segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Luta da Conferência Episcopal do Chile Contra o Aborto

Bispos do Chile
Ao assumir o comando do país, Michelle Bachelet, do partido socialista do Chile, está fazendo cumprir aquilo que prometera durante a campanha - aprovar uma lei pró-aborto imediatamente. A eleição que a conduziu ao governo teve um número recorde de abstenções (50% no primeiro turno e 58% no segundo), o que facilitou a vitória da socialista que precisou de um número menor de votos válidos para se eleger porque, diferentemente de conservadores e direitistas, que existem no Chile, a esquerda comparece em massa ao pleito não obrigatório.

O Chile é um dos países mais desenvolvidos da América Latina, tem um padrão de vida muito bom, com elevados índices de desenvolvimento humano e liberdade econômica. Como todo país latino-americano, o Chile é formado por uma população conservadora que nunca aprovou o aborto. As legislações pró-aborto na América Latina nunca são aplicadas depois de consulta popular, mas são remetidas com força da lei desde o gabinete dos políticos, por imposição internacional das grandes fundações e, sobretudo, da ONU/OMS.

A Conferência Episcopal do Chile (CEC), diferentemente da sua homóloga brasileira, decidiu iniciar uma forte campanha contra a nova legislação pró-aborto. Em uníssono os bispos estão trabalhando em suas dioceses, usando dos diversos meios de comunicação que dispõem para alertar a população e defender a vida desde a sua concepção até a morte natural.

No Chile a Igreja goza de uma grande confiança e influência junto ao povo e também junto aos políticos. A Igreja Católica é chamada - e com alguma razão - de o "quarto poder da república".

Tal como acontece com a política secular dos dois países, Brasil e Chile, as suas respectivas conferências episcopais são tão distintas que, se não nos dissessem, seria possível afirmar que fazem parte de dois corpos eclesiais distintos.

Navegando pelo site da duas conferências, sobretudo nas páginas de declarações oficiais, se vê o quão podre e secularizada está a CNBB, com declarações sobre todas as bobagens que não lhe dizem respeito e o silêncio obsequioso aos assuntos importantes de fé e moral. O inverso se vê na CEC, com documentos e declarações oficiais de grande relevância e, pasmem, com identidade católica objetiva.

Quando se trata do tema pró-vida, a CNBB não se posiciona, enquanto grupo, mas deixa que os bispos se virem em suas dioceses como bem entenderem. Agora em relação á Amazônia, à reforma política ou agrária, à redução da maioridade penal, ao uso da água, etc. a CNBB sempre tem uma forte declaração e um posicionamento preciso (e sempre do lado errado) sobre o assunto. Até sobre a Copa do mundo a CNBB se posiciona oficialmente!

Como não lembrar, na última eleição presidencial, da coragem solitária de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini alertando sobre o grave erro de se votar em Dilma e no PT ou da sua vigília solitária, junto a um grupo de leigos desassistidos pelos seus respectivos pastores, quando se discutia (?) o aborto em Brasília? Ou ainda, o caso de Dom Sobrinho que foi praticamente jogado na fogueira pela CNBB? Só para citar casos mais recentes, onde a omissão da CNBB foi flagrante e um escândalo.

No Chile isso não acontece, pelo menos não quando a questão é a proteção ao direito inviolável à vida. Os bispos, como escrevi, estão caminhando unidos e sem questionamentos. São contra o aborto e estão deixando isso muito claro aos leigos e aos legisladores. Não estão tentando compatibilizar a defesa da vida com alguma lei dúbia, negociando valores em nome de alguma falsa noção de misericórdia, como se tornou moda ultimamente. No Chile não há bispos pró-vida, há a Conferência Episcopal pró-vida, há a Igreja pró-vida! Uma mensagem forte que, infelizmente, não conseguimos transmitir por aqui.

Só nos cabe rezar pelo Chile! Pedir a Deus que, na Sua infinita misericórdia, fortaleça os bispos chilenos na luta contra o demônio e suas artimanhas.

4 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Editor.
O seu comentário me parece um tanto otimista quanto à conferência episcopal chilena e à influência da Igreja sobre a sociedade do querido país andino. Tenho contatos confiáveis no Chile e posso garantir-lhe que o Chile vive uma tremenda decadência religiosa: um altíssimo número de filhos naturais (bastardos) em razão das uniões livres, divórcios, além de uma baixíssima taxa de natalidade. O episcopado chileno é um dos mais fechados à missa tradicional. Há poucos dias um sacerdote chileno jesuíta muito famoso fez declarações escandalosos sobre a homossexualidade em rede nacional de televisão, dizendo que a humanidade tinha de ser grata à comunidade gay que lhe ensinou a verdadeira dimensão da sexualidade humana. Não foi censurado.
Quanto à análise da eleição da Rousseff chilena, seu comentário é perfeito.
Com meus respeitos e aplausos pelo seu blog informativo.
Arcipreste de Toledo

Paulo disse...

Antes de mais nada é sabido que a Igreja estaria infiltrada de maçons, comunistas e protestantes em diversos segmentos da hierarquia e certas atitudes mais se pareceriam desses, acreditando que a CEC com seus problemas, não seria tão deficiente como a CNBB.
Recentemente, D Leonardo não se referiu ao vermelho do PSOL - dos Black Blocs - Plinio de Arruda como "exemplo de cristão atuante"?
Bem lembrado de D Luiz Bergonzini: ele peitava na dura a CNBB e dizia que não compartilhava de certos procedimentos de alguns irmãos do episcopado e bateu prá valer na questão de vetar Dilma por ser comunista e pró aborto; ele não caía do canto da sereia!
E D Manuel Pestana advertindo D Luciano de o Brasil se transformar na antecâmara dos vermelhos e a CNBB; ele também era atuante!
O que se sabe é que tem havido uma apostasia generalizada: confira (do Católicos Ribeirão Preto) o abaixo:
Estas são as marcas da vinda do Anti-Cristo:
Quando os velhos não tiverem nem bom senso nem prudência,
Quando os cristãos estiverem sem fé,
Quando o povo estiver sem amor,
Quando os ricos forem sem misericórdia.
Quando os jovens não tiverem respeito,
Quando os pobres forem sem humildade,
Quando as mulheres tiverem perdido o pudor,
Quando, no casamento, não houver mais continência,
Quando os clérigos forem sem honra e sem santidade,
Quando os religiosos não tiverem verdade nem austeridade,
Quando os bispos não se inquietarem de sua administração e não tiverem piedade,
Quando os mestres da terra não tiverem misericórdia nem liberdade”.



Rodrigo disse...

Quando será que a CNBB se converterá?

Anônimo disse...

Ora pro nobis, Sancta Dei Genitrix! Ainda existem sacerdotes católicos! Padre Rodrigo Maria, Fundador da Fraternidade Arca de Maria, fala sobre o PT, a CNB do B, e os "católicos" que votam em socialistas e comunistas!
Se os padres em maioria abrissem o verbo como ele, o PT sairia rapidinho do poder!
No site: doislobos.blogspot.com.br

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