quinta-feira, 15 de maio de 2014

"Somente a RÚSSIA defende os Cristãos do Oriente", afirma Metropolita Ortodoxo Hilarion

 


A Rússia continua sendo a única advogada dos cristãos no Oriente Médio, onde "comunidades cristãos estão sendo expostas a um genuíno genocídio", afirmou o Metropolita Hilarion de Volokolamsk numa entrevista com a RIA Novosti.

"Os países ocidentais, que ajudavam os cristãos na região por séculos, lhes negam apoio e quase lhes recomendam oficialmente que deixem a região e se mudem para outros países", disse Hilarion, que supervisiona o departamento para Relações Exteriores da Igreja Ortodoxa Russa.

"Fui informado sobre isso pelos Maronitas, por exemplo, que vivem na Síria e no Líbano por séculos. Eles ficaram desapontados com a França, que tradicionalmente lhes presta auxílio, mas se recusou a defendê-los agora. Nosso país [a Rússia] permanece como única defensora da presença cristã na região. Muitos cristãos residentes nas zonas de confronto dependem [da Rússia]", ele afirmou.

Patriarca e Bispo Maronita cumprimentam o Metropolita Ortodoxo
Os cristãos encaram uma perseguição sem precedentes no Oriente Médio, ele enfatizou.

"Comunidades cristãos em alguns países estão expostas a um genuíno genocídio" por conta do aumento do terrorismo e extremismo em questões religiosas, disse o metropolita Hilarion.

"[A Igreja Ortodoxa Russa] recebe com frequência relatórios sobre a destruição e profanação de igrejas cristãs, sequestro de clérigos, decapitação de cristãos, túmulos resultado de assassinatos em massa de cristãos são encontrados, exílio de famílias cristãs, bombardeio de áreas residenciais cristãs", ele disse.

Extremistas planejam a expulsão completa dos cristãos dos seus locais de residência através dos métodos do terror ou da destruição física. Os países desenvolvidos devem usar instrumentos políticos para resolver a crise, acrescentou Hilarion.

Três anos já se passaram desde que o Parlamento Europeu assinou uma resolução intitulada "A sitação dos cristãos no contexto da liberdade de religião", mas um mecanismo para monitorar o cumprimento da liberdade de consciência no mundo não foi criado.

"As instituições internacionais não reagem à violação dos direitos da população civil da Síria, inclusive os cristãos. Eu até diria que as ações e declarações dos representantes de algumas potências ocidentais contribuem para uma maior polarização da sociedade", disse o Metropolita Hilarion.

Ele pede a todas as forças polítocas para que "abordem o que está acontecendo na Síria com responsabilidade" e fundamentem suas ações nos interesses do povo Sírio.


Fonte: RIA Novosti | Tradução Blogonicus

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Franciscanos da Imaculada querem se livrar do Voto Pontifício

Em Janeiro de 1998 os Franciscanos da Imaculada foram elevados pelo Papa João Paulo II a condição de Instituto Religioso de Direito Pontifício, o que significaria que a partir daquela data dependeriam apenas da Santa Sé em matéria de governança e disciplina. Normalmente a elevação de qualquer instituto à categoria de Direito Pontifício pressupõe uma proteção ao mesmo das inconstâncias dos bispos diocesanos protegendo a comunidade. Mas quando o ataque vem do próprio Papa, a quem recorrer? 


(Rorate-Caeli | Tradução blogonicus) No mês passado, Sandro Magister informou sobre um apelo pessoal feito ao Papa Francisco por um casal, com seis dos nove filhos como membros dos Franciscanos da Imaculada (FI). Em resposta ao pedido de ajuda feito pelo casal ao Papa, o mesmo respondeu "em breve, em breve", de acordo com Magister.

Agora várias fontes estão informando ao Rorate que um grande número de frades - possivelmente 100-150 - estão pedindo a Roma para serem dispensados dos seus votos pontifícios e colocados sob a orientação de um bispo diocesano.

Como nós já havíamos reportado desde o começo, à ordem foi enviado um comissionário, que conduziu a uma rápida destruição de uma ordem crescente que estava unida ao catolicismo tradicional e deixou que inúmeros fiéis perdessem o acesso à missa tradicional, que foi aprovado diretamente pelo Papa Francisco.

Não sabemos o que o Papa Francisco quis dizer aos pais desesperados com o "em breve, em breve". No tempo romano, breve raramente significa "rápido". Rezemos para que o Santo Padre termine em breve esta drástica intervenção que ele aprovou e salve uma bela ordem que está atualmente numa situação crítica.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Galantino e a nova cara da Conferência Episcopal Italiana


Em 30 de dezembro de 2013 o Papa Francisco nomeou Mons. Nunzio Galantino, bispo de Cassano all'Jonio, como secretário "ad interim" da Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Segundo os jornalistas especializados em "Vaticano", Dom Galantino representa tudo aquilo que um bispo deve ser, segundo a visão do Papa Francisco, e por isso foi colocado como homem forte do Papa dentro da estrutura demasiada estreita da Conferência. As palavras abaixo traduzem um pouco o pensamento do bispo de Cassano all'Jonio, volto abaixo.


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 A mudança do Galantino para a CEI - arquivem a era Ruini.

(formiche - Matteo Matzuzzi | Tradução e destaques Blogonicus) - Fala de reposicionamento "sobre as expectativas espirituais, morais" o secretario geral da CEI, mons. Nunzio Galantino. Numa entrevista publicada no Quotidiano Nazionale, o bispo de Cassano allo Jonio lança os fundamentos para uma mudança: "O meu desejo para a Igreja italiana é que ela possa falar sobre qualquer assunto, sobre padres casados, da eucaristia aos divorciados, da homossexualidade, sem qualquer tabu. Partindo do Evangelho e explicando as suas próprias posições".

Uma linha oposta a Ruini e Bagnasco

Uma linha diametralmente oposta àquela das últimas duas décadas, marcadas pelo comando de Camillo Ruini e seguida por Angelo Bagnasco. Galantino critica explicitamente a conduta da gestão até então: "No passado estávamos concentrados exclusivamente sobre o não ao aborto e à eutanásia. Não pode ser assim, no meio há uma existência que se desenvolve". Muito fácil de entender a qual passado ele se refere, próprio da era ruiniana, culminada com o ativismo de 2005 contra o referendo sobre a bioética.

"Não se pode falar apenas sobre o aborto e a eutanásia".

O secretário da conferência episcopal italiana retoma a palavra pronunciada pelo Papa durante a entrevista concedida em agosto (2013) à Civilitá Cattolica; conceito repetido em outras conversas com a mídia e no discurso público: a Igreja não pode se focar apenas sobre aqueles temas, entrincheirando-se na defesa daqueles princípios considerados não negociáveis. "Eu não me identifico com os rostos inexpressivos daqueles que rezam o Rosário fora das clínicas que praticam a interrupção da gravidez, mas com os jovens que se opõem a esta prática e se esforçam para a qualidade das pessoas, pelo seu direito à saúde, para o trabalho".

A Reforma do Estatuto da CEI

Quanto a reforma do Estatuto, Bispo Galatino já expressou dúvidas de que a próxima reunião (em pouco mais de uma semana) possa aprovar as novas regras.  "Parece que a opinião da maioria dentro do episcopado é envolver a base para a escolha da cúpula, deixando ao Papa a prerrogativa de nomeação, com base em uma lista de candidatos", disse o bispo da pequena diocese calabresa recordando que "o Santo Padre pediu-nos a pensar sobre o método de eleição do presidente pelos bispos". A resposta de alguma forma confirma o que foi dito no último sábado, no Corriere della Sera, pelo cardeal Bagnasco.

Galantino a Voz do Papa?

Alguns observadores notaram que a linha de Galantino parece ser a linha que Francisco pretende dar ao episcopado italiano. A prova seria um profundo entendimento entre os dois, com o primeiro sendo visto com frequência na Santa Marta (diferentemente do presidente da CEI). Um outro indício foi a decisão do Papa de nomear Galantino ad quinquennium (por cinco anos) como secretário da CEI depois de período inicial "ad interim". Entretanto, o pontífice viajará à Cassano allo Jonio, diocese comandada pelo Mons Galantino, no próximo 21 de junho.

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O que pensar? Em primeiro lugar é fácil descobrir como Francisco, tendo a sua disposição quase 200 bispos italianos, foi escolher Galantino como secretário e 'sua voz' dentro da CEI. Ao ser elevado ao episcopado, em 2011 por Bento XVI, o então padre Nunzio Galantino pediu que todo o dinheiro que as pessoas, governos e paróquias iriam gastar com presentes para ele fosse revertido aos pobres. Bingo! Atingimos o mantra bergogliano!

Não! Antes que digam ou pensem (acho que você pensou, não pensou?) eu não desmereço tal atitude. Pelo contrário, acho que o padre Nunzio agiu de forma justa, evangélica e bonita! Que bom seria se todos os bispos fizessem o mesmo.

O grande problema é que Francisco só se guia por isso. Nós sabemos que há bispos que são excelentes teólogos, mas não são carismáticos com a imprensa; outros são ótimos administradores, mas relaxados no trato com os padres ou religiosos, etc. Existem também aqueles bispos que foram "talhados" para cargos políticos dentro da Igreja, mas isso não é essencialmente algo negativo.

Bagnasco e Ruini demonstram liderança, certeza e coerência. São hábeis com a mídia, sabem entregar a mensagem de forma precisa. O que está acontecendo com o advento da era franciscana é que bispos capazes como eles são vistos com desconfiança quando não com preconceito. O que sempre foi considerado uma qualidade, agora é um defeito. Isso é algo típico do pensamento vitimista latino-americano.

Quando os bispos se reúnem para eleger seu presidente ou formar uma lista de candidatos, eles procuram um líder não só espiritual e doutrinal, mas também um líder político. Eles não querem, como presidente, São João Maria Vianney.

Colocar Dom Galantino como secretário (e desconfio que será promovido a Vice-Presidente) é um erro. A entrevista acima, ou melhor, os trechos que aqui traduzimos denotam que, mesmo sendo um pastor humilde, lhe falta o tato político. Estrago semelhante vemos em Roma, com seu bispo.

Alguns jornalistas afirmam que as escolhas pessoais de Francisco seguem uma linha clara que é neutralizar o potentíssimo cardeal Bagnasco. O texto acima também sugere o mesmo. Penso que é possível, mas acredito que, se for isso mesmo, será um dos maiores erros deste pontificado, dada a expressão que a CEI tem na Igreja universal e seu lugar dentro do plano político da Itália e da Europa. Enfraquecê-la é um ato temerário, sobretudo numa Europa onde o cristianismo capenga!

Aqui vai uma dose gelada de Pura Especulação - Acredito que no conclave de 2013 o colégio cardinalício italiano se partiu em dois (ou três) pedaços. O primeiro, comandado por Bagnasco, seria dos cardeais residenciais, ou seja, aqueles que comandam ou comandavam alguma diocese e pelo curial Piacenza. O segundo, liderado por Vallini (vigário de Roma) e Ré (Vice-decano), elegeu Bergoglio e foi formado por cardeais curiais italianos. Isso explicaria os constantes ataques do Papa Francisco aos integrantes do primeiro bloco, com o decesso de Piacenza da Congregação para o Clero, a elevação inesperada de Bassetti ao cardinalato (conhecido por ser um adversário de Bagnasco dentro da CEI), o desprestígio da Sé de Veneza no último consistório e a remoção de Bagnasco de quase todas as congregações na Cúria Romana, sobretudo a importantíssima Congregação para os Bispos que nunca, em sua história, ficou sem a presença do líder dos bispos italianos em seu quadro de membros. Na próxima assembleia geral da CEI será o discurso inaugural de Francisco que os bispos italianos irão ouvir e não, como é de costume, o do presidente Bagnasco.

Rostos inexpressivos rezando contra o aborto!
Voltando a Galantino, não deixa de nos surpreender as palavras duras que o bispo dispara contra "os rostos inexpressivos daqueles que rezam o Rosário fora das clínicas que praticam a interrupção da gravidez". O prelado não ousa usar a palavra "aborto", preferindo um termo genérico.

O que podemos dizer da expressão "rostos inexpressivos"? Certamente é um ataque, ainda que não intencional, a todos os padres e bispos, religiosos e leigos que se levantam corajosamente e chamam o crime pelo nome - aborto - enquanto rogam aos céus pelas almas inocentes, pelas mulheres e médicos que praticam o ato monstruoso.

São "rostos inexpressivos" porque alguns prelados perderam a capacidade de ver com os olhos da misericórdia! São "rostos inexpressivos" porque seus corações expressam amor que vai diretamente ao Pai e não aos holofotes das emissoras de TV ou aos flashes do jornal - eles não estão ali para agradar ao mundo, ao bispo Galantino ou ao Papa Francisco!

Para concluir, porque já me alonguei demais, a nomeação de Galantino e seus pronunciamentos, bem como o que vimos até agora, nos ajudam a compreender o caminho da Igreja no pontificado de Francisco. Sabemos quem tem vez e quem não tem. Pessoalmente acredito que a Igreja, que já sofre a sua paixão externa, viverá uma dolorosa paixão interna, com a destruição da estrutura através de nomeações equivocadas e promoções desastradas. Acredito que Dom Galantino é um bom bispo, um bom pastor, mas não serve para cargos administrativos. É só a minha opinião, que não tem impacto nas nomeações, mas que ao ser formulada ajuda a digerir o que vem por ai. É claro que um Engov também ajuda!

sábado, 10 de maio de 2014

Papa Francisco teria recebido Bispo Bernard Fellay (FSSPX)

Do blog RORATE CAELI  |  Tradução Blogonicus - O [blog] Rorate foi informado e pode confirmar com exclusividade que o bispo Bernard Fellay, Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, foi recebido pelo Francisco no Domus Sanctae Marthae em algum momento nos últimos meses. Para proteger as nossas fontes, não podemos precisar a data e as pessoas envolvidas no encontro, mas apenas localiza-lo, genericamente, no tempo - se pontificado atual pode, até o memento, ser dividido em duas partes, a reunião se deu na segunda metade.

Podemos acrescentar ainda, como parte desta informação exclusiva, que não foi apenas um encontro meramente casual - ou por assim dizer, muitas reuniões extra-oficiais com Sua Santidade vem acontecendo desde a sua eleição justamente porque sua residência na Casa Santa Marta o torna muito mais acessível e disponível do que muitos pontífices anteriores. Não, este não foi o caso - o Papa foi previamente informado e recebeu devidamente o Bispo Fellay. A reunião foi, aparentemente, breve e cordial.

O Papa tem um verdadeiro interesse em resolver essa situação, é o que nossas fontes parecem ter entendido.


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Papa Francisco beija a mão de sacerdote anti-clerical (sic) e gayzista



Segundo informou o site "Katholisches.info", o Papa Francisco recebeu no último dia 06 de maio os salesianos de Don Michele De Paolis.

Dom Michele, 93 anos, é fundador e presidente honorário da Comunidade de Emaús na cidade de Foggia, onde desenvolve um trabalho social ligado às pessoas pobres, seguindo "o espírito de Dom Bosco" (mais abaixo veremos que não é bem por aí...).

Dom Michele concelebrou com o Papa argentino e pregou, como mostra a imagem ao lado, a homilia na Casa Santa Marta onde, desde que assumiu o Ministério Petrino, diariamente o Papa recebe cidadãos comuns de Roma e membros do clero de diversas partes do mundo e faz homilias a toque de caixa, claramente no improviso.

Ao final da missa, numa audiência breve e informal, o Papa Francisco realiza mais um daqueles "gestos de humildade" que se tornaram um bordão gestual deste pontificado - O Papa beija a mão de dom Michele De Paolis.


"Hoje a atitude da Igreja em relação aos homossexuais é estreita, desumana e tem causado muito sofrimento ao afirmar que a homossexualidade é um pecado. Algumas pessoas na Igreja dizem 'É aceitável ser gay, mas eles não devem ter relacionamento, eles não podem amar uns aos outros'! É a hipocrisia máxima. É como dizer a uma planta que ela pode florescer, não pode dar frutos! Isso sim é contrário à natureza!" - Don Michele De Paolis
"Aqueles que desejam transformá-los em 'heterossexuais', por assim dizer, estarão forçando-os a agir contra a sua natureza e tornando-os psicopatas infelizes. Precisamos colocar em nossas cabeças que Deus nosso pai quer que nós, Suas crianças, sejamos felizes e frutifiquemos os dons que Ele colocou em nossa natureza! (...) Vocês tem o direito de procurar um parceiro. E não se preocupem: onde existe o ágape, existe Deus. Vivam a sua vida com alegria. E com a nossa mãe Igreja precisamos ter paciência. A sua atitude [da Igreja] com os homossexuais mudará. Neste sentido, inúmeras iniciativas já foram empenhadas". Trecho de um artigo de Don Michele para um grupo LGBT de Lecce.

Para Don Michele, portanto, a homossexualidade não só não é contrária à natureza, mas na verdade faz parte da natureza, sendo um dom que Deus colocaria, de acordo com a teologia invertida de Don Michele, na alma de algumas pessoas!

O padre salesiano é conhecido na Itália por suas várias críticas à Igreja sobre moral e doutrina. Padre Michele apoia a ordenação de mulheres, o casamento gay, o fim do celibato e todo o cânon da crítica moderna feito à Igreja.

Segundo informa o próprio sacerdote em sua conta de Facebook, ele solicitou ao Papa um encontro com os filhos salesianos de Emaús - comandados por Don Michele - e o sucessor de Pedro, ao que Francisco teria respondido: tudo é possível. Converse com o cardeal Maradiaga e ele preparará tudo.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

FATO. Capitão do Sínodo - Cardeal Baldisseri quer uma mudança sobre a Doutrina do Matrimônio.

Secretário do Sínodo quer uma mudança no magistério sobre o matrimônio.

(EDWARD PENTIN | National Catholic Register | Tradução e destaques blogonicus) - Num acontecimento suscetível de causar mais inquietação sobre o próximo sínodo sobre a família, o secretário-geral do Sínodo dos Bispos deu uma entrevista em que diz que quer uma mudança no ensinamento da Igreja sobre o casamento.

De acordo com o jornal belga De Standaard, o Cardeal Lorenzo Baldisseri afirmou que é hora de atualizar a doutrina da Igreja sobre o casamento, por exemplo, relacionado ao divórcio, à situação dos divorciados e pessoas em união civil. Os comentários do cardeal aparecerão numa entrevista exclusiva na revista cristã semanal Tertio, publicada às quartas-feiras.

"A Igreja não é atemporal, ela vive entre as vicissitudes da história e o Evangelho precisa ser conhecidos e experimentado pelas pessoas hoje", afirmou o cardeal Baldisseri.

"É no presente que a mensagem deve estar, com todo o respeito pela integridade de quem recebe a mensagem. Nós, agora, temos dois sínodos para tratar deste tema complexo da família e eu acredito que estas dinâmicas em dois movimentos permitirão uma resposta mais adequada às expectativas das pessoas", afirmou o secretário geral do Sínodo dos Bispos

O cardeal italiano também notou que a "Familiaris Consortio" do Papa João Paulo II, o último grande documento eclesial sobre o assunto, tem 33 anos.

O cardeal Baldisseri, 73, confirmo na entrevista que o Papa Francisco deseja que os bispos locais sejam seriamente envolvidos no governo global da Igreja e para que exista um novo balanço entre centralização e autonomia local.

Como secretário geral, a função principal do Cardeal Baldisseri é administrativa e envolve auxiliar na preparação da exortação apostólica  que o Papa irá publicar com base nas recomendações do Sínodo.

Um diplomata vaticano, o cardeal tem licenciatura em teologia dogmática e doutorado em direito canônico.


***

Com palavras como as reproduzidas acima sabemos por que Baldisseri foi promovido à chefe do Sínodo. Sua primeira tarefa foi desestabilizar a doutrina da Igreja através de um [infame] questionário enviado aos bispos contendo questões relativas à assimilação da doutrina da Igreja sobre o matrimônio e a vida familiar. Qualquer habitante do planeta Terra saberia, de antemão, quais seriam as respostas. O magistério da Igreja sobre  o tema está corroído, mas não por culpa de um suposto descompasso com os tempos modernos, como sugere Baldisseri, mas por culpa única e exclusiva dos pastores de almas - padres e bispos - que se "esqueceram" de ensiná-lo na sua integridade, permitindo todo tipo de deturpação e imundície.

Se o documento de João Paulo II está desatualizado, e portando já não corresponde "às expectativas das pessoas", o que poderíamos dizer do Vaticano II, com seus 50 anos? Ele ainda significa algo? Ou seu magistério seria superior ao do Papa?



















A Canonização do Vaticano II e a Demonização do Pré-Concílio.Ou por que punimos os Franciscanos da Imaculada

Abaixo traduzimos uma postagem do blog Infovaticana que nos apresentou alguns fragmentos de uma alocução do Secretário da Congregação Vaticana para os Religiosos, Dom José Rodríguez Carballo, aos participantes da Reunião de Religiosos da Catalunha.

(InfoVaticana) O Secretário da Congregação para a Vida Consagrada, o franciscano José Rodríguez Carballo, número dois há um ano neste organismo vaticano encarregado da vida religiosa, esteve na Espanha neste final de semana para assistir à reunião da União dos Religiosos da Catalunha.
Nela, Carballo situou como um ponto importante da vida religiosa a fidelidade ao Vaticano II: PAra consagrados o Concílio é um ponto que não pode ser negociado. E afirmou que aqueles que buscam nas reformas do Vaticano II todos os males da vida religiosa "negam a presença do Espírito Santo na Igreja".
Explicou que na Congregação para a Vida Consagrada estão "especialmente preocupados" com este tema: estamos vendo verdadeiros desvios. Sobretudo porque "não poucos institutos dão não só uma formação pré-conciliar, mas também anti-conciliar. Isso não é admissível, é se colocar fora da história. É algo que nos preocupa muito na Congregação".
(...)

Recentemente a Congregação, através do seu "capitão do mato", Frei Fidenzio Volpi, impediu o fundador dos Franciscanos da Imaculada de visitar o túmulo dos próprios pais para celebrar uma missa no seu aniversário. A proibição, que ultrapassou os limites do desprezível, chocou a comunidade de fiéis ligada diretamente aos Franciscanos da Imaculada e foi reproduzida pelo mundo todo, com desprezo, pelos blogs e sites católicos.

Mas o que temos de novo, trazido pelo trecho traduzido acima, não é surpreendente. No aniversário do Vaticano II a Igreja conciliar - para usar um termo famoso - decidiu que é chegada a hora de expurgar a resistência. A iniciativa veio com a eleição de Francisco que procurou de imediato atacar tudo aquilo que transpirava qualquer sinal de "restauração". Nas homilias diárias da Casa Santa Marta e nas inúmeras indiscrições e vazamentos das suas conversas particulares com grupos progressistas, o Papa não se poupou a criticar ou mesmo desdenhar dos católicos mais tradicionais, com suas piedades "pelagianas" e sua "modas litúrgicas".

A vida religiosa tradicional, no final do pontificado de João Paulo II e durante todo o pontificado de Bento XVI, floresceu. Vocações, conventos cheios e seminários lotados aturdiam bispos e cardeais da "velha guarda" que insistiam em novidades e relaxamentos como forma de atrair vocações. Isso foi demais!

Carballo - nunca é demais notar - foi chefe dos Franciscanos "marrons" e assistiu com a passividade de uma moça do século XIX ao desmoronamento da vida religiosa na Espanha, sua terra natal. Encolhimento de mosteiros, envelhecimentos dos frades franciscanos e uma supreendente - ou nem tanto - falta de vocações. Em trinta aos, ou talvez menos, a Espanha não terá mais religiosos.

Com um currículo mais do que fracassado, surpreendentemente foi chamado a Roma por Francisco, sua primeira nomeação como Papa, para comandar a vida de milhares de ordens no mundo todo. Que tipo de Pogrom poderia impor Carballo?

A família dos Franciscanos da Imaculada congrega em si toda a mensagem que, supostamente, o Papa Francisco quer passar ao mundo - humildade, serviço, desprendimento, caridade, espírito de missão, fidelidade e oração. Entretanto, e esse é um daqueles paradoxos que só a Igreja conciliar consegue sustentar, estão sendo furiosamente perseguidos com a ciência e anuência de Francisco.

Alguns católicos, com boa intenção ou simplesmente dopados, argumentam que Francisco não sabe em detalhes da perseguição e das injustiças diárias que os Franciscanos da Imaculada vem sofrendo. Tal argumento é absurdo! Sabemos pelas fofocas sobre o dia a dia do Papa que ele é muito bem informado. A deplorável intervenção nos Franciscanos da Imaculada já foi noticiada em todos os meios possíveis, sobretudo pelo trabalho de alguns historiadores e vaticanistas italianos e espanhóis. Apelar para a Santa Ignorância é no mínimo ridículo.

Os filhos da Imaculada tiveram algumas das suas principais Igrejas de apostolado na Itália fechadas, sua livraria foi encerrada, seus líderes despachados para diversos cantos do mundo e proibidos de falar, o padre fundador colocado em custódia, seus bens confiscados, suas freiras abandonadas aos padres diocesanos, os leigos totalmente perdidos. Impossível não comparar com a intervenção nos Legionários de Cristo, que foi "água com açúcar" para punir vários padres ligados ao desgraçado Pe. Maciel e que no final não puniu ninguém. Os Legionários não sofreram um décimo do que os Franciscanos vem sofrendo. É claro que os Franciscanos não contavam com a proteção indulgente do Papa Sodano...

Neste ano da canonização do Concílio devemos esperar ainda mais. Como disse Carballo, "não poucos institutos dão não só uma formação pré-conciliar, mas também ante-conciliar. Isso não é admissível". Esperamos, portanto, intervenções em outras comunidades para "ajustá-las" aos padrões conciliares. O próximo passo, desconfio, será colocar os institutos beneditinos "Ecclesia Dei" aos cuidados da Congregação de Carballo.

Ao final o Imaculado Coração triunfará, mas até lá muitas espadas ainda transpassarão o amável coração da SSma. Virgem.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Adeus Viri Selecti

O blog Secretum Meu Mihi (SMM) publicou ontem (domingo de páscoa/2014) um texto chamando a atenção para a nova "moda litúrgica" durante a celebração da cerimônia conhecida como "lava-pés", ou como é oficialmente conhecida, a missa "In Coena Domini".

"Assim como aconteceu nos anos 90 com os acólitos homens, vamos dizendo adeus aos Viri Selecti da quinta-feira santa", conclui o blog. SMM se refere a o uso indiscriminado e contrário, até então, às normas e à tradição da Igreja no tocante ao ingresso de meninas como acólitos(as). O Vaticano, pressionado pela difusão da prática, autorizou de forma extraordinária a função de meninas como coroinhas.

Sem dúvida o mau exemplo vem de cima. Aqui não desejo parecer um crítico inquebrantável do Papa Francisco, mas é impossível deixar de notar como o seu (mau) exemplo litúrgico influenciou de maneira muito rápida a forma como essa cerimônia em particular será conduzida a partir de agora. Noto ainda como Bento XVI, com seu exemplo ortodoxo na liturgia, teve um efeito muito discreto quando olhamos o mundo católico como um todo. O mau exemplo parece portar uma atração irresistível.

SMM nos apresenta o exemplo do bispo de Cleveland, Richard G. Lennon, que lavou os pés de várias mulheres durante a cerimônia. O sentido óbvio da cerimônia do lava-pés é apresentar o sacerdote como Cristo lavando os pés dos seus apóstolos. Qualquer criança conseguiria realizar a conexão do ato litúrgico com os evangelhos. Contudo alguns bispos e padres parecem ter perdido alguma capacidade intelectual elementar, ou seja, o modernismo lhes afetou o cérebro.

Agora nós precisamos transcender o significado original do lava-pés para atingirmos, após algum exercício mental, um êxtase teológico inclusivista e politicamente correto. Nós deixamos aquela cerimônia tão enrijecida na sua interpretação evangélica e passamos para uma cerimônia que deseja dizer alguma coisa a mais - mas ninguém sabe exatamente o quê.

Não é preciso ir muito longe, até Cleveland, por exemplo, para encontrarmos os pezinhos não tão viris assim sendo lavados pelo clero.

[JOINVILLE] Padre Silvano beija os pés de fiel escolhida entre os membros da comunidade, que neste ano, na tradicional e simbólica cerimônia de lava-pés, lembrou as vítimas de tráfico humano

[MANAUS] 12 pessoas que trabalham no entorno da catedral, entre prostitutas, lavadores de carros
e dependentes químicos foram escolhidas. A senhora acima é uma lavadora de carros

[BAURU] Dom Caetano Ferrari também realizou seu lava-pés franciscano

[PIRACICABA] Já em 2013, Dom Fernando Mason lavando os pés de mulheres

Certamente a prática não foi inaugurada por Francisco. A inclusão de mulheres na cerimônia é prática frequente em muitas paróquias no Brasil e fora dele. Há na América Latina, de modo especial, um ódio visceral ao Velho Mundo que se traduz na irreverência litúrgica e na inobservância intencional das normas prescritas pelo missal que, afinal de contas, é romano, não é mesmo!?

Não se trata de advogar apenas uma estrita observância das normas litúrgicas, como se isso fosse pouco. Trata da defesa de um princípio fundamental e que engloba toda a liturgia - a dependência existente entre o rito e a Igreja, um não tendo sentido sem o outro.

Quando mudamos o rito estamos mudando a Igreja; deixamos de ser parte a única Igreja Católica para nos tornarmos uma parcela isolada, no tempo e espaço, de igreja (com "i" minúsculo). Quando mudamos o rito ele deixa de ser rito, perde a sua essência e, portanto, seu sentido.

Entenda, caro leitor, que isso é grave e ultrapassa uma simples paixão inadvertida pelo formalismo litúrgico.
Essas novas cerimônias do lava-pés, mostradas acima, passaram a significar outra coisa, estão desconectadas do restante do corpo litúrgico da Igreja.

Uma pergunta me vem a mente. Como um bispo, um sucessor dos apóstolos!, consegue afirmar que a cerimônia do lava-pés é um sinal de humildade quando ele próprio, ao alterar a liturgia, demonstra nada além de orgulho puro!? Como isso é possível? Como eu - falo dos bispos - posso servir se não tenho humildade suficiente para obedecer ao rito prescrito no livro litúrgico?

São realmente perguntas que nos desafiam. A essência da humildade não reside na língua, nos bons discursos e nas frases de efeitos. Quantos de nós já não encontramos bispos - para ficamos só nesse exemplo - que aportam a uma determinada diocese com o famoso versículo "vim para servir e não para ser servido" e que se revelam verdadeiros tiranetes de mitra?

Por fim, elogio enormemente os bispos e padres que corajosa e humildemente seguiram o missal, pois a essência da humildade está na obediência. São prelados e sacerdotes anônimos nesta postagem, mas que merecem nossas orações sinceras.

sábado, 12 de abril de 2014

O Francisco Uruguaio. Novo Arcebispo de Montevidéu é elogiado pela comunidade Gay



O Uruguai está experimentando seu próprio 13 de março desde a posse do novo arcebispo de Montevidéu, Mons. Daniel Sturla.

Mons. Sturla, até então o bispo auxiliar da arquidiocese, foi eleito em fevereiro deste ano como novo arcebispo para suceder Dom Nicolás Cotugno.

A mídia uruguaia e os diversos segmentos formadores da sociedade desse país trataram de reproduzir, em escala nacional, o que foi feito em Roma imediatamente após a eleição do arcebispo de Buenos Aires como Papa; várias reportagens e programas de rádio e TV trataram de traçar uma linha ideológica clara entre o bispo emérito, seja ele o de Roma ou o Uruguaio, e o atual e humilde bispo da vez, Bergoglio ou Sturla. Iniciou-se, assim, o efeito "franciscano" também em Montevidéu.

Os dois prelados - o de Roma e o de Montevidéu - parecem ter uma inclinação forte ao microfone e às páginas de jornal, certamente muito mais por influência do primeiro sobre o segundo. Dão entrevistas valendo-se de um tom informal, quando não impreciso.

O blog SECRETUM MEU MIHI nos apresenta a recente nota da imprensa uruguaia onde mostra Mons. Sturla recebendo membros de uma associação de gays e lésbicas e - pasmem! - sendo elogiado por eles em nota oficial. Eis um trecho.

O Vigário pastoral, Javier Galdona, que também participou da reuniã, disse ao El Observador que o arcebispo pediu perdão num contexto geral de qualquer tipo de discriminação que a comunidade homossexual possa ter sentido por parte da Igreja Católica.
Quem sou eu para julgar!?

O que separa os católicos conservadores ou neo-conservadores, como queira rotular, dos católicos tradicionais é, entre outras coisas, uma sensível noção ao perigo das palavras. O efeito das palavras de Francisco naquele avião de volta do Rio de Janeiro é real e concreto, além de desastroso.

Quem sou eu para julgar? soou como um toque de trombeta, reunindo em torno daquilo que poderia significar uma legião de demônios: mídia anti-católica, associações pró-aborto, a milícia do gênero. O dano causado por essas quatro palavras está além da conta e ainda para ser visto!

No Uruguai, com a posse do progressista Sturla, veremos o que se passará mais tarde em várias dioceses do país e do orbe católico como um todo.  A contraposição entre o misericordioso Sturla e seu antecessor rigorista e moralista é, como já dito acima, uma reprodução nacional da visão Bergoglio e Ratzinger.

Também destaco, no trecho da matéria que reproduzi acima, o impressionante pedido de perdão do arcebispo. Sturla coloca a Igreja que representa - e jurou defender - em posição submissa às associações gayzistas. Ao dizer que "pediu perdão num contexto geral de qualquer tipo de discriminação que a comunidade homossexual possa ter sentido por parte da Igreja Católica", sobretudo no "possa ter sentido", o arcebispo endossa todo tipo de ataque que a gaystapo possa vir a realizar. A única referência aqui é o subjetivo "sentimento" dessas verdadeiras milícias anti-católicas.

Um longo calvário para a Igreja Uruguaia

Mons. Sturla tem apenas 54 anos. É um bispo jovem e inexperiente, mas considerando a linha que vem adotando e o caminho que escolheu trilhar, vemos que a Igreja nessa pequeno país viverá um grande sofrimento.

Rezemos!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Gayzismo na TV Aparecida. Ou "Quem sou eu para julgar?" e seus efeitos práticos



Peço aos amigos leitores que assistam a este vídeo. O programa "Em Frente" da TV Aparecida - até onde se sabe é um canal católico - se propõe a responder questões enviadas pelos telespectadores. Questões de fé, moral, sentimental, etc., tudo isso passa pelas mãos dos três apresentadores, um padre em manga de camisa e dois leigos.

Nunca gostei do programa e confesso que não o assistia há algum tempo, para não dizer anos. Não sei em que horário é transmitido, mas isso não vem ao caso porque vários vídeos estão disponíveis no Youtube.

Nunca pensei no que pastoral significava até a eleição de Francisco. Neste vídeo, como vocês podem ver, a "pastoral" toma forma. Aquela palavra amórfica e com pouco significado prático vem com força assumindo feições que nos assustam.  Seria essa a intenção do Papa? Pouco importa na prática, porque os katólicos estão interessados em dar a esse novo bezerro de ouro - a Pastoral - as suas próprias feições e dançam em torno dele.

Focando no assunto da pergunta, certamente que um homossexual não pode ser privado da comunhão se - e somente SE - vive uma vida de castidade de acordo com a doutrina católica. Sem dúvida que, na vivência pastoral, verificar tal condição de observância é praticamente impossível e o sacerdote deve confiar, na medida do possível, no comungante. Para isso as admoestações pré-comunhão são muito bem-vindas, uma vez que, ecoando ao apóstolo São Paulo, alertam para o perigo do sacrilégio daqueles que comungam em pecado mortal ou sem a reta intenção.

É possível que o sacerdote tenha se expressado de forma incompleta ou, pela simplicidade da pergunta, não tenhamos alcançado todo o contexto. Interpretarei as ações do pároco da consulente da melhor maneira possível, como pede a caridade.

Algo bem distinto fazem os apresentadores do programa que, numa tentativa repleta de incorreções pastorais, vilipendiam a doutrina, chegando ao cúmulo de se afirmar (transcrevo) "se você quer ensinar para as pessoas o que a Igreja pensa sobre a prática da vivência da homossexualidade, você como padre pode responder, se ninguém perguntar você nem deveria falar porque senão é desnecessário".
Do ponto de vista meramente didático isso provocaria risos em qualquer estudante mediano de pedagogia. "Se ninguém perguntar você nem deveria falar"? Que magistério é esse que não ensina, que se cala frente à ignorância? Que prática pastoral é essa que não pastoreia?

E o teólogo continua:

(...) na hora da comunhão é um erro gravíssimo [referindo-se as admoestações do sacerdote] porque a própria liturgia da Igreja diz: felizes os convidados para a Ceia do Senhor [tradução brasileira do Ecce Agnus Dei, com fidelidade absoluta ao latim], não é para dizer outra coisa além do que a própria Igreja na liturgia diz. E ofender a consciência das pessoas é um pecado mais grave do qualquer outro.

Ora! Eu mesmo subscreveria a zelosa observação do "teólogo" Rodolfo! Sim, não devemos acrescentar uma vírgula ao rito romano. O estranho é que o próprio "felizes os convidados para a Ceia do Senhor" é um acréscimo criminoso ao missal romano.

O vídeo não requer maiores comentários. É todo ele uma obra nojenta - usemos sim essa palavra - de falsa piedade, falso amor ao próximo, falsa doutrina e falsa pastoral.
Aos 10 minutos o padre "apresentador" já chegar a ameaçar, em consonância com a pastoral política gayzista, o padre em questão de crime civil! E a apresentadora leiga incita indiretamente aos telespectadores a processarem seus padres! Num canal católico!

Peço apenas aos leitores, se possível, que comentem e negativem o vídeo. É preciso dar mostras, ainda que pequenas, de desaprovação. Aos amigos blogueiros, peço que comentem com mais profundidade sobre o assunto em seus respectivos blogs (podem me mandar o link que publico aqui), porque me falta ânimo para tal. A desolação dos padres pastorais é tamanha que me falta estômago para encarar uma postagem mais longa.

domingo, 9 de março de 2014

O Novo Arcebispo Liberal do Uruguai

Assume hoje (09/03) como arcebispo de Montevidéu Dom Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B. O novo arcebispo, embalado pelos ventos de mudança que sopram de Roma, assume um discurso desconcertante e subserviente ao governo socialista de Jose Mujica e ao pecado.

(Subrayado  20/02/14 | Tradução blogonicus)

Surpreendente mudança de discurso do novo arcebispo de Montevidéu 


Alinhado com o papa e o discurso progressista, Monsenhor Sturla proporciona forte contraste com as opiniões do seu antecessor Nicholas Cotugno sobre a maconha e homossexualidade.

Um reconhecimento expresso da homossexualidade como uma orientação sexual, uma tolerância maior ao uso de preservativos nas relações sexuais e a crença de que "moralização" da Igreja Católica, por vezes, "cobre o Evangelho" são alguns dos slogans que colocou sobre a mesa Daniel Sturla ao assumir como novo arcebispo de Montevidéu.

Daniel Fernando Sturla Berhouet, SDB, é um sacerdote salesiano que acaba de suceder a Mons. Nicolás Cotugno, que em setembro de 2013 se retirou ao cumprir 75 anos.

Ordenado sacerdote em 1987, o novo encarregado da diocese de Montevidéu assumiu o cargo com claros indícios de mudança na estratégia e no discurso, claramente em sintonia com as coordenadas do novo Papa Francisco I.

A história de vida do novo líder da grei católica da capital indica que vem de uma família com interesse na política. Seu irmão foi um legislador destacado do herrerismo (Partido Nacional). Se trata de Héctor Martín Sturla, que faleceu em 1991 aos 37 anos.

As primeiras declarações de Mons. Sturla mostram uma mudança radical a respeito das posições públicas adotada por Cotugno nos assuntos como o aborto, o matrimônio igualitário e a regularização da maconha, todas iniciativas votadas durante a "década progressista" do [partido] Frente Amplio no poder.

Nesse sentido, Sturla mostrou palavras de elogio ao presidente José Mujica: "O exemplo de austeridade" do presidente "é estupendo", disse numa entrevista que publicou hoje o periódico Busqueda.

"Eu tenho amigos homossexuais. Tive conversas com crianças sobre o tema, lhes assegurei que Deus as ama profundamente. Deus te ama por aquilo que você é não porque você se orienta de um lado ou de outro do ponto de vista sexual", afirmou.

Ainda que tenha esclarecido que, de acordo com o dogma católico, ter relações sexuais fora do matrimônio seja pecado. Inclusive o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo aproxima essas pessoas dos postulados religiosos.

Seu antecessor, por sua vez, se referia à homossexualidade como "uma enfermidade", de acordo com o tom dos pronunciamentos anteriores do Vaticano.

A chegada de Francisco ao Vaticano marcou um antes e um depois ao emitir uma frase que resultou numa mensagem para católicos e não-católicos: "quem sou eu para julgar um homossexual", assinalou e de algum modo arrumou o campo para todos os sacerdotes sob seu comando.

Sturla admitiu que se um casal homossexual se apresenta com seu filho na Igreja matriz este será batizado seguindo o rito católico.

"Ninguém pode negar (a uma criança) o batismo porque tem dois pais ou duas mães", comentou.

O arcebispo disse que este princípio está acima da posição contrária dos católicos sobre a adoção de filhos por homossexuais.

Exemplo de Sociedade Evoluída
"Não quero contrapor o que o arcebispo anterior declarou", esclareceu Sturla. "Mas todos nós evoluímos sobre o tema da homossexualidade (...) Uma coisa era há 20 anos quando num colégio havia um menino que era rotulado com um apelido por sua preferência, outra coisa é hoje. Nesse sentido a sociedade evoluiu positivamente porque se compreende que há pessoas que por razões distintas têm características pessoais ou gostos e orientação sexual diversa da maioria".

Mons. Sturla reconheceu que tanto esse assunto como o da regularização da maconha não atingiu unanimidade na Igreja uruguaia. O bispo de Minas, Jaime Fuentes, próximo ao Opus Dei, se manifestou contrário ao pacote de leis de corte moral e comportamental que aprovou o governo de Mujica. Sobre o aborto, outro assunto ao qual os católicos impuseram grande resistência, o arcebispo deu um giro notável nas diretivas da cúpula Nesse sentido, declarou ao diário El País: "A aprovação do aborto está aí, agora precisamos curar as feridas da sociedade"

O bispo Fuentes afirmou a agência católica Zenit que as mudanças que essas leis trarão - que afetam a órbita dos valores - "empurrarão o Uruguai ao abismo".

Sturla afirmou que tem dúvidas sobre a eficácia da regularização da maconha para combater o narcotráfico, um dos argumentos principais do governo para aprovar a lei.

"Está claro que o fracasso do que se faz atualmente é muito grande e algo precisa ser feito a esse respeito", acrescentou.
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