Nesta sexta feira [2/12/11] na Paróquia Santo Antônio de Pádua foi o som do berrante da missa sertaneja que anunciou o inicio da novena em louvor a nossa Senhora Aparecida.
A novena é um período (nove dias) de oração de súplica de ação de graças mais intensa, mas também um período de esforços para uma vida cristã mais aprofundada e mais atenta as nossas carências e as de nossos irmãos. Esses esforços que acompanham a oração novenal, devem conduzir a uma decisão pessoal de “conversão” ou renovação de vida.
A missa sertaneja contou com a presença do Padre Valdivino Borges Júnior, que fez uma linda celebração em versos e rimas, voltados para a tradição rural.
Ao fim da celebração, os fiéis católicos, poderão apreciar o padre Júnior que cantou a música sertaneja “Ando devagar”, de Almir Sater; e o som da viola do cantor Luciano que parece até brincar com o instrumento. “O local lotou, pois o povo de Trombas gosta desta vida sertaneja com rimas e versos.
A festa em louvor a Nossa Senhora Aparecida tem por objetivo arrecadar rendas para a construção da Igreja matriz de Trombas. E acima de tudo ajudar os fiéis nessa busca de oração pessoal e comunitária.
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Pelas fotos podemos ver que o reverendíssimo sacerdote portava sua casula, que por sinal era muito bonita e bem feita. Ao centro do altar estava o crucifixo, exatamente como pede o Santo Padre e como está previsto na IGMR. Podemos notar, se não estou enganado pela imagem, que o padre usava batina (foto do padre montado no cavalo).
Entretanto toda a catolicidade da missa terminam por aí. Do resto, o rito seguiu adulterado, fantasiado de festa profana e conspurcado da sua natureza sacrifical. Não foi nada mais do que um triste espetáculo "de dar calafrios", expressão usada pelo então Cardeal Ratzinger.
É verdade que ninguém poderia afirmar que este terrível abuso é obra em si do Novus Ordo, uma vez que não há - e de fato não há - referência alguma sobre isso no missal. Entretanto, a cultura católica moderna, favorecida por uma nova teologia antropológica, tem seu repouso não na imutável Tradição com "T" maiúsculo, mas em diversas tradições [uma linda celebração em versos e rimas, voltados para a tradição rural.].
A inculturação invertida, ou seja, a mundanização da Igreja, é a grande responsável por fatos lamentáveis como este. E é inevitável que isso se reflita no rito, já que lex orandi, lex credendi, ou seja, a lei da oração é a lei da fé. E, sendo o Novus Ordo um rito fraco na sua regulação, deixando muita coisa ao arbítrio do sacerdote, é só fazer as contas e descobrir que, neste mundo louco, 2+2 podem resultar em 5, 7 ou 15.
Para os presentes o sacerdote agiu corretamente. Ele aproximou as pessoas da missa, criou um ambiente descontraído, etc. A doutrinação das pessoas (inclua-se os padres) está num nível tal que o vício é virtude, a 't'radição é a regra de fé e o mundo é a resposta.
Um mundo de espetáculo só pode nos dar uma liturgia de espetáculo. Lex orandi, lex credendi!