Anúncio feito pelo próprio D. José Policarpo em celebração integrada no cinquentenário da sua ordenação sacerdotal
RP/FC
Torres Vedras, Lisboa, 19 jun 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa vai permanecer mais dois anos à frente da diocese, por decisão de Bento XVI, anunciou hoje o próprio D. José Policarpo, numa celebração que decorreu em Penafirme, concelho de Torres Vedras.
“Gostava de vos anunciar, hoje, dia da Igreja diocesana, que o Santo Padre Bento XVI já respondeu ao meu pedido de resignação, pedindo-me que prolongue o meu ministério episcopal, na Igreja de Lisboa, por mais dois anos”, afirmou, há homilia da missa a que presidiu.
O cardeal José Policarpo anunciara no dia 18 de fevereiro a sua renúncia ao cargo de patriarca de Lisboa por ter atingido o limite de 75 anos determinado pelo direito canónico, mas o Papa decidiu prolongar não aceitar de imediato este pedido.
“Não penseis que me sinto mais transitório agora do que há 50 anos. Serei até ao último minuto o bispo que Deus deu à sua Igreja, para a conduzir nos caminhos da comunhão”, disse o cardeal-patriarca.
A cerimónia desta tarde tinha como tema ‘50 anos ao Serviço da Palavra’, por estar integrada nas comemorações do cinquentenário da ordenação sacerdotal de José Policarpo.
No dia da Igreja diocesana, que acontece anualmente por ocasião da festa da Santíssima Trindade, o patriarca de Lisboa indicou que “este mistério do amor trinitário define a natureza da Igreja e o dinamismo do seu crescimento e da sua fidelidade”.
Este ano, em que celebro 50 anos de ministério sacerdotal, maior expressão da ternura de Deus por mim, tenho sentido, como hoje aqui, a beleza de uma Igreja que é comunhão”, acrescentou.
José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do distrito de Leiria e patriarcado de Lisboa.
Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 e é patriarca de Lisboa desde 1998, após a morte de D. António Ribeiro.
D. José Policarpo foi criado cardeal por João Paulo II em 2001.
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Os fiéis católicos de Lisboa precisarão esperar mais dois para o fim do reinado de Dom José. Dois longos e cansativos anos.
Bento XVI já modificou várias dioceses cardinalícias importantes no mundo e, pelo que se sabe, está mexendo em Milão no momento. Bruxelas, Los Angeles, Nova York, Toledo, Westminster, Rio de Janeiro, Santiago do Chile, etc. Por que prolongar a agonia em Lisboa? Mistério. Espero que o Papa esteja esperando por candidatos melhores.
Acho interessante como Dom José fala em "comunhão". Por comunhão ele compreende apenas um sentido unilateral, uma vez que já demonstrou mais de uma vez sua incapacidade em obedecer ao Papa. A Igreja "comunhão" só é boa quando a comunhão é com o patriarca, não com o Papa.
Lembremos, por exemplo, de um item das suas nefastas normas para aplicação do Motu Proprio em Lisboa:
Tal item, hoje, é claramente contrário ao texto da instrução Universae Ecclesiae que, dentre outras coisas, pede que o rito seja oferecido a todos e conhecido por todos.
Uma pena para os fiéis de Lisboa que, de algum modo, nutriam alguma esperança neste 75º aniversário do Patriarca. Esperemos o 77º para ver o que virá.