terça-feira, 14 de junho de 2011

Mais Greve de Fome...

... Agora no Brasil!

Depois de relatarmos aqui (e não tem nem uma hora!) a greve de fome do senhor bispo emérito de Sucumbios, no Equador, retransmitimos aos leitores a tosca matéria abaixo, do site da CNBB.

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Greve de fome marca protesto contra violência a líderes quilombolas no Maranhão

Dois padres da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão), Inaldo Serejo (coordenador da CPT) e Clemir Batista da Silva, e outros 17 quilombolas, entraram em greve de fome no último dia 9. O protesto é uma forma de pressionar pela presença da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário para tratar a questão da violência contra líderes quilombolas no estado.

Desde a sexta-feira passada, cerca de 40 comunidades de remanescente de quilombo do Maranhão ocupam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em São Luís. Os quilombolas reivindicam agilidade nos processos de regularização de terras e protestam também contra os episódios de violência envolvendo líderes de comunidades locais em disputas por terras.

"Estamos há dois dias tentando falar com a ministra e não conseguimos", disse o padre Inaldo Serejo.

Segundo a CPT, a lista de quilombolas ameaçados de morte no Maranhão aumentou de 52 para 59 nesta semana. A CPT afirma que "pelo menos duas lideranças quilombolas no estado sofreram tentativas de assassinato".

Ainda de acordo com o padre Serejo, a greve de fome não tem data para acabar. "Vamos avaliar a situação de cada um, mas não vamos parar enquanto não conseguirmos conversar com a ministra".

A assessoria de imprensa da Secretaria de Direitos Humanos informou que há uma equipe em Brasília cuidando do caso. Disse, ainda, que a ministra já sabe do protesto, continuará tratando a situação com prioridade e, se for preciso, irá até o Maranhão.

O presidente do Regional e bispo de Imperatriz (MA), dom Gilberto Pastana de Oliveira divulgou uma nota sobre protesto. Nela [nota], o bispo afirma que repudia todas as manifestações da cultura de morte, "principalmente àquelas sustentadas pelo abuso do poder econômico e pela corrupção presente nos poderes da Federação, do Estado e dos Municípios. Solicitamos a todos os católicos que procurem se inteirar dos fatos e contribuam com as legítimas ações dos quilombolas através do apoio político e social e da doação de gêneros alimentícios [mas eles não estão em greve de fome? Que atitude contraproducente é essa!?], água, remédio e roupas para os participantes de acampamentos", disse.

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A nota do senhor bispo de Imperatriz em momento algum condena a atitude dos padres e leigos envolvidos na greve de fome. Antes, condena apenas os "detentores do capital apoiados por um sistema político que não é comprometido com a causa do bem comum, mas atrelado ao poder do capital".

Creio que o suicídio não é amparado pela Igreja. O senhor bispo, ao invés de repudiar a greve de fome que, afinal de contas, é uma agressão à vida, se cala com uma nota pífia, bem ao estilo da pseudo-teologia da libertação que, sem dúvida, não se esgotou no norte-nordeste do nosso pobre Brasil.

O bispo poderia ser solidário aos quilombolas, sem dúvida, de uma forma católica, de uma forma apostólica de fazer a justiça social - justiça esta que não levanta foice, mas abraça a cruz!

Eu, pessoalmente, me sinto ultrajado pela nota do senhor bispo. Expresso meu apoio ao povo sofrido, rezando para que a situação de ameaça à vida, por parte dos poderes opressores e por parte do clero inconsequente, se resolva o mais rápido possível e da melhor maneira possível.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ao ler os três últimos artigos: Esse, o artigo falando de Hans Küng-Fu, e a situação em uma cidade no Equador. Só faço uma pergunta:

Até quando Roma vai ficar calada devido a situação criada pelo diabólico Concílio Vaticano II?

AS COISAS ESTÃO PIORANDO!

Renato Lima

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