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O bispo anglicano de Londres, Rev. Richard Chartres, afirmou que não permitirá que anglicanos que se juntem ao ordinariato católico permaneçam com suas propriedades.
A questão territorial é a única arma que a igreja anglicana parece ter nas situações de cisma interno. Nos EUA, graças a política ultra-mega-progressista adotada pela igreja oficial, milhares de anglicanos simplesmente debandaram, incluindo dioceses inteiras. A cúpula da igreja episcopal, usando de um velho artifício, começou a processar os "cismáticos" e a pedir judicialmente a reintegração da posse dos templos e prédios.
Há casos nos EUA onde a diocese inteira se vai, mas suas igrejas ficaram nas mãos da igreja episcopal, mesmo sem fiéis ou com um número tão mínimo que não é capaz de encher uma capela.
No Reino Unido estima-se que mais de 30% dos templos anglicanos esteja ocioso, alguns até foram vendidos pelas autoridades eclesiásticas ou municipais, conforme o caso. Ou seja, hoje a Igreja Anglicana em 10 templos, 3 estão fechados. E com a aplicação do Anglicanorum Coetibus esse número parece que vai aumentar com o passar dos anos.
O bispo Chartres alegou que mesmo o compartilhamento dos templos entre anglicanos e católicos-do-ordinariato não é desejável, causando um comprometimento nas relações ecumênicas e "muito rancor". Sem dúvida expulsar as pessoas que, por anos, rezaram sob aquele teto não vai gerar qualquer tipo de "rancor".
Essa postura serve unicamente para fazer pressão nos anglicanos que ainda estão indecisos. Já há muita propaganda produzida pelos bispos anglicanos da Inglaterra contra o Ordinariato e a situação, num nível local, pode ser realmente muito conflituosa.
Quando o bispo anglicano de Pittsburgh, Robert Duncan, foi deposto pela igreja anglicana americana, o bispo católico da mesma cidade lhe disse (e isso é o próprio bispo Robert quem diz) "você nunca ficará sem um lugar para rezar", oferecendo algumas igrejas aos anglicanos conservadores que deixavam a igreja oficial junto com Duncan. Mas o bispo de Londres mostra que não existe esse negócio de "reciprocidade ecumênica".
Mas com a aplicação da Constituição Apostólica, com o tempo, tenho certeza que os novos católicos ficarão muito bem acomodados em templos católicos.
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