O Papa Bento XVI nomeou os novos cardeais para alguns dicastérios da Cúria Romana. Novamente vemos a presença forte dos mais conservadores em congregações e conselhos de relevância (alguns vitais, eu diria) para a Igreja.
Os cardeais Burke, Ranjith e Piacenza (a trinca de ouro) estão na Congregação para o Culto Divino, onde também foi nomeado o ex-braço direito do Papa, cardeal Angelo Amato. O cardeal Amato foi nomeado membro da Doutrina da Fé.
O cardeal Burke foi (re)nomeado membro da Congregação para os Bispos, mas ele já fazia parte da congregação antes do cardinalato.
Para o clero, comandado pelo Cardeal Piacenza, foram incluidos os cardeais Wuerl (Washington, EUA) e Kazimierz Nycz (Varsóvia, Polônia).
Mantendo a linha do diálogo ecumênico num nível teológico, o Papa faz o atual presidente do Conselho para Unidade dos Cristãos membro da Doutrina da Fé. Isso é mais um sinal claro do Papa sobre a grande (e silenciosa) mudança que é feita no ecumenismo católico. "Ecumenismo 2.0 - edição revista, corrigida e ampliada".
Para fazer companhia a Dom Burke, no Supremo Tribunal Pontifício, o atual prefeito dos assuntos econômicos da Santa Sé e supervisor dos Legionários de Cristo, cardeal De Paolis. Os dois cardeais farão parte também do Conselho para Interpretação dos Textos Legislativos.
O único cardeal brasileiro criado no último consistório ficou com o Conselho para as Comunicações Sociais. A missão, eu imagino, será levar toda a experiência da TV Aparecida e tentar aplica-la no mundo todo! (miserere!!!). Ou tentar fazer o Pe. Lombardi se comportar como os assessores de comunicação da CNBB - "Motu Proprio? Eu não vi, eu não sei, não me pergunte".