sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quando Protestantes são mais católicos que os Cardeais

Presbiterianos rejeitam ordenação de mulheres

Com uma votação acachapante de 158 votos contra 14, a Assembleia Geral da Igreja Nacional Presbiteriana do México (INPM), reunida nos dias 17 a 19 de agosto em Xonacatlán, no Estado do México, rejeitou a ordenação de mulheres ao sacerdócio.

A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 25-08-2011.

"Teologicamente, não há nenhum obstáculo fundamental".
Cardeal de Lisboa sobre Ordenação de Mulheres
Argumentando a favor da ordenação feminina, o sociólogo Leopoldo Cevantes Ortiz disse que a Igreja deve recuperar o seu rosto inclusivo e propôs que a Assembleia desse liberdade aos presbitérios para ordená-las ou não. O delegado ao encontro Emmanuel Flores fundamentou seu argumento a favor do ministério feminino na doutrina da imagem de Deus, que criou homens e mulheres.

Otoniel López alegou que as ordens bíblicas não incluem a possibilidade das mulheres serem ordenadas e José Luis Zepeda, mesmo admitindo que Deus possa chamar mulheres para o seu serviço, enfatizou a inexistência de textos bíblicos que justifiquem o ministério feminino.

Dom William Morris. Defendeu a ordenação
feminina e foi deposto por Bento XVI
Amparo Lerín mostrou a necessidade de superar as posturas patriarcais e machistas, e pediu que os pastores se informassem sobre antecedentes históricos da ordenação feminina na história da Igreja.

O representante do presbitério Filadelfia, Nehemias Morales Macario, leu a proposta redigida por Ernesto García, secretário de atas do Ministério. O texto reflete a absoluta rejeição aos avanços democráticos e sociais dos princípios expressados pela Revolução Francesa, que ele qualificou como “movimento apóstata” que introduziu perniciosamente o conceito e a prática da emancipação das mulheres.

A Assembleia mostrou-se predisposta ao “não” desde o princípio. Muitos delegados expressaram descontentamento aos conferencistas que se manifestaram a favor da ordenação feminina.


"Como se justifica esse descompasso entre a Igreja e a sociedade,
em relação à mulher, que conquistou mai espaços no último século?"
Dom Clemente Isnard, falecido este mês
Dois delegados, Moisés Zapata e Héctor Bautista, exigiram “mão de ferro” para os que não cumprirem as diretrizes aprovadas na Assembleia. Eles lembraram a realização de dois concílios, em 1980 e 2006, quando o tema foi discutido. Agora, disseram, é tempo de tomar medidas disciplinares sem concessões.

Com 102 votos a favor da medida, a Assembleia determinou que presbitérios e igrejas que ordenaram mulheres anulem, de imediato, tais medidas.

Estava preparado, assim, o caminho para o rompimento de relações com a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), uma vez que esta ordena aos ministérios pessoas com orientações sexuais diversas, o que foi destacado várias vezes na Assembleia da igreja mexicana.

***

Façamos ecumenismo urgente! Chamemos os membros dessa comunidade Presbiteriana a Roma para que aconselhem a Congregação para os Bispos e para a Doutrina da Fé sobre como lidar, "com mão de ferro", com bispos e teólogos que, em pleno século XXI, ainda advogam a ordenação de mulheres.

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...