Presbiterianos rejeitam ordenação de mulheres
Com uma votação acachapante de 158 votos contra 14, a Assembleia Geral da Igreja Nacional Presbiteriana do México (INPM), reunida nos dias 17 a 19 de agosto em Xonacatlán, no Estado do México, rejeitou a ordenação de mulheres ao sacerdócio.
A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 25-08-2011.
"Teologicamente, não há nenhum obstáculo fundamental". Cardeal de Lisboa sobre Ordenação de Mulheres |
Otoniel López alegou que as ordens bíblicas não incluem a possibilidade das mulheres serem ordenadas e José Luis Zepeda, mesmo admitindo que Deus possa chamar mulheres para o seu serviço, enfatizou a inexistência de textos bíblicos que justifiquem o ministério feminino.
Dom William Morris. Defendeu a ordenação feminina e foi deposto por Bento XVI |
O representante do presbitério Filadelfia, Nehemias Morales Macario, leu a proposta redigida por Ernesto García, secretário de atas do Ministério. O texto reflete a absoluta rejeição aos avanços democráticos e sociais dos princípios expressados pela Revolução Francesa, que ele qualificou como “movimento apóstata” que introduziu perniciosamente o conceito e a prática da emancipação das mulheres.
A Assembleia mostrou-se predisposta ao “não” desde o princípio. Muitos delegados expressaram descontentamento aos conferencistas que se manifestaram a favor da ordenação feminina.
"Como se justifica esse descompasso entre a Igreja e a sociedade, em relação à mulher, que conquistou mai espaços no último século?" Dom Clemente Isnard, falecido este mês |
Com 102 votos a favor da medida, a Assembleia determinou que presbitérios e igrejas que ordenaram mulheres anulem, de imediato, tais medidas.
Estava preparado, assim, o caminho para o rompimento de relações com a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), uma vez que esta ordena aos ministérios pessoas com orientações sexuais diversas, o que foi destacado várias vezes na Assembleia da igreja mexicana.
***
Façamos ecumenismo urgente! Chamemos os membros dessa comunidade Presbiteriana a Roma para que aconselhem a Congregação para os Bispos e para a Doutrina da Fé sobre como lidar, "com mão de ferro", com bispos e teólogos que, em pleno século XXI, ainda advogam a ordenação de mulheres.