(Religion Digital) Ernesto Cardenal – poeta, sacerdote, teólogo e político nicaraguense – se referiu ao Papa Francisco como um “papa revolucionário” e acredita que está levando a Igreja a um novo curso, durante a sua breve estadia por Buenos Aires, onde será homenageado pelo Ministério de Educação da Nação, e a caminho da feita do livro de Mendoza.
Cardenal sendo publicamente advertido por João Paulo II |
“De maneira nenhuma esperávamos um papa do nosso continente, nem um papa revolucionário neste momento, porque foi eleito entre os cardeais que foram escolhidos pelos dois últimos papas (João Paulo II e Bento XVI), conservadores e reacionários. Então de onde sairia um revolucionário? E saiu”, refletiu no hotel portenho em que está hospedado.
Francisco “realmente está mudando o curso, está fazendo coisas que deveriam ser feitas há muito tempo e ninguém fazia, como não querer usar o papamóvel e pedir que o levem num carro mais simples do Vaticano”, expressa Cardenal assimilando cada palavra, dando tempo para que se deixem escutar.
“O que é algo muito lógico que se fizesse, se é um discípulo de Cristo que diz que os últimos serão os primeiros, as coisas seriam o inverso do que são e é isso que ele está fazendo, um Papa imprevisível, como agem os santos”, afirma este poeta capaz de conciliar ciência, fé, revolução e marxismo com poesia, escultura e pintura entre outras tantas vocações.