O Papa Francisco removeu do Vaticano o monsenhor Franco Camaldo, nomeando-o Cônego da Basílica de São João de Latrão. A nomeação não só o remove das funções litúrgicas que até agora desempenhava junto ao pontífice, mas encerra por completo qualquer influência que Camaldo possa ter dentro da Cúria Romana.
Em junho deste ano o Papa Francisco afirmou a existência de um lobby gay dentro das paredes do Vaticano. No mesmo mês o Papa deu um passo adiante na reorganização do banco do Vaticano (IOR) – uma das preocupações centrais do conclave que elegeu Jorge Bergoglio – nomeando mons. Battista Ricca como um dos integrantes principais para reformar e gerir o banco. A história pregressa de Mons. Ricca veio a público, com reportagem de Sandro Magister remexendo no tempo em que o monsenhor esteve a serviço da embaixada Vaticana no Uruguai e, ainda segundo Magister, manteve um relacionamento íntimo com um jovem suíço e com frequência seria visto em bares com ele e até chegou a ser espancado
Após o conclave de 2005. Ao fundo, com o então Mestre de Cerimônias Piero Marini |
Camaldo ainda estaria ligado à figura do padre Patrizio Poggi, laicizado pelo Vaticano e preso pela polícia italiana por pedofilia. Poggi recentemente afirmou que há um círculo de clérigos gays em Roma que procura prostituição masculina, sobretudo de jovens imigrantes do leste europeu, e até mesmo pedofilia. Afirmou que possuia nomes de monsenhores, mas a mídia não lhe deu credibilidade.
A expulsão de Camaldo não ganhou (ainda) as páginas amplas do jornais ou menção nos telejornais, mas é pouco provável que fique incólume por muito tempo.
Mons. Ricca, por enquanto, permanece no cargo tendo o próprio Papa como seu primeiro defensor. Até quando, resta esperar para ver. O que se sabe é que o lobby ou círculo gay no Vaticano não ficará imóvel frente a uma ameaça.