sábado, 9 de novembro de 2013

Cardeal Marx sobre comunhão aos divorciados: "O Prefeito da Doutrina da Fé não pode impedir essa discussão"



(PrayTell) Na opinião do Cardeal Marx, arcebispo de Munique, o debate sobre a forma como os católicos lidam com os divorciados re-casados (sic) está aberta [para discussão]. "O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé não pode colocar um freio na discussão", afirmou o cardeal na conclusão da reunião de bispos de Freising [Frisinga], segundo o site KathWeb. A conferência consiste na reunião de bispos bávaros de Munique e Frisinga, Regensburgo, Passau, Augsburgo, Bamberg, Wurzburgo, Eichstatt e Speyer.

O arcebispo Gerhard Ludwig Müller, antigo bispo de Regensburgo, e agora prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, recentemente escreveu um artigo no L'Osservatore Romoano defendendo enfaticamente a disciplina da Igreja em negar a comunhão aos recasados, não vendo qualquer possibilidade de mudança nessa prática. Em resposta, o Cardeal Marx afirmou que "nós veremos isso discutido da forma ampla. O resultado [da discussão] eu não sei". O Cardeal Marx está no comitê de oito cardeais apontados pelo Papa Francisco para aconselhá-lo na reforma da Cúria Romana e no governo da Igreja Católica.

O Cardeal Marx disse que é o desejo expresso de Roma que haja uma discussão ampla por toda a Igreja na preparação para o Sínodo Especial para a Família, em outubro de 2014. O cardeal acredita que há algumas questões nas quais a postura da maioria dos católicos, em particular dos católicos praticantes, é clara. Ele apontou o caso dos recasados como um exemplo. Um grande número de fiéis católicos não pode compreender completamente "que uma segunda união não é aceita pela igreja". Ele acredita que é inadequado falar no divórcio como uma simples "falha moral".


***

Ok, ok, ok. Na prática precisamos nos perguntar: o que esperar desse sínodo? Por que ele foi convocado? Qual a sua verdadeira finalidade?

Estamos querendo, com o Sínodo para a Família, compreender o que se passa nas "periferias existenciais" católicas, como o católico ordinário compreende ou não a doutrina, suas dificuldades em viver de acordo com ela e, a partir disso, procurar ajudá-lo a compreender melhor essa mesma doutrina? Ou será que o Sínodo foi convocado única e exclusivamente para aprovar a comunhão aos divorciados?

Se o Sínodo se pautar pela opinião dos católicos ordinários, então é de se esperar que a partir de 2015 os divorciados já poderão comungar.

O que eu vejo dos bispos que já se pronunciaram a respeito é justamente uma inclinação nessa direção facilitadora e acomodada. "Ah, não se pode vencê-los, junte-se a eles!". O número de divórcios é imenso e uma verdadeira chaga no corpo social; essa pestilência precisa ser combatida e não "discutida" por toda a Igreja. O único bispo, até o momento, que parece ter sido abençoado com algum juízo é Müller! Incrível, não é mesmo!?

Estamos ouvindo muito, recentemente, as palavras "abertura", diálogo (essa nunca deixamos de ouvir), sensibilidade pastoral e outras expressões de uma igreja afeminada e incapaz de combater o mal. O Sínodo para a Família precisa se preocupar com a família! Acolher uma das causas da destruição da família é um absurdo.

Mas talvez, e só talvez, qualquer certeza doutrinal seja inadequada daqui para frente.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...