terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Há um meio de unidade entre nós?

Já escrevi várias vezes sobre isso no meu antigo blog. Só que dessa vez não vou escrever muitas linhas. Tenho duas perguntas para os leitores deste blog e gostaria que todos os que estão lendo estas linhas pudessem me responder.

1 - O Brasil amarga resultados péssimos na aplicação do Motu Proprio Summorum Pontificum. Na sua opinião o que falta para melhorarmos esses números e a qualidade das missas tradicionais no país?

2 - É fato também que os católicos da asa direita da Igreja (tradicionalistas, conservadores, etc, etc, etc), embora empenhados na promoção dos valores autenticamente católicos num país onde o catolicismo é cada vez mais raro, não estão engajados ou organizados suficientemente. Parece que essas mesmas pessoas estão contentes em criticar uns aos outros e os demais através da rede de computadores. Na sua opinião, é possível hoje superar essas características e criar um trabalho conjunto? Se sim, de que forma?

Eu gostaria de ouvir a opinião sincera de cada um.

3 comentários:

Bruno Luís Santana disse...

Bem, da minha parte, o ambiente (Salvador-BA) é tão adverso, que há muito parei de fazer "militância" afim de ter a Missa Tradicional a todo o custo.
Digo isso porque, Deus me perdoe, mas se for pra promover uma missa onde o padre traga as profanações e os fiéis se comportem no frenesi da Missa Nova, então eu estaria sendo de alguma maneira responsável por essa calamidade.

Um dos pensamentos que eu e outro amigo tivemos há tempos atrás seria o seguinte: levar a maior parte possível dos interessados à Missa Tradicional que temos próxima da cidade (de uma comunidade amiga da FSSPX), porque se essas pessoas quisessem, poderiam ser fiéis da mesma comunidade. Porém, se não pudessem, ao menos constituiriam um grupo importante na implantação da Missa na capital.

Um amigo meu que deseja demais a implantação da Missa aqui em Salvador pediu o meu apoio, e eu o dei, e dentro de minha capacidade, me dispus a tentar transmitir o que sei para as outras pessoas que o mesmo tem contactado, pedindo apoio, e que em sua maior parte jamais assistiram a Missa.

Ele já me pôs em contato com alguns padres, e eu tentei persuadí-los a visitar ao menos o local onde temos a Missa Tradicional, para que os mesmos pudessem ter uma idéia de como as coisas funcionam, tanto da parte do padre quanto da parte dos fiéis. O padre manifestou interesse em se hospedar por lá, mas desapareceu.

Enfim, ainda penso que, para captar o espírito da coisa, seria bom que um sacerdote ao menos se dispusesse a visitar o local. Mas pelo visto, o problema foi solucionado, pois já encontramos um padre que conhece a missa e poderia ensiná-la para quem quisesse.

Este amigo me disse que as pessoas que ele procura são de meios bem diferentes, como os arautos, por exemplo. Para mim isso não é empecilho. Mas minha insistência é a formação. Se não der para alcançar a todos, que ao menos dentre os fiéis regulares se entenda o que é a Missa, porque a Missa Tradicional e como se comportar dentro da Igreja. Livros de piedade seriam de bom tom, mas isso viria com o tempo, para não soterrar as pessoas de informações.
Penso que os temas deveriam ser explorados depois das missas, talvez na própria sacristia da Igreja. Enfim... Sei de muitas pessoas que não vão à Missa Tradicional apenas por dificuldades materiais (é muito ruim o percurso, é necessário veículo, muito longe). Se não fosse isso, eu talvez não quisesse me envolver, porque o clero daqui é muito ruim.

Prof. Francisco Castro disse...

Não vejo outra saída a não ser a humildade, a oração perseverante e o apoio fraterno. Nenhum grupo pode sentir-se como sendo a verdadeira Igreja e olhar os outros católicos como pertencendo a falsa Igreja ou os apostatas. Ter esta consciência de ser membro da Igreja e pecador como os demais evita que se entendam como o resto fiel e eleito. Nesta atitude mental e interior valorizar tudo o que é tradicional, esclarecer sobre o verdadeiro sentido da missa aos que o desconhecem. Hoje mesmo li no Jornal diário do Ceará um colunista criticando que os padres obrigam as pessoas a dar as mãos na hora do Pai-Nosso e ele disse que isto poderia transmitir doenças, porem o pior, foi o mesmo aconselhar a Igreja católica que deixasse costumes ultrapassados e se modernizasse. Tal o desconhecimento do verdadeiro rito da missa que ele considera o dar as mãos como algo antigo e parte do Ritual. Então melhor do que rejeitar em todo a missa nova é mostrar que nem esta está sendo celebrada do jeito é que para ser. Mostrar os abusos. Quando as pessoas perceberam isto irão se perguntar porque tantos abusos, aí sim, poderá se dizer que o Rito Novo deixou margem para estas alterações conforme a vontade do Padre. O mais importante é manter-se filho da Igreja antes do que conservador ou tradicionalista; os progressistas já tem o apoio da mídia e da imprensa, veja que o jornalista do referido jornal se viu no direito de mandar a Igreja se modernizar...mal sabe ele que esta modernização é que produziu estes abusos. Então o nosso testemunho diário através do exemplo e da palavra trará bons resultados. Pois como disse São Paulo se ficarmos nos mordendo e devorando e uns aos outros terminamos por nos destruir mutuamente. Gl 5,15

Mateus Tibúrcio disse...

1-O que falta é algo simples: Organização.
2-Sim. No passado havia uma organização chamada TFP, com erros doutrinários graves, mas com militância forte, vide os seus sucessos na luta contra o comunismo. Se criássemos uma organização semelhante tendo como base o catolicismo tradicionalista, ela poderia atiçar a chama existente em várias pessoas descontentes com o Concílio e a Missa Nova, que fundariam seus próprios movimentos ou talvez congregações.

Caso alguém se interesse no projeto, contate-me pelo meu e-mail: g.ermanno@hotmail.com

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