Durante a cerimônia, podemos reparar alguns elementos que até então estavam ausentes nas liturgias papais para consagração de novos bispos. O cerimoniário do Papa optou por reviver um costume mais próximo do tradicional durante a consagração: o uso da dalmática pontifical.
O bispo possui a plenitude do sacerdócio e, por isso, ele pode ordenar diáconos, sacerdotes ou mesmo consagrar outros bispos. Você só dá o que você tem e é por isso que um sacerdote não pode ordenar outro.
A liturgia católica guardou como símbolo dessa plenitude a dalmática pontifical usada sob a casula. A dalmática, simbolizando o diaconato, usada sob a casula, que simboliza o sacerdócio, demonstra a plenitude do sacerdócio do bispo.
Infelizmente, após a reforma litúrgica, esse e outros costumes se tornaram "facultativos", que é uma expressão usada pelos liturgistas modernos que poderia ser traduzida por "esqueça, isso é passado!".
O próprio Papa também estava ornado com uma belíssima vestimenta tradicional.
Se isso é sinal de alguma coisa, só pode ser alguma coisa boa. Entendo que, para alguns, isso não evidencia nada, mas para outros é o exemplo que guiará a reforma da reforma e não canetadas em documentos.
É interessante ver quem ajudou o Papa na consagração: cardeal Bertone e cardeal Levada. Pessoalmente acho que é uma mensagem aos dois bispos, que são membros do corpo diplomático da Santa Sé (Bertone), mas que devem defender a fé católica (Levada).
As fotos são de Daylife:
Bispos consagrados cumprimentando os co-consagrantes Levada e Bertone |
Charles John Brown - Núncio na Irlanda Rezemos por ele! |
Marek Solczyński - Núncio na Armênia Rezemos por ele também! |