Bispos do Chile |
O Chile é um dos países mais desenvolvidos da América Latina, tem um padrão de vida muito bom, com elevados índices de desenvolvimento humano e liberdade econômica. Como todo país latino-americano, o Chile é formado por uma população conservadora que nunca aprovou o aborto. As legislações pró-aborto na América Latina nunca são aplicadas depois de consulta popular, mas são remetidas com força da lei desde o gabinete dos políticos, por imposição internacional das grandes fundações e, sobretudo, da ONU/OMS.
A Conferência Episcopal do Chile (CEC), diferentemente da sua homóloga brasileira, decidiu iniciar uma forte campanha contra a nova legislação pró-aborto. Em uníssono os bispos estão trabalhando em suas dioceses, usando dos diversos meios de comunicação que dispõem para alertar a população e defender a vida desde a sua concepção até a morte natural.
No Chile a Igreja goza de uma grande confiança e influência junto ao povo e também junto aos políticos. A Igreja Católica é chamada - e com alguma razão - de o "quarto poder da república".
Tal como acontece com a política secular dos dois países, Brasil e Chile, as suas respectivas conferências episcopais são tão distintas que, se não nos dissessem, seria possível afirmar que fazem parte de dois corpos eclesiais distintos.
Navegando pelo site da duas conferências, sobretudo nas páginas de declarações oficiais, se vê o quão podre e secularizada está a CNBB, com declarações sobre todas as bobagens que não lhe dizem respeito e o silêncio obsequioso aos assuntos importantes de fé e moral. O inverso se vê na CEC, com documentos e declarações oficiais de grande relevância e, pasmem, com identidade católica objetiva.
Quando se trata do tema pró-vida, a CNBB não se posiciona, enquanto grupo, mas deixa que os bispos se virem em suas dioceses como bem entenderem. Agora em relação á Amazônia, à reforma política ou agrária, à redução da maioridade penal, ao uso da água, etc. a CNBB sempre tem uma forte declaração e um posicionamento preciso (e sempre do lado errado) sobre o assunto. Até sobre a Copa do mundo a CNBB se posiciona oficialmente!
Como não lembrar, na última eleição presidencial, da coragem solitária de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini alertando sobre o grave erro de se votar em Dilma e no PT ou da sua vigília solitária, junto a um grupo de leigos desassistidos pelos seus respectivos pastores, quando se discutia (?) o aborto em Brasília? Ou ainda, o caso de Dom Sobrinho que foi praticamente jogado na fogueira pela CNBB? Só para citar casos mais recentes, onde a omissão da CNBB foi flagrante e um escândalo.
No Chile isso não acontece, pelo menos não quando a questão é a proteção ao direito inviolável à vida. Os bispos, como escrevi, estão caminhando unidos e sem questionamentos. São contra o aborto e estão deixando isso muito claro aos leigos e aos legisladores. Não estão tentando compatibilizar a defesa da vida com alguma lei dúbia, negociando valores em nome de alguma falsa noção de misericórdia, como se tornou moda ultimamente. No Chile não há bispos pró-vida, há a Conferência Episcopal pró-vida, há a Igreja pró-vida! Uma mensagem forte que, infelizmente, não conseguimos transmitir por aqui.
Só nos cabe rezar pelo Chile! Pedir a Deus que, na Sua infinita misericórdia, fortaleça os bispos chilenos na luta contra o demônio e suas artimanhas.