quarta-feira, 28 de maio de 2014

Paulo VI, Oscar Romero, Dom Luciano e agora Dom Helder Câmara. A Santidade inclina-se à esquerda

Arcebispo de Recife pede abertura do processo de canonização de Dom Hélder Câmara

Membro da Igreja Católica teve importante papel na prática de caridade, ajudou a combater a ditadura militar e foi indicado ao Prêmio Nobel quatro vezes

(UAI Estado de Minas) O arcebispo Metropolitano, Dom Fernando Saburido vai solicitar ao Vaticano a abertura do processo de canonização de Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999. Nesta terça ele assinou uma carta dirigida à Congregação Para Causa dos Santos, em Roma, pedindo licença para iniciar os trâmites. O anúncio foi feito esta manhã, na solenidade de leitura do relatório oficial do Caso Padre Henrique, apresentado pela Comissão da Verdade de Pernambuco na Igreja dos Manguinhos, nas Graças.

A carta expõe dados biográficos de Dom Hélder. Após a aprovação do Vaticano, o arcebispo poderá abrir o processo. Hélder Pessoa Câmara nasceu no dia 7 de fevereiro de 1909 na cidade de Fortaleza e ainda muito jovem, aos 14 anos de idade, ingressou no seminário da igreja católica. Dez anos depois, foi nomeado padre e mudou-se para o Rio de Janeiro com o desejo de aprofundar seus estudos. Destaque em seus trabalhos sociais, veio para o Recife e foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, onde permaneceu até a data de sua morte, em 1999.

A luta contra a ditadura é apenas uma parte do ativismo de Dom Helder. O bispo católico também era destaque em seu trabalho na igreja, que ele entendia como uma instituição que deve ser voltada à prática de caridade (ou seja, ajuda aos pobres). Hélder estava sempre perto dos pobres e sentia compaixão por eles. Outra ação muito presente no trabalho de Dom Helder era a divulgação da paz. Tanta dedicação rendeu a ele quatro indicações para o Prêmio Nobel.

***

Em outubro será a vez de Paulo VI se tornar beato após um suposto milagre atribuído ao Papa que conduziu a Igreja a uma das maiores crises da sua história.
Oscar Romero, bispo assassinado na década de 80 e idolatrado pela esquerda marxista como "seu" santo, tem processo de canonização em andamento depois de anos de esquecimento do mesmo nas gavetas anti-marxistas de João Paulo II e Bento XVI. O Papa Francisco assegurou ao presidente de El Salvador que o processo caminhará bem...
Sobre Pio XII, entretanto, Francisco tranquiliza a esquerda:

A causa de Pio XII está aberta e fui informado [que] ainda não há nenhum milagre. Como não há milagre, ela não pode avançar, certo? Ela está parada. Devemos esperar a realidade [e ver] como realmente avança a causa e pensar depois em tomar uma decisão. Mas a verdade é que não há nenhum milagre e é preciso pelo menos um para a beatificação. Assim é como está a causa de beatificação de Pio XII. E eu não posso pensar “eu o beatificarei”, porque o processo é lento.

O Papa Francisco parece muito condicionado às regras do processo de canonização quando se trata de santos tradicionais. Para canonizar João XXIII ele subtraiu com muita facilidade algumas etapas importantes, livrando o Papa Roncalli de um segundo milagre.

3 comentários:

Paulo disse...

QUE ISSO, MEU AMIGO!
D Hélder, nos santuários esquerdistas é venerado há muito tempo; basta citar o seu nome que se pode sem perguntar se o sujeito pertence ás hostes comunistas, e seria até ex agente da KGB; olhe que seu nome é venerado em muitas faculdade e locais em que as "Comissões da Verdade dos Marxistas" adentram!
Ele também sempre foi muito amigo dos pobres, mas no mesmo estilo do PT, de Fidel Castro, Kim Jong Um, China etc., sob a doutrina do igualitarismo para todos - na miséria - menos, evidente, para os donos do poder que são os deuses do partido comunista e vivem como sultões!
Pergunto: sabem quando entrarão com os processos do pe José Comblin e de D Thomaz Balduíno?.

Danilo disse...

Paulo. Sem dúvida estarão na lista em breve. Infelizmente vemos um renascimento da velha esquerda, que parece que vem com força total. Foi um erro considerar que a TL já estava morta e era inofensiva.

Anônimo disse...

Não está fácil pra ninguém, e muito menos para aqueles pobres católicos asseados e engomadinhos da plena comunhão que confundem infalibilidade papal com "impecabilidade" papal. Refiro-me aos neoconservadores. Mergulham num silêncio constrangido até ressurgirem sorridentes quando Francisco menciona o diabo, verbera contra o aborto (sem ser devidamente ouvido em países do sul) ou excomunga via Müller algum teólogo macumbeiro dos confins.
Calam sobre os deslizes papais, mas por gestos muito pequenos e tímidos o atual Pontífice torna-se o campeão da ortodoxia aos olhos desses meninos.
Pedro Pelogia

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