A Igreja Católica latina está numa crise terrível.
Bom, a afirmação acima não é inédita, mas é bradada aos quatro ventos por diversas fontes. Mas parece que a Igreja Católica Oriental também não anda muito melhor.
Embora a vida espiritual de um católico oriental seja infinitamente melhor que a de um católico latino ordinário, o Vaticano parece estar bem preocupado com os cristãos do oriente, especialmente os do médio oriente.
Hoje no Oblatvs (hummm, o Pe. Clécio trouxe duas notícias densas para nós hoje...) lemos que o "patriarca" dos ucranianos está com sua aposentadoria praticamente assinada pelo Papa. Diferente de um bispo comum, o cardeal arcebispo maior é um prelado com função vitalícia, pelo menos na teoria. Ele é como um patriarca católico, só não tem o título ainda porque os ortodoxos russos são muito sensíveis nesse ponto.
Alegando motivos de saúde (o que não deixa de ser potencialmente verdadeiro) o cardeal iria resignar e o Sínodo escolheria um novo nome que, depois de aprovado pelo Vaticano, seria entronizado como arcebispo maior e elevado ao cardinalato em breve.
O Pe. Clécio também menciona um outro líder oriental, o cardeal patriarca dos maronitas, Nasrallah Sfeir, também pronto para deixar suas funções.
Em novembro do ano passado circulou na internet a notícia sobre um encontro discreto entre o patriarca maronita e os cardeais Bertone (Secretaria de Estado e Vice-papado) e Sandri (Igrejas Orientais). O tema do encontro? Nada mais, nada menos que o pedido "claro e cristalino" para que o cardeal renunciasse ao patriarcado e um pedido vindo do próprio Papa.
Parece que, com essas novas informações trazidas pelo OBLATVS, que o pedido foi acolhido.
A insatisfação do Papa com seu cardeal maronita seria sobre a atuação medíocre do patriarcado maronita no oriente médio e a incompetência pessoal do patriarca em liderar os cristãos no Líbano.
O Papa quer líderes mais enfáticos. Quer patriarcas que consigam exercer, de fato, a sua função patriarcal.
Leia mais sobre o pedido de demissão do cardeal Sfeir aqui