A instrução é temida pelo orbe tridentino porque, segundo os principais sites e blogs trad's do mundo, ela viria para praticamente anular grande parte daquilo que foi conquistado pelos católicos com o documento.
Segundo o MiL, Dom DiNoia (o celebrante) afirmou ao Pe. Berg, superior da FSSP que o Motu Proprio prevê apenas a celebração da missa tridentina em comunidades paroquiais onde há um grupo estável de fiéis e, sendo a missa no santuário um "evento", não poderia estar dentro do contexto do documento papal. DiNoia diz que as disposições sobre o Summorum Pontificum são compreendidas com maior clareza 'agora', fazendo uma discreta alusão à sinistra Instrução, segundo o MiL.
A organização do evento decidiu cancelar tudo, sem tentar buscar alternativas para contornar o problema. No ano passado houve um problema com o celebrante (cardeal Hoyos) que quase impediu a primeira missa de acontecer, mas esse ano os problemas parecem maiores que uma simples incapacidade do celebrante por difamação da mídia já que os problemas envolvem a interpretação e aplicação do Motu Proprio em si.
Se DiNoia estiver certo, toda missa solene na forma extraordinária em congressos e reuniões (como acontece muito nos EUA e na Europa onde há retiros e eventos da Una Voce que terminam com uma missa...) está fora da lei da igreja. Missa tradicional só nas paróquias e, de preferência, longe da TV.
O alcance e a publicidade que a primeira missa no Santuário americano gerou devem ter irritado muitos bispos que ainda nutrem a esperança de trancar o portão do gueto onde escondem seus tradicionalistas. Em Washington, pelo menos, eles conseguiram.
Certamente a instrução para o Motu proprio não deve contemplar um esclarecimento sobre as missas em eventos ou fora do contexto paroquial, mas a suposta interpretação de DiNoia abre um perigoso precedente. Como se nós precisássemos de mais interpretações criativas para impedir a forma extraordinária...
