Consequencias do "Efeito DiNoia"

Como registramos anteriormente, a interpretação dada pelo secretario da congregação para o culto divino, Dom DiNoia, abre um perigoso precedente de marginalização das missas na forma extraordinária, praticamente privando-as da luz do dia, de aparecerem em grandes eventos eclesiais.

O que isso faria a prática? A interpretação "DiNoia" afirma, com base nas novas e ainda desconhecidas disposições sobre o Motu Proprio, que a missa tradicional deve acontecer apenas nas comunidades paroquiais e onde há um grupo estável. Ok, é exatamente isso que diz o Summorum Pontificum! Mas se você pode fazer na paróquia, por que não num santuário, numa basílica ou no encerramento de um grande evento? Mistério...

Catedral anglicana de York

Na prática as missas que vimos na Jornada Mundial da Juventude na Austrália, por exemplo, não podem mais acontecer. As missas nas peregrinações de Paris, também não. Até a missa que Dom Rifan celebrou no Congresso Eucarístico não poderia ter acontecido porque ela estava fora de um contexto de paroquia-grupo estável.

Outro evento que causará alegria ao mundo ligado ao Motu Proprio é a primeira missa tradicional em York, na catedral. A missa acontecerá pela gentileza do arcebispo anglicano de York e seu deão que emprestarão a catedral (que era católica e foi roubada pela realeza inglesa) de York para o evento. Ou seja, nesta catedral anglicana certamente não há grupo estável de fiéis que querem a missa tradicional, e por isso o evento seria, segundo as novas disposições sobre o Motu Proprio, ilegal.

Para nossa sorte os bispos brasileiros não estão muito ligados com os acontecimentos do orbe tradicionalista internacional, por isso o estrago feito pelo Efeito DiNoia podem acabar restritos apenas aos EUA e europa. Mesmo assim é uma pena.