terça-feira, 1 de março de 2011

Novo livro na praça

O professor Rodrigo Coppe Caldeira, autor do blog "Per fas et per nefas" acabou de lançar um livro com um tema muito interessante para quem lê este blog ou para qualquer católico que deseja conhecer um pouco mais da história do Concílio Vaticano II.
"Os Baluartes da Tradição: o conservadorismo católico brasileiro no Concílio Vaticano II", da editora CRV. O livro pode ser adquirido diretamente na editora com um preço bem acessível.
O prefácio é de J.B Libânio e me motivou a comprar um exemplar (isso e o texto sempre de qualidade do professor Coppe que já é conhecido). Vejamos o que o Pe. Libanio diz [meus comentários]:


Os anos pós-conciliares silenciaram, por algum tempo, as forças conservadoras na Igreja Católica [reparem no "por algum tempo", o que é bem verdade]. Elas tinham atuado no Concílio e continuavam vivas, mas guardavam pudorosa cautela no meio da onda de avanços, reformas e inovações pós-conciliares.
Este livro tem o imenso valor de investigar como tal tradição antimoderna católica brasileira atuou no Concílio. Tal pesquisa ajuda-nos a entender os refluxos neoconservadores atuais, embora os protagonistas principais sejam outros. Os que labutaram no Concílio já partiram dessa vida na sua imensa maioria. O viés conservador da Igreja do Brasil tinha caído em  quase total olvido, porque durante muitos anos a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos tinha sido ocupado pela geração que fez o Concílio na sua abertura ou que o assumiu nesse espírito [o tal do espírito do Concílio, algo amórfico e indecifrável, mas dotado de uma onipresença teológica absurda, superior ao dogma. Por anos os conservadores acusaram a CNBB de seguir o condenável espírito do Vaticano II e agora a constatação de que de fato a CNBB foi por anos comandada pelos progressistas vem justamente de alguém da "asa esquerda" da Igreja], enquanto o lado conservador permanecia em paciente silêncio até que os tempos lhe permitiram ressurgir das cinzas. Estamos diante de um texto lúcido, com preciso nível de informação, de exatidão teológica louvável e de excelente conhecimento do mundo eclesiástico nas diferentes facetas da dogmática, da disciplina, da moral, da organização. O texto nos adentra no integrismo católico [!] e nos permite entender melhor a atual conjuntura.
                            
J. B. Libanio

Como todo bom integrista, eu gosto muito dos livros. Vou encomendar minha cópia já!

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