Cardeal Bergoglio Expoente da Igreja Liberal na América Latina |
Dom Rogelio Livieres Seu único defeito é ser católico |
Esta carta, pessoal e confidencial, foi filtrada pela imprensa do Paraguai para atacar a este bispo que buscava uma melhora nas nomeações episcopais. Com grande prejuízo, é claro, para Mons. Livieres. Ninguém, salvo Livieres, conhecia o texto desta carta no Paraguai. E ele entregou apenas uma cópia ao Papa. Provavelmente foi o mesmo Pedacchio quem, como oficial encarregado do Paraguai na Congr. para os Bispos, 'filtrou' esta informação que estava sob segredo pontifício.
Até o momento, é o que nos informaram alguns amigos de Assunção sobre este tema. Contudo, segundo nos informamos desde Argentina e da Santa Sé, a atenção privilegiada do Cardeal Bergoglio sobre este bispo paraguaio não se desgastou com o tempo. Pelo contrário, cresceu.
Padres e seminaristas de Ciudad del Este Visitando as ruínas das missões jesuítas no país |
A estratégia geral de Bergoglio seria desacreditar a obra de renovação eclesial encarada por Mons. Livieres, não desde a doutrina ou liturgia, onde encontra muito eco em Roma do Papa Bento XVI, mas desde os procedimentos de promoção vocacional.
Na verdade, durante a reunião geral da O.S.A.R (Organização dos Seminários da República Argentina), em 10 de novembro de 2011, no Seminário de La Plata (província de Buenos Aires), surgiu o tema a partir de um dos superiores do Seminário de Buenos Aires - supostamente revelando um segredo pontifício - sobre uma legislação particular que estaria sendo preparada em Roma para restringir o "trânsito" de seminaristas de um seminário para outro. Foi mencionado como exemplo um caso do Seminário de Ciudad del Este, com nome e sobrenome. Foi dito nesta reunião que a Santa Sé 'processou' um bispo paraguaio - leia-se Mons. Livieres - por receber um seminarista proveniente de Buenos Aires, sem haver pedido as informações canônicas, e procedendo a ordenação como diácono, também segundo eles, sem os requisitos acadêmicos.
Dom Livieris com neo-sacerdotes Seminário cheio incomoda muita gente |
A coisa não terminou ai. Semanas depois, este tema foi tratado - novamente com nome e sobrenome dos 'envolvidos' - na reunião do Conselho Presbiteral da arquidiocese de Buenos Aires. Sempre buscando prejudicar o bom nome dos bispos que não estão bem vistos pelo Cardeal.
Alguém tem na consciência a obrigação de expressar o que tantos outros calam, por medo ou temor de ver sua carreira arruinada em represália. Tudo é conhecido na Arquidiocese de Buenos Aires. O triste é que o que surge destas fontes é distorcido, quando não mentiroso. E então é certo mais do que nunca o adágio "de Roma viene lo que a Roma va", uma vez que em seguida, apenas disparadas as difamações ou calúnias, informantes adestrados como Pedacchino levam o "caso" a Roma, aos "contatos" chave, para semear infâmias e pedir sanções.
Sob os grandes sinais de humildade que ostenta, Bergoglio esconde não poucos desejos de poder real. E os teve desde suas origens na Guardia de Hierro e sua antiga relação com a P22 (com sua provada relação com Almirante Massera3). A sorte do cardeal é que foi atacada nestes pontos por um jornalista chamado Verbitzky, que foi desacreditado devido ao conhecido ódio visceral que tem contra a Igreja na Argentina. Deste modo, seu ataque a Bergoglio se afirmou tendencioso, mesmo com suas investigações sérias e bem documentadas.
O Papa e Bergoglio Quebra de sigilo pontifício e maquinações dignas da máfia italiana. |
É uma pena que a Argentina, e em certo ponto o Paraguai e uma parte do CELAM - onde ele não está presente, mas estão os seus minutantes - tenham que pagar a conta das suas artimanhas. A próxima geração de bispos ficará comprometida por estas campanhas?
Quem quiser conhecer toda a verdade sobre Bergoglio não tem senão que reconstituir: recorrer e analisar o conjunto de informação que há sobre o cardeal - não os boatos ou denúncias anônimas, mas afirmações feitas por pastores autorizados. Só se encontrará dificuldades porque, quem trai o Papa revelando segredos pontifícios ou quem difama e calunia, também é capaz de dissipar algumas páginas ou as mesmas pastas de relatórios da Cúria Romana. No final do dia, vale tudo para torná-lo como o "Escolhido", como o seu lema episcopal geralmente é explicado.
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Emilio Eduardo Massera (19 de outubro de 1925 - Buenos Aires, 8 de novembro de 2010) foi um militar argentino. Neto de imigrantes suíços de origen de [Chiavenna] (Italia), seguiu carreira militar na Marinha Argentina (Armada Argentina). Destacou-se entre seus colegas de arma como um hábil articulador político. Anti-peronista convicto participou do golpe que destituiu Juan Perón em 1955.Ironicamente foi promovido à almirante pelo próprio Perón após seu retorno de exílio em 1973. Após a morte do general em 1974, Massera somou-se aos conspiradores que efetuaram o golpe de estado em 24 de março de 1976 conta a presidente María Estela Martínez de Perón. Membro integrante da junta militar ao lado de Jorge Rafael Videla (Exército) e Orlando Ramón Agosti (Aeronáutica), Massera protagonizou através da Marinha Argentina uma repressão implacável aos opositores do regime, com um saldo de milhares de mortos.