sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mais um "Maciel"


SODALÍCIO DE VIDA CRISTÃ DESCOBRE VIDA DUPLA DO FALECIDO VIGÁRIO GERAL
Confirma más condutas de German Doig, falecido em 2001

LIMA, quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - O Sodalício de Vida Cristã, nova realidade eclesial com crescimento elevado, emitiu um comunicado para relatar a descoberta da vida dupla de quem foi seu vigário geral, German Doig, que morreu em 13 de fevereiro de 2001.

O anúncio, que comunica "acontecimentos dolorosos", segundo afirma a instituição formada por sacerdotes e leigos consagrados, tem lugar "à luz da justiça e da caridade", após a conclusão da assembleia geral, reunida em Lima para eleger seus novos superiores.

"Em junho de 2008, recebemos um depoimento sobre as más condutas sexuais de German Doig, em desacordo com sua condição de cristão e de leigo consagrado do Sodalício", explica um comunicado divulgado ontem por esta sociedade de vida apostólica aprovadas pela Santa Sé em 1997.

"Após o choque inicial, a dor e o desconcerto - porque essa vida dupla era desconhecida para nós -, uma comissão de autoridades da nossa comunidade iniciou um processo de investigação durante o qual recebeu dois testemunhos adicionais entre junho de 2008 e dezembro de 2010. Em nenhum caso se tratou de abuso de crianças", afirma o Sodalício de Vida Cristã.

"As pessoas que prestaram depoimento pediram anonimato. Portanto, este processo tem sido realizado em estrita e adequada confidencialidade", acrescenta o comunicado.

A nota revela que "o conhecimento dos fatos levaram-nos principalmente a assistir as pessoas afetadas, para curar as feridas que possam ter, tanto espirituais como psicológicas".

"Dada a consistência e a credibilidade dos testemunhos, comunicamos estes fatos às autoridades eclesiásticas, aos membros do Sodalício e da família espiritual", continua o comunicado.

"Decidimos deter os atos preliminares que realizávamos para iniciar o processo de reconhecimento público de quem pensávamos que tinha uma vida exemplar, bem como retirar o seu retrato de diferentes lugares. Não nos fechamos à possibilidade de tomar outras medidas", continua a nota.

"Queremos deixar claro que esses comportamentos, contrários à nossa vocação cristã e aos nossos compromissos emitidos livremente diante de Deus, não só não podem ter lugar na nossa comunidade, mas devem ser denunciados e rejeitados com energia, clareza e transparência. Graves atos como estes envolvem um processo de expulsão do Sodalício", afirmou.

"Como comunidade, também declaramos que não podemos considerar German Doig como uma pessoa exemplar - explica o Sodalício. Hoje o encomendamos ao coração misericordioso de Deus e à intercessão de Maria, sabendo que Ela, a Virgem Santíssima, a quem confiamos a nossa comunidade desde sua criação, nunca deixa de interceder por todos os seus filhos."

"Diante desta situação dolorosa, pedimos humildemente que se unam a nós para oferecer orações por todos os afetados e suas famílias, bem como para aqueles que fazem parte desta comunidade, para que possam estar sempre à altura dos ideais de fé, esperança e caridade", conclui a nota.

O Sodalício de Vida Cristã está trabalhando apostolicamente em nove países: Peru, Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Costa Rica, Equador, Estados Unidos e Itália.

Do seu carisma surgiu Família Sodálite, conjunto de milhares de pessoas, instituições e obras que aderem à sua espiritualidade.

Mais informações em http://www.noticiasdelsodalicio.com.

4 comentários:

Ana Souza disse...

Frutos do CVII!

Anônimo disse...

Assim agem pessoas honestas! Que diferença para outro grupo... Esses assistem as vítimas, pedem orações por elas. Outros tentavam destruir a memória das vítimas, perseguiam-nas! Esses comunicam à autoridade eclesiástica, outros acusavam uma conspiração da mídia! Esses afirmam que quem tenha tal comportamento merece a expulsão, outros chamam criatura pior de nuestro padre!

Nota ponderada, dá gosto de ler. Nela não há nenhum "dotô" sonhando com a canonização de um hipócrita sem vergonha...

Anônimo disse...

Há uma grande diferença entre a impunidade e a discrição que certos casos exigem. Não só para preservar a Igreja como instituição mas como proteger as vitimas. Não creio que um Papa como J. Paulo II acobertaria um molestador. Certa feita presenciei um Bispo agir com muita prudência e cautela num caso delicado, puniu severamente o sacerdote sem que os urubus que atacam a Igreja pudessem se valer do fato.
A Igreja deve ser preservada apenas os culpados punidos. Não dê corda aos que querem destruir a verdadeira Igreja.
Fernando.

Anônimo disse...

Achei a comparação do título um pouco exagerada, pois não conheço ninguém que se iguale em perversidade e falsidade ao Padre Marcial Marciel, que tem contra si vários agravantes; e foi um pedófilo. Marciel foi o maior e mais disforme mostro eclesiátisco dos tempos atuais.

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