais urgentes, principalmente as dívidas salariais com os empregados e o aluguel'.
Estão me fazendo crer que problemas financeiros numa rádio diocesana - provocados mais uma vez por um padre ligado a Cáritas (esse pessoal adora dinheiro!) - levaram à destituição de um arcebispo!? Somos tão idiotas assim para acreditar nisso?

Segundo informa o blogueiro Andrés Beltramo Álvarez, Mons. Mollaghan pedirá ao Papa para que possa executar as suas novas funções em solo argentino, sem intenção de partir para Roma. Embora a novidade e a quebra de protocolos sejam a marca deste pontificado, é pouco provável que Francisco lhe permita executar suas funções curiais longe da Cúria. Francisco quer aniquilar toda a influência que Mons. Mollaghan possa exercer no episcopado argentino e por isso o levará para Roma.
O interessante é notar, como destacou Andrés, que nem Mons. Mollaghan sabe ao certo o que vai fazer, como irá executar seu trabalho nem quem serão seus subordinados.

Para o lugar de Mons. Mollaghan se cogita um típico prelado bergogliano, Mons. Jorge Lugones, bispo jesuíta de Lomas de Zamora.

Notemos como a misericórdia de Bergoglio funciona - para o bispo prevaricador da Cáritas, elogios em missa e a proteção paternal. Para Mons. Mollaghan uma remoção dura com um plano de fundo ridículo.

Ao final daquela missa presidida por Bergoglio em 2012 pelo 15º aniversário da diocese de Merlo-Moreno, um fiel grita para todos ouvirem "Viva Fernando Maria Bargallo!". O grito é seguido de aplausos. É o retrato mais contundente da Igreja querida por Bergoglio, uma Igreja onde a misericórdia é cega ao pecado. Não estranha, portanto, que assim que assumiu o trono de Pedro ele insista tanto nesse tema da misericórdia; uma pena que é uma misericórdia torta, anti-cristã.

A "teologia de joelhos" do Cardeal Kasper está em sintonia com a concepção que este Papa tem de misericórdia.
"Viva Fernando Maria Bargallo!" Viva Francisco!

Francisco pune mais um bispo conservador. Arcebispo argentino de Rosário removido.

Atingido e Afundado - Destituição de um Bispo argentino anti-Bergoglio

(Sandro Magister | Tradução e destaques Blogonicus ) Segunda-feira, 19 de maio, na manhã da abertura da assembleia plenária da Conferência Episcopal Italiana, introduzida a tarde por um discurso do próprio Papa, um comunicado lacônico deu a notícia da destituição de um arcebispo de primeira linha na pátria de Jorge Mario Bergoglio:

"O Santo Padre Francisco nomeou como membro da Congregação para a Doutrina da Fé na comissão em criação para o exame dos recursos de eclesiástico por 'delicta graviora', S. E. Mons. José Luis Mollagha, até agora arcebispo metropolitano de Rosário (Argentina)".

Rosário é uma diocese de dois milhões de habitantes e Mollaghan, 68 anos, não era um personagem em fim de carreira.

Mas o distanciamento brusco da Argentina, sua convocação à Roma sob o imediato controle do Papa, e sobretudo o seu confinamento num misterioso escritório curial que não é nada mais do que um "em criação", tudo nos diz que o golpe foi definitivo.

Para entender os motivos desta decisão punitiva tomada pelo Papa Francisco contra um dos bispos argentinos mais evidentes, é interessante consultarmos a biografia mais precisa e atual do Papa: "Francisco, vida e revolução", escrita pela jornalista argentina Elisabetta Piqué e editada na Italia pela Lindau.

No capítulo em que analisa os adversários do então cardeal Bergoglio na Igreja argentina, Mollaghan figura entre os mais ávidos, da mesma forma o arcebispo de La Plata, Héctor Aguer, e o Núncio Apostólico Adriano Bernardini. Acusavam a Bergoglio de não defender a reta doutrina, de realizar gestos pastorais muito ousados, de ser subserviente com o governo [Kirchner].

Em Roma, os seus pontos de apoio eram os cardeais Leonardo Sandri e Angelo Sodano, este último em amizade com o ex-embaixador argentino junto à Santa Sé, Esteban "Cacho" Caselli, personagem muito controverso, agora registrado no Anuário Pontifício como "gentiluomo" de Sua Santidade.

Escreve Elisabetta Piqué:

"É neste contexto que, no final de 2005 e início de 2006, o ataque contra Bergoglio, que segui atentamente como correspondente do jornal 'La Nación', chega ao seu clímax:  Bernardini e seus amigos na Cúria [romana] se envolvem diretamente na nomeação de vários bispos de linha conservadora. Entre eles o arcebispo de Rosário, José Luis Mollaghan, e do Resistencia, Fabriciano Sigampa. As nomeações suscitaram um grande desconforto no episcopado argentino
Nem Mollaghan, nem Sigampa foram proposto na sondagem preliminar feita aos bispos argentinos: foram impostos seguindo a indicação da Secretaria de Estado na terna apresentada por Bernardini ao Papa. A intervenção, segundo algumas fontes, se deveu a uma velha amizade entre Sodano e Caselli. Mesmo quando deixa de ser embaixador, Caselli mantém uma relação direta com o monsenhor Maurizio Bravi, um funcionário da Segunda Seção da Secretaria de Estado, que trata principalmente da Argentina e que por sua vez tem uma relação estreita com o cardeal Sandri, que também é argentino, número três no momento da estrutura como um substituto da Secretaria de Estado do Vaticano. "

Dos três bispos argentinos citados, Sigampa está a dois anos da aposentadoria e a Mollaghan se vê que o que aconteceu. Ainda corre o de La Plata, Aguer. Mas até a sua sorte parece traçada.

sábado, 17 de maio de 2014

"A Família Tradicional não existe mais". Pseudo-Educadores de São Paulo, sob o PT, começam o ataque.

Fernando Haddad, o prefeito-poste do PT em São Paulo

Escolas de SP acabam com “O Dia das Mães” e institui o “Dia dos Cuidadores”. Viva o fim da família, prefeito Fernando Haddad!

Por Reinaldo Azevedo

Adeus família...
Pois é, pois é… Recebi na Jovem Pan a informação de um pai indignado, morador de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. Na semana passada, as instituições públicas de ensino em que seus filhos estudam deixaram de comemorar o tradicional “Dia das Mães” para celebrar o inovador “Dia de quem cuida mim”.

O jovem pai, de 27 anos, tem dois filhos matriculados na rede municipal de ensino. O mais velho, de 5 anos, é aluno da EMEI Cecília Meireles, e o mais novo, de 3 anos, do CEI Monteiro Lobato, de administração indireta.

Ele afirma que conversou com a coordenadora pedagógica da EMEI e sugeriu que fossem mantidas as datas do “Dia dos Pais” e do “Dia das Mães”, além de incorporar ao calendário esse tal “Dia de quem cuida de mim”. Ele acha que essa, sim, seria uma medida inclusiva e não preconceituosa. A resposta que recebeu dessa coordenadora pedagógica foi a seguinte: “A família tradicional não existe mais”.

Isso quer dizer que, segundo a moça, família com pai, mãe e filhos acabou. É coisa do passado.

O produtor Bob Furya foi apurar. Tudo confirmado. A assistente de direção da Escola Municipal de Ensino Infantil Cecília Meireles afirmou que a iniciativa de criar “o dia de quem cuida de mim” partiu de reuniões do Conselho Escolar, do qual participam pais e professores e de reuniões pedagógicas entre os docentes.

O pai garante que não participou de consulta nenhuma. Ele assegura, ainda, ser um pai presente. E parece ser mesmo verdade. Para a escola, o fato de se criar “o dia de quem cuida de mim” permite a crianças órfãs, criadas por parentes ou por casais homossexuais que não se sintam excluídas em datas como o “Dia das Mães” ou o “Dia dos Pais”. Para esse pai, no entanto, trata-se do desrespeito à “instituição da família”.

Em nota, afirma a Secretaria de Educação: “Hoje em dia, a família é composta por diferentes núcleos de convívio e, por isso, algumas escolas da Rede Municipal de Ensino decidiram transformar o tradicional Dia dos Pais e das Mães no Dia de quem cuida de mim.”

Não dá! Você que me lê. Pegue o registro de nascimento do seu filho. Ele tem pai? Ele tem mãe? Ou ele tem, agora, cuidadores?

Qual é a função da escola? É aproximar os pais, não afastá-los. O que é? A escola pública vai agora decretar a extinção do pai? A extinção da mãe? A democracia prevê o respeito às minorias. Querem integrar os pais homossexuais? Muito bem! Os avôs? Muito bem! Extinguir, no entanto, a figura do pai e da pai, transformando-os em cuidadores é uma ideia moralmente criminosa.

Nessas horas, sei bem o que dizem: “Ah, lá estão os conservadores…”. Não se trata de conservadorismo ou de progressismo. Todo mundo sabe que boa parte das tragédias sociais e individuais tem origem em famílias desestruturadas.

Uma pergunta: declarar o fim da família tradicional é o novo objetivo da gestão de Fernando Haddad?

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Cardeal Schonborn - Nem todos que nasceram como seres masculinos se sentem como homem


O Cardeal Schonborn mostra sua felicidade pelo triunfo de uma drag queen barbada no festival Eurovision.

O Cardeal de Viena e presidente da Conferência Episcopal da Áustria, Christoph Schonborn, parabenizou a "drag queen" barbada Conchita Wurst pela sua recente vitória no festival de Eurovisión. "Fico muito feliz por Thomas Neuwirth, que teve tanto exito em sua atuação como Conchita Wurst", escreveu o cardeal na sua coluna semanal publicada hoje no jornal gratuito "Heute", um dos mais lidos da capital austríaca.

"No colorido jardim de Deus há uma variedade de cores. Nem todos aqueles que nasceram como seres masculinos se sentem como homem, e o mesmo do lado feminino. Merecem o mesmo respeito como pessoa a que todos temos direito", assegurou o cardeal.

A tolerância, o lema principal da atuação de Conchita Wurst, "é um tema real e grande", explica o cardeal de Viena.
E ser tolerante significa "respeitar o outro ainda que não compartilhe as suas convicções", assegura o líder da Igreja austríaca.

Rezo por ele (Thomas Neuwirth) para que sua vida seja abençoada", conclui o prelado.
Neuwirth, um cantor homossexual de 26 anos, causou furor em todo o mundo com a figura de Conchita Wurst ao ganhar o recente festival de Eurovision, celebrado em Copenhague, com a canção "Rise like a Phoenix"

Fonte: InfoCatólica  | Tradução e grifos Blogonicus

Beato Dom Luciano? Na Era do Concílio, por que não!?

Vaticano autoriza processo de beatificação de dom Luciano Mendes
Religioso foi arcebispo da cidade de Mariana durante 18 anos.
Arquidiocese de Mariana vai instituir comissão para comprovar milagres.

(G1 Minas Gerais ) O Vaticano autorizou o início do processo de beatificação e canonização de dom Luciano Mendes de Almeida. Ele foi arcebispo da cidade de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, durante 18 anos.

O religioso atuava principalmente na defesa dos direitos humanos e dos mais pobres. A Arquidiocese de Mariana vai agora instituir uma comissão para comprovar, junto ao Vaticano, os milagres atribuídos a dom Luciano, que morreu em 2006.

Dom Luciano era arcebispo de Mariana quando faleceu, aos 75 anos. O arcebispo, da Companhia de Jesus, foi secretário geral (de 1979 a 1986) e presidente (de 1987 a 1994) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por dois mandatos consecutivos.

De origem fluminense, dom Luciano nasceu em 5 de outubro de 1930. Era doutor em filosofia e foi membro do Conselho Permanente da CNBB de 1987 até o ano que morreu. Também atuou na Pontifícia Comissão Justiça e Paz, foi vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) e presidente da Comissão Episcopal do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome.


***

Dom Luciano Mendes, ex-arcebispo de Mariana, está no caminho da beatificação

Vaticano autoriza abertura do processo de reconhecimento para que ex-arcebispo de Mariana se torne beato. Tribunal eclesiástico será instalado em missa em 27 de agosto


(Estado de Minas / Uai) Mariana, primeira vila, cidade e diocese de Minas, começa a percorrer o longo caminho para ser reconhecido como beato, o homem que trabalhou pelos pobres, na defesa dos direitos humanos e exerceu funções de destaque em instituições nacionais e internacionais. A Santa Sé autorizou a abertura do processo de beatificação de dom Luciano Mendes de Almeida (1930-2006), carioca que viveu 18 anos na cidade e agora se torna Servo de Deus, informou, ontem, o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha. “Estamos em júbilo com esta grande notícia”, disse, ontem, dom Geraldo, explicando que os católicos já podem se dirigir a dom Luciano,  pedindo as graças de Deus.

Para dar início ao processo de beatificação do ex-arcebispo de Mariana, que antecede o de canonização, ou se tornar santo, a arquidiocese instalará o tribunal eclesiástico durante missa solene que será celebrada em 27 de agosto, na Catedral da Sé, lembrando a data em que ele morreu, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. No tribunal, poderão ser ouvidos os depoimentos de pessoas que obtiveram milagres pela intercessão de dom Luciano, que está enterrado na cripta, e recolhidos documentos, além de outras providências. Por enquanto, não foi decidido o nome do postulador ou advogado da causa.

O comunicado da Congregação para a Causa dos Santos, da Santa Sé, chegou a Mariana na terça-feira, quando se completaram 170 anos do nascimento de Antônio Ferreira Viçoso (1787-1875), o Servo de Deus dom Viçoso –também enterrado na cripta da Catedral da Sé e em processo de beatificação – a quem dom Luciano rezara, pedindo a intercessão, para o restabelecimento depois de grave acidente de carro. A causa da beatificação tem apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em assembleia, neste mês, em Aparecida (SP), mais de 300 bispos aprovaram, por unanimidade, moção nesse sentido, tendo em vista a vida santa do ex-arcebispo de Mariana.

Luciano Pedro Mendes de Almeida nasceu no Rio de Janeiro e era filho de Cândido Mendes de Almeida e de Emília Mello Vieira Mendes de Almeida. Jovem, ingressou na Companhia de Jesu, e estudou filosofia em Nova Friburgo (RJ). Em Roma, estudou teologia, doutorado em filosofia. Ordenou-se bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo (1976). Entre as inúmeras funções, se destacam o trabalho na CNBB, como secretário-geral (1979/1987), e a presidência  (1988/1995), além de membro da Pontifícia Comissão de Justiça e Paz (1992 a 2006).

(Des)Caminho de Santiago - Arquidiocese de Compostela promove sincretismo

De 09 a 13 de maio foi promovido na Espanha uma semana sobre a cultura japonesa. O evento percorreu toda a cidade apresentando a comida típica, a cultura, artes plásticas, etc.

No último dia 13, domingo de NSa de Fátima, as celebrações do Japão na Espanha adentraram a catedral de Santiago de Compostela. Não se tratou de uma mostra cultural dentro de um templo católico, como é costume na Europa, mas de uma apresentação real de cerimônias xintoístas dentro do templo cristão. Chamada de "Espírito do Japão", o acontecimento teve lugar na nave da catedral em frente ao altar mor, onde monges e sacerdotes dessa religião oriental desfilavam com suas danças rituais, cânticos sagrados e instrumentos rituais, como podemos observar nas fotos abaixo.

Segundo informações de Giuseppe Nardi publicado em "Katholisches.info", uma missa era celebrada na capela lateral da catedral simultaneamente ao evento "espiritual".
















Abertura aos não cristãos

Como destacou o texto de Nardi, o site da arquidiocese não informou oficialmente a presença dos sacerdotes japoneses, mas seria impossível um evento desse tamanho acontecer sem prévia autorização do responsável pela igreja central e do próprio arcebispo.

Recentemente a Arquidiocese afirmou que a Credencial do Peregrino, documento oficial para aqueles que percorrem o caminho de Santigado de Compostela, poderá ser emitida para qualquer pessoa, independentemente da religião.

Com informações de Katholisches.info.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

"Somente a RÚSSIA defende os Cristãos do Oriente", afirma Metropolita Ortodoxo Hilarion

 


A Rússia continua sendo a única advogada dos cristãos no Oriente Médio, onde "comunidades cristãos estão sendo expostas a um genuíno genocídio", afirmou o Metropolita Hilarion de Volokolamsk numa entrevista com a RIA Novosti.

"Os países ocidentais, que ajudavam os cristãos na região por séculos, lhes negam apoio e quase lhes recomendam oficialmente que deixem a região e se mudem para outros países", disse Hilarion, que supervisiona o departamento para Relações Exteriores da Igreja Ortodoxa Russa.

"Fui informado sobre isso pelos Maronitas, por exemplo, que vivem na Síria e no Líbano por séculos. Eles ficaram desapontados com a França, que tradicionalmente lhes presta auxílio, mas se recusou a defendê-los agora. Nosso país [a Rússia] permanece como única defensora da presença cristã na região. Muitos cristãos residentes nas zonas de confronto dependem [da Rússia]", ele afirmou.

Patriarca e Bispo Maronita cumprimentam o Metropolita Ortodoxo
Os cristãos encaram uma perseguição sem precedentes no Oriente Médio, ele enfatizou.

"Comunidades cristãos em alguns países estão expostas a um genuíno genocídio" por conta do aumento do terrorismo e extremismo em questões religiosas, disse o metropolita Hilarion.

"[A Igreja Ortodoxa Russa] recebe com frequência relatórios sobre a destruição e profanação de igrejas cristãs, sequestro de clérigos, decapitação de cristãos, túmulos resultado de assassinatos em massa de cristãos são encontrados, exílio de famílias cristãs, bombardeio de áreas residenciais cristãs", ele disse.

Extremistas planejam a expulsão completa dos cristãos dos seus locais de residência através dos métodos do terror ou da destruição física. Os países desenvolvidos devem usar instrumentos políticos para resolver a crise, acrescentou Hilarion.

Três anos já se passaram desde que o Parlamento Europeu assinou uma resolução intitulada "A sitação dos cristãos no contexto da liberdade de religião", mas um mecanismo para monitorar o cumprimento da liberdade de consciência no mundo não foi criado.

"As instituições internacionais não reagem à violação dos direitos da população civil da Síria, inclusive os cristãos. Eu até diria que as ações e declarações dos representantes de algumas potências ocidentais contribuem para uma maior polarização da sociedade", disse o Metropolita Hilarion.

Ele pede a todas as forças polítocas para que "abordem o que está acontecendo na Síria com responsabilidade" e fundamentem suas ações nos interesses do povo Sírio.


Fonte: RIA Novosti | Tradução Blogonicus
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