A Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Canguçu, arquidiocese de Pelotas (RS), realizou a sua "tradicional" (com t minúsculo) missa afro em honra aos negros, no dia Nacional da Consciência Negra.
Infelizmente, para nós católicos, não há novidade alguma nisso. De fato o dia 20 de novembro é data magna para a celebração deste tipo de rito. Na minha própria paróquia fui surpreendido com uma dessas. Na verdade eu já sabia que haveria missa afro, mas naquele nefasto domingo eu simplesmente me esqueci do fato e caminhei normalmente à missa. Quando lá cheguei, ao ver o exército de Ministros da Eucaristia (ordinários e extraordinários) trajando roupas estampadas, me lembrei... tive vontade de correr, mas me recolhi na capela do santíssimo durante todo o "rito", com terço na mão pedindo perdão. Ninguém entendeu nada, ao me ver solitário na capela (e no escuro! porque os MEC's apagaram a luz e me deixaram rezando no escuro!)... longe da festiva comunidade. Minha diocese é um caso humanamente perdido. Mas ela não é o assunto deste texto.
Em Pelotas, por sua vez, a missa afro não foi apenas um momento de introduzir todo tipo de esquisitice macumbática no rito. Não! Ela precisava ir mais além, ultrapassar as fronteiras do abuso litúrgico para se transformar em irreverência direta ao Santíssimo Sacramento. Vamos às fotos.
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Participantes mostram cartazes com os
objetivos da missa. Detalhe para o altar... no chão |
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Padre (centro) ensaia as últimas músicas |
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Padre conduz seus fiéis ao som do tambor |
Também é muito importante a utilização dos tambores em rituais religiosos, sobretudo nas religiões afro-brasileiras, tais como o Candomblé, Umbanda, Batuque, Xambá e Tambor-de-Mina, onde são chamados de atabaque, ilú, ngoma, inhã dependendo da nação. Não só são utilizados para acompanhamento dos cânticos e danças, mas assumem também um papel sagrado de ligação com as divindades. [Wikipédia]
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Detalhe para o "altar" já com o cálice
no chão! |
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Epístola |
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Ofertório |
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O sagrado Cálice está bem no canto da imagem |
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Agora começa o problema (agora?) |
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Fração do Pão |
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Momento da comunhão |
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Nenhuma preocupação. Puro e simples sacrilégio |
Aqui é preciso fazer uma pausa. Para aqueles que ainda não estão comovidos com o sistemático abuso da liturgia e a irreverência ao Santíssimo Sacramento (se é que essa missa foi válida, porque podemos com justiça desconfiar da intenção do
pai de santo padre...). Por tudo o que você vê nas fotos, especialmente nas últimas, sabemos que a matéria usada nesta missa foi um pão caseiro, que produz muitas partículas. Após a consagração (se é que foi válida...) esse pão se torna o precioso Corpo de NS Jesus Cristo. Cada pequena partícula, mínimo pedaço desta hóstia é real e verdadeiramente NS Jesus Cristo, presente com sua Alma e Divindade. É por isso que os católicos conservadores se opõem com força à comunhão na mão, pois por mais cuidadoso que você seja, sempre ficará com "pedacinhos" da hóstia na mão.
Agora seja sincero e me responda se há qualquer reverência para com o sacramento, se ha qualquer cuidado com o momento da comunhão!(?). Quantas hóstias não caíram no chão durante esta "missa" e foram pisadas! Miserere!
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Religiosa parte "na unha" o Corpo de NS Jesus Cristo |
As demais fotos podem ser
observadas aqui.
É realmente lamentável ver como o respeito e o amor pelo Sacramento do Altar estão desaparecendo em algumas localidades. A fé na presença real é nula, pois se existisse alguma chama dessa fé, jamais se permitira fazer o que foi feito em Pelotas. Profanação, sacrilégio!
E coisas assim aconteceram por todo o país, na onda do dia da Consciência Negra. Quantas profanações, quantas irreverências cometidas por sacerdotes que deveriam ser os primeiros a demonstrar e transmitir ao povo cristão o amor e o temor pelo sacramento.
Como não pensar, olhando tamanho absurdo, na mensagem cheia de dor de Nossa Santíssima Mãe:
“Os sacerdotes, ministros de meu Filho, pela sua má vida, sua irreverência e impiedade na celebração dos santos mistérios, pelo amor do dinheiro, das honrarias e dos prazeres, tornaram-se cloacas de impureza.
Sim, os sacerdotes atraem a vingança e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e das pessoas consagradas a Deus, que pela sua infidelidade e má vida crucificam de novo meu Filho!
Os pecados das pessoas consagradas a Deus bradam ao Céu e clamam por vingança. E eis que a vingança está às suas portas, pois não se encontra mais uma pessoa a implorar misericórdia e perdão para o povo. Não há mais almas generosas, não há mais ninguém digno de oferecer a vítima imaculada ao [Pai] Eterno em favor do mundo”.
Mensagem de Nossa Senhora de La Salette