quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cardeal Burke na Mira dos Apóstolos do Pobrismo Franciscano

Estava demorando. Mas os progressistas - em festa desde março deste ano - já estão organizando o ataque. O pobrismo do Papa Francisco, que é muito parecido com aquela mentalidade pobrística do "Venda o Vaticano para acabar com a fome no mundo", está realmente transformando a Igreja. Infelizmente eu não vejo muito futuro para o Cardeal Burke nesta "administração" franciscana. Será nomeado arcipreste de alguma basílica, bibliotecário pontifício, terá um cargo honorário ou, na melhor das hipóteses, despachado de volta aos EUA como arcebispo.


Cardeal Burke usando a nefasta Cappa Magna



(the Denver Post | Tradução Blogonicus) Na tentativa de viver de acordo com a mensagem de Jesus sobre a solidariedade com os pobres, o Papa Francisco pediu por uma igreja voltada para a justiça social.

Este papa quer que os oficiais da igreja vivam mais modestamente.

Como ele disse aos bispos recém nomeados em Roma em 19 de setembro, de acordo com The Tablet, Nós, pastores, não devem ser homens com uma "mentalidade de príncipe".

Mas tente dizer isso ao Cardeal Raymond Burke, o juiz do tribunal supremo do Vaticano.

Os frutos do alto funcionalismo vêm naturalmente ao Cardeal Raymond Burke, um norte-americano , como visto em fotografias que o mostram num luxuoso desfile com um cortejo em seda, usando luvas vermelhas finas, jóias e chapéus vermelhos, o que sugere nobreza.

Muitas dessas fotos aparecem no site do grupo ultra- ortodoxo que Burke tem defendido, o Instituto Cristo Rei Soberano Sacerdote , que promove a missa em latim e um retorno a uma vida religiosa tradicional pré-Vaticano II.

Em uma entrevista polêmica postada em um site católico mais obscuro, Burke chama o casamento gay de obra de Satanás e a administração Obama de "totalitário" por seu apoio ao casamento gay e ao Affordable Care Act, que abrange contraceptivos.

O Cardeal Burke, que fez suas observações várias semanas antes da paralisação do governo, aparece muitas vezes vestido com o traje suntuoso de um príncipe da Igreja, como são chamados os cardeais.

Francis parecia ter práticas ornamentais em mente quando disse em uma entrevista ao La Repubblica publicou esta semana : " Chefes da Igreja têm sido muitas vezes narcisistas, lisonjeado e emocionados por seus cortesões".

Tais observações, além do comentário muito citado de Francisco sobre um padre gay, "quem sou eu para julgar?" numa conferência de imprensa de Julho, causou ondas de choque aos católicos tradicionalistas que vêem os rituais de esplendor eclesiástico como sinais de uma Igreja em sintonia com seu passado.

(...)

As opiniões explosivas de Burke lhe deram prestígio com os conservadores católicos. Ele era uma grande força junto ao cardeal Bernard Law - que renunciou ao cargo de arcebispo de Boston no escândalo de abuso de 2002 - em empurrar a investigação do Vaticano sobre a Leadership Conference of Women Religious, o principal grupo de freiras superiores americanas. Ele insiste que políticos pró-aborto não recebam comunhão.

uma Persona de privilégio eclesiástico, cultivada em toda a pompa das cerimônias tradicionalistas, como em uma procissão com freiras na Suíça, Burke forma um contraste com o estilo rococó auto-contido do Papa Francisco. Quando era Cardeal Jorge Mario Bergoglio, ele tomava um ônibus para o trabalho e fez  visitas freqüentes aos bairros pobres de Buenos Aires.

(...)

"Eu ouvi muitos cardeais serem chamados de ' homens cappa magna', que significa longas capas", afirmou a irmã Christine Schenk, diretora executiva da FutureChurch, uma organização reformista sediada em Cleveland. "O cardeal Franc Rodé, que ordenou a investigação das freiras, agora aposentado. O cardeal Mauro Piacenza [que nunca usou uma, NdT] da Congregação para o Clero é outro. O Papa Francisco o removeu para ser prefeito da Penitenciária Apostólica. Ele é um conhecido opositor do celibato opcional. O cardeal Burke também, é claro".

"O Papa Bento XVI amava o modelo antigo da corte, a elegância tradicional que deu a vários desses homens a permissão para se vestirem como eles têm se vestido", disse Schenk. "Em fotografias de um cardeal, seguido por uma cauda de 6 metros, você vê seis pessoas segurando o pano e alguns carregando abanadores feitos de penas de avestruz. Estes cardeais acham que isto é uma forma de dar honra ao cargo. Mas para as pessoas comuns isso parece bobo ou uma imagem luxuosa que é auto-referencial, narcisista e completamente alienada a Jesus de Nazaré, que não tinha onde reclinar a cabeça. É um grande desvio para muitos católicos-do-Vaticano II".

(...).

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